quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Não jogue os óculos fora

da Folha Online


Reprodução do site DayHorc
Anatomia do olho
Engana-se quem pensa que a cirurgia para correção da miopia a laser é um milagre e que nunca mais vai precisar de óculos. O sucesso é grande _em torno de 80% a 98%_, mas isso não garante que óculos ou lentes sejam completamente dispensáveis.

É normal, segundo os médicos, usar óculos à noite, na hora do pôr-do-sol ou em dias de chuva. Mas o grau é bem fino e, em geral, não é necessário durante o dia.

Outro erro é pensar que a operação pode curar vista cansada. A dificuldade de enxergar de perto, depois dos 40 anos, chamada de presbiopia, não pode ser revertida.

É possível solucionar duas deficiências simultâneas da visão, como a miopia e o astigmatismo. A cirurgia é simples, demora entre cinco e 15 minutos, conforme o procedimento utilizado.

A técnica a laser possibilita que sejam feitas correções nos dois olhos de uma só vez. Mas, como em qualquer cirurgia, há risco de infecção. Por isso, frequentemente os médicos aconselham o paciente a operar um olho por vez, com um intervalo de uma semana a 15 dias entre as duas aplicações.

O grau de miopia deve estar estabilizado. Isso pode acontecer a partir dos 18 anos, embora não exista uma idade pré-determinada. Por isso, não adianta procurar o médico para fazer a operação ainda na adolescência. Também é um erro dizer "Socorro, doutor, minha miopia não pára de aumentar. Vamos logo fazer a cirurgia". É preciso esperar pelo menos dois anos sem que o grau aumente, ou que tenha um aumento mínimo. O tolerável é 0,25 por ano.

O custo da cirurgia gira em torno de R$ 1 mil a R$ 2 mil por olho. O paciente também pode optar por tentar a cobertura do plano de saúde, caso esteja prevista no contrato. Na rede pública, a operação é realizada pelo Hospital São Paulo, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Complicações

A cirurgia a laser pode corrigir até 11 graus de miopia. Mas, em alguns casos, acontece a hipo ou a hipercorreção. Se a correção for insuficiente, o paciente fica ainda com um ou dois graus de miopia. Pode até acontecer o contrário, e o paciente apresentar hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto), se a curvatura for corrigida em excesso. Nessas situações, é aconselhável aguardar por um período de um a três meses para repetir o procedimento.

Fontes: Wallace Chamon, oftalmologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Laser eCirurgia em Oftalmologia (Bloss), Renato Laender, oftalmologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais; Samir Jacob Bechara, oftalmologista e membro da Sociedade Brasileira de Laser e Cirurgia em Oftalmologia (Bloss)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

PM confirma quinto ônibus queimado no subúrbio

Policiais do batalhão foram até o local, mas, segundo os agentes, não haveria feridos. A polícia enviou o blindado da corporação - caveirão - para o local

Segundo Camelo, houve uma troca de tiros na parte da manhã no Morro da Pedreira entre três criminosos e policiais, quando um suspeito morreu. Os ataques aos ônibus teriam sido feitos depois da morte do suspeito.

No entanto, moradores da área dizem que o tiroteio no Morro da Pedreira começou na noite de terça-feira (29).

O Metrô Rio informou que reforçou a segurança na estação de Engenheiro Rubens Paiva, que fica próximo ao local onde os ônibus foram incendiados.

Bolsões d'água causam transtorno em vários pontos da cidade

Alagamentos causam lentidão no Centro, Av. Brasil, Zona Sul e Barra.
Instituto de Meteorologia prevê trovoadas e pancadas de chuva até dia 31.



A chuva causa transtornos em vários pontos da cidade na tarde desta quarta-feira (30). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou na tarde desta quarta-feira um alerta sobre a possibilidade de trovoadas e pancadas de chuva moderadas a ocasionalmente fortes em todo o estado do Rio de Janeiro, até o início da noite do dia 31. A Defesa Civil segue em estado de atenção.
 

Foto: Isabela Medeiros/Vc no G1

Rua Guaporé, em Braz de Pina, ficou alagada em virtude da chuva nesta quarta-feira (30). (Foto: Isabela Medeiros/Vc no G1)

Na Zona Sul, segundo a CET-Rio, uma árvore caiu na Rua Cosme Velho, na altura do número 67, causando retenções ao longo da via. Na Zona Norte, os bombeiros do 28º GBM (Penha) foram acionados para resgatar um carro submerso na Rua Ingaí, na Penha. Não há vítimas.
 


Carros têm dificuldade de passar na Avenida Brasil por causa de bolsões d'água. (Foto: Reprodução/TV Globo)

De acordo com a CET-Rio, pontos de alagamento na Avenida Brasil, sentido Centro-Zona Oeste, nas pistas central e lateral, já causam reflexos no trânsito na altura de Parada de Lucas e Bonsucesso (sentido Centro), Parque União (sentido Zona Oeste) e Penha, em ambos os sentidos.

Na Barra da Tijuca, Zona Oeste, também há retenções causadas por alguns pontos de alagamento na Avenida Ayrton Senna, na altura do Hospital Lourenço Jorge, e na Avenida das Américas, na altura da Ponte Lúcio Costa.

Ex-vereador é preso por suspeita de receptação de animais silvestres

Policiais militares do Batalhão de Policiamento Florestal e Meio Ambiente
(BPFMA) prenderam na manhã desta quarta-feira (30) um ex-vereador de Seropédica, na Baixada Fluminense. Segundo a polícia, ele é suspeito de receptação qualificada, já que na casa do ex-vereador foram encontrados mais de 65 animais silvestres, em sua maioria pássaros. As informações são da Delegacia de Polícia Federal de Nova Iguaçu, para onde o preso foi levado. 


Segundo a polícia, o ex-vereador não reagiu à prisão. Ele vai ser ouvido e encaminhado para uma carceragem da Polinter. A pena para esse tipo de crime varia de 3 a 8 anos de reclusão.

Os animais apreendidos serão levados para o centro de triagem do Ibama, em Seropédica.

Em depoimento, americano baleado diz que criminosos aparentavam ser menores

Hospitalizado, Brent Garret afirma que eles tinham cerca de 15 e 9 anos.
Missa de sétimo dia lembra o lutador de jiu-jítsu Marcos Jara.


O americano Brent Garret, baleado durante um assalto em que o lutador de jiu-jítsu brasileiro Marco Jara foi assassinado, afirmou, em depoimento, que os dois assaltantes aparentavam ser menores de idade. O depoimento foi dado na terça-feira (29), mas os detalhes só foram divulgados nesta quarta (30).

Segundo ele, um teria cerca de 15 anos e outro entre 8 e 10 anos. Garret permanece na unidade de terapia semi-intensiva do Hospital Copa D'Or, na Zona Sul do Rio.

Em depoimento, o americano conta que ele e o lutador pararam o carro no acostamento para pegar um aparelho tocador de MP3 na mala do carro. Quando retornaram, diz o depoimento, foram surpreendidos por um assaltante de cerca de 15 anos, armado, "aparentemente drogado", no banco de trás. Garret diz que, quando olhou novamente, viu também outro assaltante, que aparentava ter entre 8 e 10 anos e não estaria armado.

Diante das fotos apresentadas pela polícia, Brent Garret não reconheceu os criminosos nem o suspeito preso no início da semana com um relógio de Jara.

Motoristas enfrentam lentidão na ida para o litoral sul de SP

Imigrantes tem seis quilômetros de lentidão, do km 47 ao km 53.
Trânsito deve ficar mais intenso a partir das 17h desta quarta (30).

A Rodovia dos Imigrantes, que liga a capital paulista à Baixada Santista, registrava seis quilômetros de lentidão em direção ao litoral por volta das 14h20 desta quarta-feira (30). O trecho congestionado ia do km 47, em São Vicente, até o km 53, em Cubatão, ambos na Baixada Santista.

A pista sentido litoral da Via Anchieta tinha lentidão entre os km 44 e km 49, em Cubatão. A Rodovia Cônego Domênico Rangoni apresentava trânsito lento no sentido Guarujá, no litoral sul, do km 269 até o km 271, em Cubatão.


A concessionária Ecovias, responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes, implantou a operação descida as 8h desta quarta-feira com as pista sul da Imigrantes e sul e norte da Anchieta seguindo no sentido litoral. Para subir a serra em direção à capital, o motorista deve utilizar a pista norte da Imigrantes.


A concessionária estima que o tráfego fique mais intenso a partir das 17h desta quarta. A operação descida deve ser suspensa às 21h desta quarta e voltará a ser implantada das 8h da quinta-feira (31) até as 9h da sexta-feira (1º).


A operação subida começará a ser feita das 16h à meia-noite da sexta-feira (1º) e voltará a ser implantada das 9h do sábado (2) até a meia-noite de domingo (3). Nesta operação, as pistas sul e norte da Imigrantes e a norte da Anchieta funcionam no sentido capital. Apenas a pista sul da Anchieta receberá os veículos que vão para o sentido litoral.

Seguro-desemprego será concedido em até 15 dias em 2010, diz Lupi

Atualmente, prazo de concessão do benefício demora de 45 dias a 60 dias.
Mais de 7 milhões de pessoas receberam seguro em 2009, novo recorde.


O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, anunciou nesta quarta-feira (30) que, ao longo de 2010, o tempo de concessão do seguro-desemprego deverá cair substancialmente.

Atualmente, segundo ele, a concessão do benefício aos trabalhadores demora de 45 a 60 dias. Entretanto, com o início das operações do sistema Homolognet, a partir de março, o prazo vai cai começar a cair, chegando "ao longo do ano", para até 15 dias, assegurou Lupi.

De acordo com o ministro, o novo sistema controlará eletronicamente todas as fases de rescisão do contrato de trabalho, desde a elaboração do termo de rescisão até a homologação pelo Ministério do Trabalho. Segundo ele, o novo sistema também contribuirá para a queda no número de fraudes.

Aumento no pagamento de benefícios em 2010

Em um ano marcado pelos efeitos da crise financeira internacional na economia brasileira, o volume de trabalhadores que recebeu o seguro-desemprego, de janeiro a novembro, somou 7,05 milhões, novo recorde histórico, informou o governo.

Ao todo, foram pagos R$ 17,66 bilhões em seguro-desemprego na parcial de 2009, valor que também representa novo recorde histórico. Em 2008, segundo o ministro Carlos Lupi, 5,8 milhões de trabalhadores receberam o benefício. "O volume subiu em 2009 por conta da crise financeira internacional", disse ele.

O Ministério do Trabalho lembrou que houve, no início deste ano, uma ampliação no número de parcelas do seguro-desemprego pago por conta da crise financeira interancional. Com a medida, 149,15 mil trabalhadores receberam dois meses a mais do benefício, o que resultou em um valor pago a mais de R$ 182 milhões.

Para 2010, a expectativa do ministro é de que de seis a 6,2 milhões de trabalhadores recebam o seguro-desemprego. A expectativa é de desembolsar R$ 17,9 bilhões como benefício no próximo ano.

Correção dos valores no próximo ano

Nesta segunda-feira (28), por decisão do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat)Com isso, o valor máximo da parcela paga, referente aos salários médios acima de R$ 1.403,28, subirá de R$ 870 para até R$ 954,21. A parcela mais baixa refere-se justamente ao valor do salário mínimo, que subirá para R$ 510 em janeiro, com pagamento em fevereiro.

O que é?

O seguro-desemprego pode ser requerido por todo trabalhador dispensado sem justa causa, por aqueles cujo contrato de trabalho foi suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação oferecido pelo empregador; por pescadores profissionais durante o período em que a pesca é proibida devido à procriação das espécies e por trabalhadores resgatados da condição análoga à de escravidão.

Bolsões d'água causam transtorno em vários pontos da cidade

Alagamentos causam lentidão no Centro, Av. Brasil, Zona Sul e Barra.
Instituto de Meteorologia prevê trovoadas e pancadas de chuva até dia 31.

A chuva causa transtornos em vários pontos da cidade na tarde desta quarta-feira (30). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou na tarde desta quarta-feira um alerta sobre a possibilidade de trovoadas e pancadas de chuva moderadas a ocasionalmente fortes em todo o estado do Rio de Janeiro, até o início da noite do dia 31. A Defesa Civil segue em estado de atenção.

Foto: Isabela Medeiros/Vc no G1

Rua Guaporé, em Braz de Pina, ficou alagada em virtude da chuva nesta quarta-feira (30). (Foto: Isabela Medeiros/Vc no G1)

Na Zona Sul, segundo a CET-Rio, uma árvore caiu na Rua Cosme Velho, na altura do número 67, causando retenções ao longo da via. Na Zona Norte, os bombeiros do 28º GBM (Penha) foram acionados para resgatar um carro submerso na Rua Ingaí, na Penha. Não há vítimas.

Carros têm dificuldade de passar na Avenida Brasil por causa de bolsões d'água. (Foto: Reprodução/TV Globo)

De acordo com a CET-Rio, pontos de alagamento na Avenida Brasil, sentido Centro-Zona Oeste, nas pistas central e lateral, já causam reflexos no trânsito na altura de Parada de Lucas e Bonsucesso (sentido Centro), Parque União (sentido Zona Oeste) e Penha, em ambos os sentidos.

Na Barra da Tijuca, Zona Oeste, também há retenções causadas por alguns pontos de alagamento na Avenida Ayrton Senna, na altura do Hospital Lourenço Jorge, e na Avenida das Américas, na altura da Ponte Lúcio Costa.

Quatro ônibus são incendiados no subúrbio

Quatro ônibus foram incendiados na tarde desta quarta-feira (30) em Costa Barros, subúrbio do Rio. Segundo as primeiras informações, dadas pelo comandante do 9º BPM (Rocha Miranda), coronel Edvaldo Camelo, os ônibus foram incendiados depois da morte de um suposto criminoso em uma troca de tiros.


Policiais do batalhão foram até o local, mas, segundo os agentes, não haveria feridos. A polícia enviou o blindado da corporação - caveirão - para o local.

Segundo Camelo, houve uma troca de tiros na parte da manhã no Morro da Pedreira entre três criminosos e policiais, quando um suspeito morreu. Os ataques aos ônibus teriam sido feitos depois da morte do suspeito.

No entanto, moradores da área dizem que o tiroteio no Morro da Pedreira começou na noite de terça-feira (29).

O Metrô Rio informou que reforçou a segurança na estação de Engenheiro Rubens Paiva, que fica próximo ao local onde os ônibus foram incendiados.

América Latina Herdeiros do 'Clarín' fazem exame de DNA para determinar pais biológicos

Os dois filhos adotivos da diretora e dona do jornal Clarín, Ernestina Herrera de Noble, realizaram nesta terça-feira exames de sangue para definir se são filhos ou não de desaparecidos políticos durante a ditadura militar argentina (1976-1983).

"Hoje é um dia muito importante porque o exame pode ser feito onde a Justiça determinou, no Corpo Médico Forense, que é ligado ao sistema Judicial do país", disse o advogado Jorge Anzorreguy, que defende Marcela e Felipe, ambos com 33 anos.

Segundo seu representante, Marcela e Felipe se apresentaram "espontaneamente" à Justiça em 2003, depois de terem sido informados de que poderiam ser filhos de desaparecidos políticos.

Em 2004, um juiz de primeira instância determinou que o exame de DNA fosse realizado no Corpo Médico Forense, mas desde então surgiu uma disputa judicial sobre o local da extração de sangue.

Disputa

O grupo argentino de defesa dos direitos humanos Avós da Praça de Maio deseja que os exames de DNA sejam comparados com os de várias famílias que buscam netos que poderiam ser Marcela e Felipe.

Já os irmãos requisitaram que a comparação seja feita apenas com duas famílias.

O advogado das Avós da Praça de Maio, Mariano Gaitán, afirmou à BBC Brasil que a medida seria "ilegal" porque "desrespeita" uma lei aprovada em novembro passado.

O advogado afirma que a nova lei determina que os exames devem ser feitos no Banco Nacional de DNA e comparados com "todas as 200 famílias" que buscam seus parentes "sequestrados", e não "com famílias específicas". Gaitán diz que estuda pedir à Justiça a anulação do exame.

A expectativa é de que o resultado saia em entre 15 e 45 dias.

Histórico

A entidade Avós da Praça de Maio localizou até hoje cem jovens que recuperaram suas identidades após exames de DNA e passaram a saber que são filhos de desaparecidos políticos.

Em muitos casos, eles nasceram no cativeiro da mãe e foram entregues, ainda bebês, com nomes trocados, pelos militares a outras famílias.

As Avós estimam que pelo menos outros 400 jovens, agora com mais de 30 anos, ainda estejam na mesma situação.

Em novembro, o Congresso Nacional aprovou projeto de lei do governo da presidente Cristina Kirchner que autoriza a Justiça a determinar a recuperação compulsiva de amostras biológicas para determinar a identidade de supostos filhos de desaparecidos políticos.

A medida gerou polêmicas no país e levou a oposição a afirmar que o alvo eram os filhos adotivos de De Noble, em um momento de fortes diferenças do governo com a imprensa local, especialmente com o grupo Clarín.

Príncipe Charles, o Rei Sol

Já que sou incapaz não só de fazer uma resolução de ano novo, mas como também mantê-la com paciência, conforme a ciência britânica recomendou, e este aprazível sítio da BBC deu todos os detalhes, concentro-me nas resoluções dos outros.

Principalmente aquelas que não me envolvam. Já pensou se alguém resolver que, em 2010, vai cair de pau em cima de mim física e espiritualmente? Muito chato isso. Fica decidido que todas as resoluções de todas as pessoas em todas as partes do mundo não têm a menor possibilidade de serem mantidas. Continuará tudo na mesma lenga-lenga de sempre. E pronto. Boas entradas, feliz ano novo, que seja tudo igualzinho a 2007, 1986, 1963 e assim por diante.

Menos para o Príncipe Charles. Que 2010 lhe seja leve e ele ainda mais leve para seus futuros – quem sabe? – súditos. Não posso jurar que tenha sido resolução de ano novo, mas lá está, com algum destaque, a notícia de que o herdeiro de Dona Rainha Elizabeth prepara sua residência oficial aqui em Londres, Clarence House, para gerar sua própria eletricidade e aquecimento.

Eu disse Clarence House. House. Casa. Vamos logo esclarecer que não se trata de uma casa com dois ou três andares. House, no caso, é um belíssimo palácio, ou se optarmos por uma modéstia digna de alguém com sangue azul correndo nas veias, um palacete. “Vamos passar lá em casa, tomar uns drinques e ouvir uns disquinhos”, convidaria o mais verde dos reais, se você caísse em suas boas graças e pegasse intimidade. Se cair, se pegar, não deixe de ir. Tem coisas lindas lá.

O negócio é que o Príncipe já convocou uma equipe de peritos para descobrir a melhor maneira de instalar os painéis solares ditos voltaicos em Clarence House sem macular a paisagem local ou ferir os olhos dos circunstantes, uma vez que o – vá lá que seja – palacete está situado logo ali, perto do Mall, a apenas algumas centenas de metros do, este sim, Palácio de Buckingham, uma das muitas residências oficiais de sua mamã, a Rainha, e praticamente no centro de Londres.

Clarence House é relativamente jovem para uma cidade madura como esta, já que conta apenas 180 aninhos. A reforma ecológica sairá meio carinha para os ocupantes. Entre US$ 16 mil e US$ 20 mil para convertê-la toda para a energia solar. Muitos jornais, que amam implicar com o Príncipe, coitado, já andaram fazendo suas contas e divulgando que pode sair muito mais caro que isso. Talvez mesmo umas 10 vezes mais caro. E frisam que as despesas ficarão, como sempre, a cargo do contribuinte. No entanto, poucos se dão ao trabalho de lembrar que a conversão ecológica poderá se pagar a si mesma por volta de 2021. 11 aninhos apenas. 11 felizes aninhos novos.

Com a turma verde-garrafa garantindo que o aquecimento global marcha a galope (eles acham que é uma das bestas do apocalipse), é possível que a real residência possa estar não só produzindo sua própria eletricidade como também cedendo boa parte para a rede elétrica nacional.

Os franceses, ciosos de seu Louis, o décimo-quarto de uma série de dezesseis, cognominado o Rei Sol e detentor do título de mais longo reinado europeu (72 anos), já trincam os dentes de raiva, coisa muito comum entre os gálicos, e torcem para que dê alguma besteira na empreitada.

Não obstante, conforme se dizia, Feliz Ano Novo para todos. Se possível for.

Brasil Avião da FAB volta ao Suriname para buscar vítimas de confronto

Divulgação/radiokatolica.com

Calcula-se que 80 brasileiros tenham sido atacados na véspera de Natal

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) deverá buscar nesta quarta-feira cinco brasileiros que estão internados no Suriname, vítimas da onda de violência que ocorreu na cidade de Albina, a 150 quilômetros da capital, Paramaribo.

O apoio da FAB é resultado de um pedido do Itamaraty, que planeja levar os brasileiros para a cidade de Belém, no Pará.

Diplomatas brasileiros não descartam, ainda, a possibilidade de o voo ser estendido a outros 15 imigrantes, que demonstraram interesse em retornar ao país.

Essa é a segunda viagem da FAB ao país vizinho desde o ataque a brasileiros, na véspera de Natal. No último domingo, um avião da Força Aérea chegou a Belém com cinco brasileiros que escaparam do confronto.

Diplomatas brasileiros que estão no Suriname continuam percorrendo hospitais e hotéis da região, em busca de vítimas e testemunhas do confronto.

Estima-se que 80 brasileiros tenham sido atacados por um grupo de maroons (etnia local, descendente de escravos africanos). A onda de violência seria uma represália ao suposto assassinato de um surinamês por um brasileiro.

O governo brasileiro ainda não teve a confirmação de nenhuma vítima fatal, mas algumas testemunhas falam em quatro assassinatos e em pessoas ainda desaparecidas.

"Incomunicáveis"

Em nota divulgada nesta terça-feira, o Itamaraty diz que a grande maioria dos brasileiros que vivem na região de Albina trabalham em garimpos no interior do Suriname e da Guiana Francesa e que "costumam passar semanas na floresta, incomunicáveis".

Por esse motivo, diz o comunicado, "é necessário aguardar antes de considerar desaparecido qualquer desses cidadãos".

Segundo o Itamaraty, a chanceler do Suriname, Lygia Kraag, expressou "profunda desolação do governo do Suriname em relação ao ocorrido".

Durante uma reunião com o embaixador do Brasil no Suriname, José Luiz Machado e Costa, a chanceler teria ainda "manifestado a perplexidade do povo e do governo do país com o fato de um desentendimento individual ter gerado convulsão desse porte".

Ainda de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a chancelaria do Suriname "declarou que o governo tomará todas as providências necessárias para que fato similar não venha a se repetir".

Execução de britânico gera crise diplomática entre China e Grã-Bretanha

A embaixadora da China na Grã-Bretanha, Fu Ying, foi chamada nesta terça-feira ao Ministério das Relações Exteriores britânico para responder perguntas sobre a execução de um cidadão britânico por tráfico de drogas na China.

Akmal Shaikh, que tinha 53 anos e se dizia inocente, foi morto nas primeiras horas desta terça-feira, apesar de vários pedidos de clemência por parte do governo da Grã-Bretanha e de seus familiares, que alegam que ele sofria de transtorno bipolar.

Após o encontro em Londres, o ministro britânico Ivan Lewis disse que a conversa com a embaixadora chinesa foi "difícil". "Deixei claro que a execução de Shaikh é totalmente inaceitável e que a China falhou em suas responsabilidades básicas para com os direitos humanos neste caso", afirmou.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse estar "perplexo e decepcionado" com a decisão das autoridades chinesas.

Mas em um comunicado divulgado após a execução e antes do encontro de Fu com Lewis, a embaixada da China na Grã-Bretanha afirmou que os direitos de Shaikh "foram devidamente respeitados e garantidos" e que as preocupações das autoridades britânicas "foram registradas a tempo e levadas em consideração".

"Quanto à sua possível doença mental, sobre a qual se falou muito, aparentemente não houve registro médico prévio", diz o comunicado.

Pena de morte

A agência de notícias oficial chinesa Xinhua informou que a Suprema Corte do Povo, da China, não recebeu qualquer documentação que provasse que Shaikh sofria de problemas mentais.

Sua família, no entanto, disse que ele vinha sofrendo episódios de confusão mental e foi convencido a levar uma maleta que não pertencia a ele em uma viagem para Urumqi, no noroeste da China, em 2007.

Ao desembarcar, foram descobertos cerca de 4 kg de heroína em sua bagagem.

Segundo Leilla Horsnell, filha de Shaikh, seu pai foi convencido por traficantes poloneses, que prometeram fazer dele um pop star na China.

Em seu comunicado, a embaixada chinesa na Grã-Bretanha afirmou que, de acordo com a lei chinesa, o limite para que uma pessoa seja condenada à pena de morte por tráfico de drogas no país é de 50 g de heroína.

Shaikh é o primeiro cidadão da União Europeia a ser executado na China nos últimos 50 anos.

Segundo o correspondente da BBC em Pequim, Chris Hogg, muitos processos judiciais na China ocorrem em sistema de confidencialidade, o que torna impossível saber se o acusado teve ou não um julgamento justo.

Grupos de defesa dos direitos humanos baseados fora da China acreditam que, a cada ano, o país executa mais pessoas do que todos as outras nações juntas.

Dono do 'melhor emprego do mundo' é picado por água-viva letal

Ben Southall

Southall admitiu ter se vestido inadequadamente para mergulho

O britânico que venceu o concurso pelo chamado "melhor emprego do mundo" na Austrália admitiu em seu blog que correu risco de vida depois de ter sido picado por uma minúscula água-viva letal.

O incidente ocorreu na última semana de Ben Southall, de 34 anos, no emprego de zelador da ilha de Hamilton, situada na Grande Barreira de Corais australiana.

No blog que ele manteve durante seus seis meses na ilha, Southall contou que sentiu uma "pequena picada nas costas" quando estava na praia.

Mas em seguida, apresentou sintomas cada vez mais fortes de febre, dor de cabeça, dor nas costas, aperto no peito e pressão alta, o que levou seus médicos a diagnosticarem o envenenamento.

'Criaturinha'

A água-viva que picou Southall pertence à espécie Irukandji, que é praticamente invisível a olho nu mas tem um veneno pode ser letal.

"Consegui evitar levar um soco de um canguru, comido por um tubarão e ser picado por uma aranha ou uma cobra. Mas nos meus últimos dias na ilha de Hamilton, fui vítima desta criaturinha minúscula", escreveu o britânico no blog.

Ele afirmou ainda que estava vestido inadequadamente para seu mergulho.

"Isso não é brincadeira. Eu realmente deveria ter vestido todo o traje que é recomendado em todas as praias daqui nesta época do ano."

Southall se recuperou do incidente com antibióticos e repouso.

O britânico venceu 34 mil candidatos para chegar ao posto de zelador da ilha, no que foi uma grande campanha de marketing do Estado de Queensland para atrair turistas para a região.

O emprego deu direito a uma luxuosa casa de três quartos com vista para o mar, além de um salário de cerca de US$ 25 mil mensais.

Britânicos lançam camiseta masculina que esconde barriga

Camiseta para homens da linha Bodymax (Foto PA)

Camiseta ajuda a encolher cintura em até 2,5 cm

Uma loja de departamentos britânica está lançando uma camiseta para homens que "esconde" a barriga.

A exemplo dos espartilhos usados pelas mulheres no passado, a camiseta da Mark & Spencer (M & S) foi criada para formar uma silhueta mais magra.

A camiseta, que será vendida a partir da próxima semana por 15 libras (R$ 41), é desenhada para achatar a barriga e modelar o torso usando costuras especiais e um suporte acolchoado oculto.

A M & S diz que testes realizados com os dois produtos da linha - a camiseta e um espartilho - permitiram uma redução de até 2,5 cm na cintura.

Um porta-voz da rede disse que "homens estão ficando cada vez mais conscientes de sua aparência".

"Nossa linha Bodymax foi criada como resposta a esse fenômeno, dando aos homens uma solução rápida para aquelas protuberâncias do mesmo jeito que roupas do tipo feitas para mulheres", disse ele.

As camisetas e o espartilho (vendido por R$ 33) são feitos de algodão e serão oferecidos nas cores preto e branco.

Ladrão invade casa, furta chapinha, violão e DVD mas dorme e é preso pela PM

Jovem foi acordado em São José do Rio Preto, no interior de SP.
Ele já havia sido preso por furto e vai responder pelo mesmo crime.

Um jovem de 20 anos foi preso em flagrante suspeito de invadir uma casa e furtar um DVD, uma chapinha para alisar cabelo e um violão em São José do Rio Preto, a 438 km de São Paulo. Uma denúncia anônima levou a Polícia Militar até a residência. De acordo com a PM, a prisão só foi possível porque o ladrão dormia na residência.


Veja o site do Bom Dia São Paulo

Os policiais militares contam que se surpreenderam ao entrar no imóvel e encontrar o ladrão dormindo. “Ele até roncava”, disse o sargento da PM Donizete Straioto.

Ao se deparar com a cena inusitada, a polícia interrompeu o sono do jovem. “Acordamos, demos voz de prisão para o mesmo e o encaminhamos para delegacia”, acrescentou o sargento.

Para entrar na casa, o ladrão pulou o muro e arrombou a porta, segundo uma mulher que avisou a polícia e não quis se identificar. “Ouvi barulho de maçaneta e pensei que eram os donos. Fiquei preocupada”, disse a testemunha.


No quintal, a PM afirma ter encontrado os objetos furtados, que posteriormente seriam devolvidos aos donos da casa.


O jovem, que já havia sido preso por furto, seria indiciado pelo mesmo crime. A polícia não informou o que o suspeito alegou em sua defesa.

Prefeitura de Governador Valadares (MG) abre 2.050 vagas São 18 cargos de nível fundamental, médio e técnico e superior.

A Prefeitura de Governador Valadares (MG) abriu concurso para 2.050 vagas em 18 cargos de nível fundamental, médio e técnico e superior. Os salários variam de R$ 493,83 a R$ 1.113,88 (veja aqui o edital).

Confira lista de concursos e oportunidades

As vagas são para auxiliar de serviços públicos, agente de serviço público, artífice de serviço público, oficial de serviço público, assistente de administração, agente de administração, oficial de administração, técnico de nível médio, fiscal de nível médio, técnico em tributação, técnico superior de serviço público, agente de serviço de saúde, técnico de serviço de saúde, técnico superior de saúde, médico, professor municipal I, professor municipal II e pedagogo.


As inscrições só podem ser feitas pela internet por meio do site www.fumarc.com.br até as 22h de 11 de janeiro de 2010. A prefeitura esclarece que os computadores com acesso gratuito no Centro Vocacional Tecnológico estão disponibilizados para quem não tem acesso à internet, mas as inscrições podem ser feitas de qualquer computador. O CVT fica na Rua Belo Horizonte 707, no Centro, e o horário de atendimento é das 8h às 17h30.

Os valores das inscrições são R$ 20 para ensino fundamental incompleto, R$ 25 para ensino fundamental, R$ 35 para ensino médio e técnico e R$ 80 para ensino superior.

As provas acontecerão no dia 31 de janeiro de 2010 em dois turnos: manhã para os cargos de nível fundamental, médio e técnico, e a tarde para os cargos de nível superior.

Autoridades destroem 4 mil máquinas caça-níqueis no Rio

Máquinas foram apreendidas pelas polícias civil, militar e federal.
Operação ocorreu na manhã desta terça (29), no Terreirão do Samba.

A Receita Federal e a Secretaria de Segurança do Rio destruíram na manhã desta terça-feira (29) cerca de 4 mil caça-níqueis no Terreirão do Samba, no Centro da cidade. As máquinas foram apreendidas em operações das polícias Civil, Militar e Federal, além da Receita Federal e Prefeitura.

Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

Cerca de 4 mil caça-níqueis foram destruídos no Rio de Janeiro, numa parceria entre a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro e a Receita Federal (Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo)

A destruição incluiu apenas carcaças dos caça-níqueis, já que determinadas partes das máquinas, como monitores e placas de computador, passam por um processo de reaproveitamento pela Secretaria de Ciência e Tecnologia para serem encaminhadas a escolas e centros comunitários.

As 4 mil máquinas equivalem a aproximadamente 10% do total apreendido desde 2007. A Receita Federal e a Secretaria de Segurança avaliam que o intervalo entre a apreensão e a destruição ainda é lento, pois envolve questões judiciais, periciais, de transporte e de armazenamento. As autoridades afirmam que a partir de janeiro de 2010 o processo deve ocorrer com maior rapidez.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Complexo da Maré

O Complexo da Maré é um bairro na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.

Foi desmembrado de Bonsucesso pela Lei Municipal nr. 2.119 de 19 de janeiro de 1994[1], [2] e constitui-se num agrupamento de várias favelas e conjuntos habitacionais construídos pelo governo. Com cerca de 130 mil moradores (2006), possui o maior complexo de favelas do Rio de Janeiro[carece de fontes?], consequência dos baixos indicadores de desenvolvimento humano que caracterizam a região.

Índice

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[editar] Comunidades

O complexo ocupa uma região à margem da baía de Guanabara, caracterizada primitivamente por vegetação de manguezal. Ocupada desde o meado do século XX por barracos e por palafitas, os manguezais foram sendo progressivamente aterrados quer pela população, quer pelo poder público. O bairro Maré foi instituído em 1994 e congrega aproximadamente dezesseis microbairros, usualmente chamados de comunidades, que se espalham por 800 mil metros quadrados próximos à Av. Brasil e à margem da baía, cortado pela Linha Vermelha e pela Linha Amarela. Por ordem de ocupação são:

  1. 1940: morro do Timbau
  2. 1947: Baixa do Sapateiro
  3. 1948: Conjunto Marcílio Dias
  4. 1953: Parque Maré
  5. 1955: Parque Roquete Pinto
  6. 1961: Parque Rubens Vaz
  7. 1961: Parque União
  8. 1962: Nova Holanda
  9. 1962: Praia de Ramos
  10. 1982: Conjunto Esperança
  11. 1982: Vila do João
  12. 1989: Vila do Pinheiro
  13. 1989: Conjunto Pinheiro
  14. 1992: Conjunto Bento Ribeiro Dantas
  15. 1996: Nova Maré
  16. 2000: Salsa e Merengue

[editar] Comunidade morro do Timbau (*)

Localiza-se no morro do Timbau (do tupi-guarani "thybau": "entre as águas"), originalmente uma área seca entre os manguezais e alagadiços à margem da baía de Guanabara.

Iniciou-se com a chegada de D. Orosina Vieira, considerada tradicionalmente como sua primeira moradora. De acordo com o seu depoimento, ela se encantou pelo lugar aprazível e desocupado, durante um passeio dominical pela praia de Inhaúma. Com pedaços de madeira trazidos pela maré, demarcou uma área no morro, para ali construir, com o marido, um pequeno barraco: a primeira habitação do Timbau.

Com a abertura da Av. Brasil, em meados das década de 1940, a ocupação tomou impulso.

Com a instalação, nas proximidades, do 1° Regimento de Carros de Combate (1° RCC) do Exército brasileiro (1947), os militares passaram a controlar sistemáticamente todo o morro do Timbau, de propriedade da União. O acesso dos moradores era vigiado, sendo-lhe cobrada uma espécie de "taxa de ocupação". A arquitetura das habitações também era controlada, sendo vedada a construção de qualquer estrutura permanente na área (paredes de alvenaria, cobertura de telhas), sob pena de demolição. Obras que pudessem trazer melhorias nos serviços básicos, também eram reprimidas.

Esse controle conduziu à organização da população que, em 1954, fundou uma das primeiras Associações de Moradores de Favela do Rio de Janeiro. Aos poucos, a organização comunitária começou a render frutos, tais como a distribuição de água, eletricidade, esgoto, pavimentação e coleta de lixo. Finalmente, com o Projeto Rio, um projeto federal de urbanização de toda a região, responsável pela maioria dos aterros e pela retirada das palafitas em 1982, alcançou-se a propriedade da terra.

Favela típica de encosta, apresenta malha urbana de traçado irregular, labiríntica, com vários becos sem saída, onde grande parte das ruas acompanha as curvas de nível do terreno. Caracteriza-se por baixa densidade habitacional, conseqüência do rigoroso controle exercido pelos militares quando da ocupação inicial da área. Atualmente, conta com cerca de 2.700 domicílios e uma população estimada de 6.000 pessoas.

[editar] Baixa do Sapateiro (*)

Ao contrário da comunidade do morro do Timbau, cuja ocupação ocorreu em uma área elevada, com alguma organização, a da Baixa do Sapateiro, que lhe é adjacente, desenvolveu-se em uma área de baixada, alagadiça, sem maiores cuidados na organização.

Formada por volta de 1947 a partir de um pequeno grupo de palafitas de madeira, e originalmente conhecida como Favelinha do Mangue de Bonsucesso, existem três versões para a origem do atual nome da comunidade:

  • haveria realmente um sapateiro na ocupação inicial da área;
  • seria uma alusão à Baixa dos Sapateiros em Salvador, na Bahia, uma vez que, na origem, a comunidade era integrada por vários migrantes nordestinos;
  • seria uma referência à vegetação de manguezal, onde predominava a espécie Rhizophora mangle (mangue vermelho), denominada popularmente como sapateiro. Essa espécie era extraída para a produção de tamancos, um calçado popular entre a comunidade de origem portuguesa no Rio de Janeiro.

Iniciada a partir das obras para a abertura da Av. Brasil, a comunidade tomou impulso com a construção do primeiro grande aterro, promovido dentro do projeto de construção da Cidade Universitária, em torno da Ilha do Fundão. Com a construção da ponte Osvaldo Cruz, a região tornou-se trânsito obrigatório para quem ia e vinha do Fundão. Por essa razão, moradores expulsos das ilhas aterradas e operários da construção, iam erguendo os barracos à noite, com sobras de materiais de construção (madeira e latas), sobre palafitas de cerca de dois metros de altura.

A repressão à nascente comunidade era promovida pela Guarda Municipal que, utilizando-se de cabos de aço, puxados por tratores, cortava os esteios das palafitas, demolindo-as. Procurando organizar a luta e conquistar o direito de moradia, fundou-se a Associação de Moradores da Baixa do Sapateiro (1957).

As palafitas desapareceram gradualmente graças a aterros promovidos pelos próprios moradores ao longo dos anos. As últimas foram demolidas na década de 1980, por iniciativa do Projeto Rio, do Governo Federal, sendo esses moradores transferidos para os novos conjuntos então construídos: a Vila do João e, mais tarde, a Vila do Pinheiro.

Atualmente, a comunidade conta com cerca de 4.000 domicílios, com uma população estimada de 15.000 pessoas.

[editar] Comunidade Marcílio Dias (*)

Formada na antiga praia das Moreninhas, entre os terrenos da Casa do Marinheiro e da fábrica da Kelson, a partir de 1948, por oito famílias de pescadores que ali ergueram palafitas. O seu nome é uma homenagem a Marcílio Dias.

Atualmente conta com cerca de 2.300 domicílios, uma população estimada de 12.000 pessoas e um comércio de pequeno porte. Dentro desta comunidade insere-se outra menor, denominada Mandacaru, que conta com 554 famílias cadastradas, convivendo atualmente com a ameaça de remoção por parte do poder público.

[editar] Comunidade Parque Maré (bairro Maré) (*)

Originalmente uma extensão da Baixa do Sapateiro, distinguia-se por sua proximidade da Av. Brasil, apresentando, por essa razão, uma densidade demográfica mais elevada. As primeiras palafitas e barracos foram erguidos a partir do início da década de 1950. Os moradores pediam aos caminhões de entulho que transitavam pela Av. Brasil, que despejassem a sua carga na área, promovendo desse modo o aterro coletivo da mesma.

O Parque Maré conheceu uma grande expansão na década de 1960, quando foi criada a sua Associação de Moradores, para lutar pela permanência da comunidade, consolidando-se após a atuação do Projeto Rio, do Governo Federal, nas décadas de 1980 e 1990, que demoliu as últimas palafitas.

A comunidade conta, atualmente, com cerca de 4.000 domicílios, habitados por uma população estimada de 30.000 pessoas, com relativa infra-estrutura como ruas calçadas. Apesar das melhorias, é uma das comunidades mais marcadas pela violência, no Complexo.

[editar] Comunidade Roquette-Pinto (*)

Surgiu através de uma série de aterros realizados pelos próprios moradores, a partir de 1955, às custas do manguezal. O processo de urbanização deu lugar a domicílios de alvenaria. O seu nome é uma homenagem a Edgar Roquette-Pinto.

Atualmente a comunidade conta com duas escolas públicas convencionais e um Centro Integrado de Educação Pública (CIEP).

[editar] Comunidade Parque Rubens Vaz (bairro Rubens Vaz)(caracol)(*)

Formou-se a partir de 1951, quando a areia oriunda da dragagem do canal da Zona Portuária ainda causava problemas aos moradores. O seu nome é uma homenagem ao major Rubens Vaz.

Atualmente, conta com cerca de 1.200 domicílios e uma população estimada de 15.000 pessoas. Possui comércio variado, terminal de ônibus, posto de saúde municipal e um Centro Integrado de Educação Pública (CIEP).

[editar] Comunidade Parque União(*)

Formou-se a partir de um loteamento promovido por um advogado, cujo projeto era o de criar um bairro popular, com boa infra-estrutura urbana. Outras fontes referem que a comunidade é fruto de uma das primeiras invasões urbanas planejadas de que se tem notícia, em fins da década de 1950.

Atualmente, conta com uma população estimada em 30.000 habitantes, comércio de pequeno e médio porte, diversas creches e um Centro Integrado de Educação Pública (CIEP).

[editar] Comunidade Nova Holanda (*)

Planejada e construída pelo poder público na década de 1960, sob o governo de Carlos Lacerda, sobre um aterro realizado ao lado do Parque Maré. O grande porte desse aterro influenciou a escolha do nome do empreendimento - Nova Holanda - uma vez que aquele país europeu localiza-se, em grande parte, abaixo do nível do mar.

Não se constituía, entretanto, em um Conjunto Habitacional, uma vez que foi concebido como um Centro de Habitação Provisório (CHP). O seu projeto era regular, disposto sobre uma malha ortogonal, com casas em série, idênticas, erguidas em madeira, em duas tipologias:

  • Unidades individuais, simples; e
  • Unidades duplas, em dois pavimentos (denominadas como modelo "vagão" ou "duplex").

Essa característica não permitia, originalmente, que fossem realizadas benfeitorias pelos moradores, registrando-se, em pouco tempo, a rápida degradação das unidades. Os seus primeiros moradores chegaram em 1962, oriundos da remoção da Favela do Esqueleto (atual campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ), da da praia do Pinto, da do morro da Formiga, da do morro do Querosene e das margens do rio Faria Timbó, sob a coordenação da Fundação Leão XII, que controlava tanto o processo de remoção quanto o gerenciamento dos CHPs.

Os alojamentos deveriam servir como uma etapa intermediária no assentamento definitivo dessas populações em Conjuntos Habitacionais na periferia da cidade. Entretanto, por falta de continuidade política do projeto, em casas provisórias de madeira, acabaram por se tornar definitivas, registrando-se a favelização do conjunto na medida em que cada morador introduziu modicações arquitetônicas conforme as próprias necessidades e a seu próprio critério. A falta de serviços básicos, os conflitos que foram surgindo e o rígido controle da Fundação Leão XII, levou ao estabelecimento da Associação de Moradores na década de 1980.

Nesse momento, com a atuação do Projeto Rio, do Governo Federal, o conjunto se consolida como uma das maiores aglomerações de baixa renda da cidade.

[editar] Comunidade Praia de Ramos(*)

Originalmente uma comunidade de pescadores estabelecida por volta de 1962 na antiga praia de Maria Angú, vizinha ao terreno do quartel do 24° Batalhão de Infantaria do Exército brasileiro. Atualmente conta com cerca de 1.000 domicílios e uma população estimada de quase 4.000 pessoas. A comunidade dispõe de um comércio de pequeno porte, um posto policial, dois postos de saúde municipais, duas escolas e uma unidade da Fundação Leão XII.

[editar] Conjunto Esperança (bairro Vila Esperança) (*)

Conjunto habitacional erguido em 1982 pelo Projeto Rio, do Governo Federal, com 35 edifícios totalizando 1.400 apartamentos. Recebeu, à época, cerca de 7.000 pessoas, abrigando, atualmente, uma população estimada de mais de 8.000 pessoas.

[editar] Comunidade Vila do João (*)

Conjunto habitacional erguido pelo Projeto Rio, do Governo Federal, no início da década de 1980, com 2.600 domicílios, destinados a abrigar as pessoas que viviam em palafitas na Baixa do Sapateiro. O seu nome é uma homenagem ao então Presidente da República, General João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1985).

Atualmente conta com cerca de 4.000 domicílios e uma população estimada de quase 12.000 pessoas.

[editar] Conjunto Vila do Pinheiro (*)

A área denominada genericamente como "Pinheiro", é fruto de um aterro promovido à época do Projeto Rio, do Governo Federal, na década de 1980, que ligou a antiga ilha do Pinheiro ao Complexo. Esse aterro destinava-se a assentar os antigos moradores das palafitas removidas da Baixa do Sapateiro e do Parque Maré.

Aqui foram erguidos dois grandes conjuntos habitacionais, com tipologias arquitetônicas distintas:

  • a Vila do Pinheiro, constituída por casas de pequenas dimensões, geminadas, unifamiliares; e
  • o Conjunto Pinheiros.

A Vila do Pinheiro conta com 2.300 domicílios e uma população estimada de quase 16.000 pessoas.

[editar] Conjunto Pinheiros

O conjunto habitacional Pinheiros, também erguido em 1989 pelo Projeto Rio, do Governo Federal, é constituído por grandes blocos de prédios multifamiliares.

Posteriormente, a estes dois conjuntos habitacionais, somou-se o vizinho Conjunto Novo Pinheiro (popularmente designado como Salsa e Merengue).

[editar] Conjunto Bento Ribeiro Dantas

Foi erguido, frente ao Conjunto Pinheiro, na década de 1990. No início, foi popularmente apelidado de "Fogo Cruzado", uma vez que se encontrava na linha de tiro entre facções criminosas rivais que disputam o controle do crime no Complexo.

Inaugurado em 1992, o seu projeto é de inspiração pós-modernista, utilizando o tijolo e o concreto aparentes, que lhe dá uma estética própria. Esse modelo seria repetido no Conjunto Nova Maré.

Os seus moradores vieram de outras favelas, consideradas de risco pelos técnicos da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, através do Programa Morar sem Risco, e que não podiam ser urbanizadas pelo Programa Favela-Bairro, implantado a partir de 1994.

Atualmente conta com cerca de 600 domicílios e uma população estimada de 3.000 pessoas.

[editar] Conjunto Nova Maré

Conjunto habitacional inaugurado pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro em 1995 com o fim de assentar moradores removidos de palafitas no Parque Roquete Pinto e na comunidade conhecida como Kinder Ovo. Em área de aterro vizinha à Baixa do Sapateiro, decorrente da construção da Linha Vermelha, o seu projeto segue as linhas do Conjunto Bento Ribeiro Dantas.

Atualmente, conta com mais de 600 domicílios. É aqui que se encontra o Projeto Uerê, que atende a crianças e adolescentes.

[editar] Conjunto Novo Pinheiro (Salsa e Merengue)

Conjunto habitacional inaugurado no ano 2000 pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro com o nome oficial de Novo Pinheiro. Embora tenha história e características próprias, não contava ainda com uma Associação de Moradores, sendo incluído tradicionalmente no Conjunto Vila do Pinheiro. O seu nome popular é uma alusão à novela televisiva Salsa e Merengue, devido ao colorido das casas.

(*) Já considerada como bairro pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro.

[editar] Serviços

O complexo é atendido pela Agência de Desenvolvimento Local da Maré (ADL-Maré), organismo da Secretaria de Estado de Governo (SEGOV), que promove, entre outros:

  • Programa Trabalho e Educação - voltado para a capacitação de jovens e posterior encaminhamento dos mesmos para exercício profissional em órgãos públicos do Estado ou da União, ou junto à iniciativa privada;
  • Supervisão de serviços de infra-estrutura implementados no Complexo da Maré pelos órgãos do Governo do Estado do Rio de Janeiro

O complexo conta ainda com os seguintes serviços:

[editar] Esporte, Lazer e Cultura

[editar] Saúde

[editar] Segurança

22° Batalhão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

[editar] Religião

[editar] Ação Social

Notas

[editar] Bibliografia

  • SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. História do morro do Timbau. Rio de Janeiro: UFF, 1983.
  • VARELLA, Drauzio; BERTAZZO, Ivaldo; JACQUES, Paola Berenstein. Maré: vida na favela. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2002. 128p. il. ISBN 8587220578
  • VAZ, Lilian F. História dos bairros da Maré. Rio de Janeiro: UFRJ, 1994.

[editar] Ligações externas