terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Maré



Toda a região à margem da Baía de Guanabara caracterizada originalmente por vegetação de manguezal e ocupada por pântanos é conhecida como o conjunto de comunidades da Maré. Ocupados desde a década de 1940 por barracos e por palafitas, os manguezais foram sendo progressivamente aterrados, tanto pela população quanto pelo poder público e o termo “Maré” tem origem no fenômeno natural que afligia os moradores das palafitas, trazendo sujeira e lama.
O bairro Maré foi fundado em 19 de janeiro de 1994 pelo Projeto de Lei nº 2119. Situado entre a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, é hoje um dos principais espaços da Zona da Leopoldina. A Maré possui cerca de 132 mil habitantes e a população se distribui por cerca de 38 mil domicílios, em 16 comunidades.
Trata-se de um conjunto de favelas que se destaca tanto simbolicamente quanto estrategicamente. Primeiro, por conta de sua localização geográfica, da proximidade com grandes vias e com o aeroporto internacional É também uma comunidade que chama a atenção nas questões relacionadas à segurança pública. Na Maré, está localizado o único batalhão de polícia militar dentro de uma favela. Além disso, nela é possível encontrar grande diversidade de conformações no que diz respeito a favelas: morros, aterros, conjuntos habitacionais, construções de alvenaria e outras mais precárias, dentre outras.

Comunidade Nova Holanda
Planejada e construída pelo poder público na década de 1960, sob o governo de Carlos Lacerda, sobre um aterro realizado ao lado do Parque Maré. O grande porte desse aterro influenciou a escolha do nome do empreendimento – Nova Holanda – uma vez que aquele país europeu localiza-se, em grande parte, abaixo do nível do mar.
Não se constituía, entretanto, em um Conjunto Habitacional, uma vez que foi concebido como um Centro de Habitação Provisório (CHP). O seu projeto era regular, disposto sobre uma malha ortogonal, com casas em série, idênticas, erguidas em madeira, em duas tipologias:
* Unidades individuais, simples; e
* Unidades duplas, em dois pavimentos (denominadas como modelo “vagão” ou “duplex”).
Essa característica não permitia, originalmente, que fossem realizadas benfeitorias pelos moradores, registrando-se, em pouco tempo, a rápida degradação das unidades. Os seus primeiros moradores chegaram em 1962, oriundos da remoção da Favela do Esqueleto (atual campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ), da da praia do Pinto, da do morro da Formiga, da do morro do Querosene e das margens do rio Faria Timbó, sob a coordenação da Fundação Leão XII, que controlava tanto o processo de remoção quanto o gerenciamento dos CHPs.
Os alojamentos deveriam servir como uma etapa intermediária no assentamento definitivo dessas populações em Conjuntos Habitacionais na periferia da cidade. Entretanto, por falta de continuidade política do projeto, em casas provisórias de madeira, acabaram por se tornar definitivas, registrando-se a favelização do conjunto na medida em que cada morador introduziu modicações arquitetônicas conforme as próprias necessidades e a seu próprio critério. A falta de serviços básicos, os conflitos que foram surgindo e o rígido controle da Fundação Leão XII, levou ao estabelecimento da Associação de Moradores na década de 1980.
Nesse momento, com a atuação do Projeto Rio, do Governo Federal, o conjunto se consolida como uma das maiores aglomerações de baixa renda da cidade.
Baixa do Sapateiro
Ao contrário da comunidade do morro do Timbau, cuja ocupação ocorreu em uma área elevada, com alguma organização, a da Baixa do Sapateiro, que lhe é adjacente, desenvolveu-se em uma área de baixada, alagadiça, sem maiores cuidados na organização.
Formada por volta de 1947 a partir de um pequeno grupo de palafitas de madeira, e originalmente conhecida como Favelinha do Mangue de Bonsucesso, existem três versões para a origem do atual nome da comunidade:
* haveria realmente um sapateiro na ocupação inicial da área;
* seria uma alusão à Baixa dos Sapateiros em Salvador, na Bahia, uma vez que, na origem, a comunidade era integrada por vários migrantes nordestinos;
* seria uma referência à vegetação de manguezal, onde predominava a espécie Rhizophora mangle (mangue vermelho), denominada popularmente como sapateiro. Essa espécie era extraída para a produção de tamancos, um calçado popular entre a comunidade de origem portuguesa no Rio de Janeiro.
Iniciada a partir das obras para a abertura da Av. Brasil, a comunidade tomou impulso com a construção do primeiro grande aterro, promovido dentro do projeto de construção da Cidade Universitária, em torno da Ilha do Fundão. Com a construção da ponte Osvaldo Cruz, a região tornou-se trânsito obrigatório para quem ia e vinha do Fundão. Por essa razão, moradores expulsos das ilhas aterradas e operários da construção, iam erguendo os barracos à noite, com sobras de materiais de construção (madeira e latas), sobre palafitas de cerca de dois metros de altura.
A repressão à nascente comunidade era promovida pela Guarda Municipal que, utilizando-se de cabos de aço, puxados por tratores, cortava os esteios das palafitas, demolindo-as. Procurando organizar a luta e conquistar o direito de moradia, fundou-se a Associação de Moradores da Baixa do Sapateiro (1957).
As palafitas desapareceram gradualmente graças a aterros promovidos pelos próprios moradores ao longo dos anos. As últimas foram demolidas na década de 1980, por iniciativa do Projeto Rio, do Governo Federal, sendo esses moradores transferidos para os novos conjuntos então construídos: a Vila do João e, mais tarde, a Vila do Pinheiro.
Atualmente, a comunidade conta com cerca de 4.000 domicílios, com uma população estimada de 15.000 pessoas.
PROJETOS E AÇÕES da REDES DA MARÉ
No intuito de promover uma rede de desenvolvimento sustentável na Maré, a Redes busca articular ações e atores sociais comprometidos com a transformação estrutural da comunidade. Para isso, além de fomentar a mobilização comunitária, a Redes produz e difunde conhecimento sobre a favela e desenvolve projetos que visem ao enfrentamento da violência, à promoção da autonomia de atores sociais e à superação de estereótipos acerca dos espaços populares. Esses projetos se dividem em cinco eixos:
Arte e Cultura
A superação das desigualdades passa também pela superação dos estereótipos e pela promoção da diversidade. A Redes da Maré articula condições para estimular a formação de novos atores nas favelas no campo da cultura e para difundir as iniciativas já existentes, com o intuito de colaborar com a construção de uma cidadania plena, plural e participativa.
Comunicação
Uma sociedade mais justa e democrática passa necessariamente por políticas públicas de comunicação voltadas para a promoção dos direitos de todos. Os projetos de Comunicação da Redes da Maré, buscam contribuir com o fortalecimento de modos plurais e cidadãos de comunicação, por meio da criação e difusão de novas representações dos espaços populares e dos indivíduos
Desenvolvimento local
São muitas e profundas as desigualdades territoriais existentes na cidade, por isso os projetos da Redes da Maré buscam contribuir com o desenvolvimento integrado da Maré, que crie condições para a redução da vulnerabilidade social, econômica e ambiental.
Educação
A Redes acredita que é fundamental o fortalecimento do potencial profissional e intelectual existente na Maré, para a elaboração de um projeto duradouro para a comunidade. É nesse sentido que projetos com foco em educação são pensados:
Segurança Pública
A violência que atinge a cidade se manifesta de diferentes maneiras e nos espaços populares, o grau de vitimização, principalmente a letal, se mostra acima da média dos demais territórios. Por isso, a Redes apóia ações e promove iniciativas que sejam pautadas na valorização da vida e que contribuam para políticas de segurança cidadã:

Programa Legítima Defesa: Diálogos sobre Segurança Pública na Maré Colocado como um espaço permanente de reflexão e proposição de políticas e ações de segurança pública com participação ativa dos moradores e instituições da Maré, o Programa Legítima Defesa: Diálogos sobre Segurança Pública na Maré atua em três linhas: formação, mobilização e intervenção.
O objetivo do Programa é, através do diálogo permanente sobre o tema, interferir nas ações de segurança pública e propor ações alternativas nesse campo. Ao longo de 2009 foram realizados diversos encontros com diferentes atores – moradores, associações, ONGs – das 16 comunidades que integram a Maré, que culminaram na realização da I Conferência Livre sobre Segurança Pública da Maré. Foi o primeiro bairro do Rio de Janeiro a realizar uma conferência livre sobre o tema.
Redes da Maré

Quem Somos


A Redes de Desenvolvimento da Maré (Redes) é uma organização da sociedade civil que se dedica a promover a construção de uma rede de desenvolvimento sustentável, voltada para a transformação estrutural do conjunto de favelas da Maré. A Redes busca produzir conhecimento referente aos espaços populares e realizar ações com o intuito de interferir na lógica de organização da cidade e contribuir para a superação das desigualdades.
A Redes tem sua origem em um longo processo de lutas, ações e pesquisas desenvolvidas nas comunidades da Maré por um grupo de pessoas que, historicamente, atuam em organizações comunitárias e em outros espaços de mobilização. A trajetória desse coletivo é caracterizada por sua inserção nos diferentes campos das políticas sociais e isso foi determinante na constituição da instituição. A Redes foi fundada e é composta até os dias atuais por  profissionais engajados nas lutas sociais e oriundos de espaços populares.
O surgimento da Redes está ligado à constatação da necessidade de se criar uma alternativa que alie mobilização à elaboração de propostas para modificar a condição de vida nas comunidades da Maré. É em torno desta premissa que a Redes se organiza, fortalecendo o potencial profissional e intelectual existente na comunidade, a fim de elaborar um projeto integrado e duradouro de desenvolvimento.
No entanto, um processo de mudança global não pode se concretizar por meio de ações isoladas. É por isso que a Redes busca agregar experiências, mobilizar outras organizações, movimentos e instâncias do poder público. Pensar em rede é pensar os diversos atores que atuam na Maré, moradores, outras instituições e poder público, integrados em prol de um projeto para a comunidade.
Foi a partir da realidade da Maré e tendo como horizonte a transformação deste cenário que a Redes identificou cinco eixos de atuação:
  • Desenvolvimento local
  • Educação
  • Comunicação
  • Segurança Pública
  • Arte e Cultura
Estes são os cinco temas em torno dos quais se articulam os projetos da Redes. Eles foram pensados a partir das demandas da Maré, território de atuação da instituição. Esta escolha por uma atuação local não foi feita ao acaso. A opção pelo território da Maré deve-se não só a sua visibilidade, mas também a sua relevância estratégica e simbólica no contexto da cidade. Trata-se de uma das maiores comunidades do Rio de Janeiro, que agrega variadas possibilidades de experiências de mudança. Uma transformação na Maré pode ser, portanto, uma experiência exemplar para se pensar as favelas cariocas e de outras cidades brasileiras.
É nessa perspectiva, que por meio de projetos e programas, a Redes de Desenvolvimento da Maré persegue os seguintes objetivos:
  • Fomentar a mobilização comunitária a partir da construção de uma rede de articulação social;
  • Desenvolver projetos na área de educação, arte e cultura que promovam a autonomia dos atores sociais;
  • Enfrentar as diferentes formas de violência que atingem a população, em particular a dos espaços populares;
  • Produzir e difundir conhecimentos sobre os espaços populares que contribuam para a superação dos discursos e práticas que reforçam visões preconceituosas e estereótipos sobre esses espaços.
Oficinas experimentais na Lona Cultural da Maré
Data: 
12/08/2010 - 14:00 - 14/08/2010 - 19:00
No próximo sábado, dia 14, os moradores da Maré poderão assistir às apresentações das oficianas que serão oferecidas na Lona Cultural Municipal Herbert Vianna - Lona Cultural da Maré. O evento acontece das 14h às 17h.
O evento começará com um cortejo de maracatu pelas ruas da Nova Holanda chamando os moradores para o evento na Lona. Após o cortejo acontecem as oficinas de circo, gastronomia, prática de orquestra com Isadora Medella, musicista da banda Chicas, teatro, construção de instrumentos musiciais e sonorização/DJ.
Após a apresentação das oficinas, os moradores poderão se inscrever nas oficinas e participar das aulas a partir da próxima semana. Essa é a segunda atividade que a Lona Cultural Municipal Herbert Vianna promove na comunidade após sua reabertura, no final do mês de julho.
Serviço:
Oficinas experimentais
Dia 14/08/2010
Às 14h
A lona fica na Rua Ivanildo Alves, s/n, Nova Maré, Maré
Grátis
Lona Cultural da Maré será reaberta
Data: 
21/07/2010 - 14:55
A Lona Cultural Herbert Vianna, na Maré, será reaberta na próxima sexta-feira, 23, com show e feijoada. O evento está marcado para começar às 20h, a entrada é gratuita e a feijoada vai custar R$6,00. A música vai ficar por conta do músico Renato Milagres e sua banda. A lona fica na Rua Ivanildo Alves, s/n, Nova Maré, Maré.

Lona Cultural da Maré terá Cultura Funk e 1º Favela Rock Show

  vai promover no próximo fim de semana shows de funk e rock.

Na sexta-feira, terá a apresentação da equipe Espião e dos MCs Junior e Leonardo, que são da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APA Funk), às 22h. Leonardo diz que o objetivo é unir as pessoas através do funk.

"Queremos ocupar o espaço e aproximar o funk de um local apropriado, com uma acústica, que é a lona cultural. Seja favela ou não, o importante é que as pessoas de locais diferentes se comuniquem", explica.

Os ingressos antecipados estão sendo vendidos no local. Homens pagam R$5 e mulher R$2. Na hora, os ingressos custarão R$ 7 para homens e R$ 5 para mulheres.

No sábado, três grupos de rock irão fazer o som na Maré, no 1º Favela Rock Show, com a presença das bandas Passarela 10, Café Frio e Partido Leve, a partir das 19h. Ingressos a R$ 2.

Livro sobre Pedagogia Uerê Mello conta história vencedora de projeto de educação no Complexo da Maré

“Aprender para viver” ensina método que ajuda crianças e adolescentes que vivem em áreas carentes e violentas a superar problemas cognitivos e aumentar aproveitamento escolar

A filóloga e educadora Yvonne Bezerra de Mello lança, no próximo dia 29 de setembro, no Rio de Janeiro, o livro Aprender para viver: a pedagogia Uerê-Mello e o ensino diferenciado para problemas cognitivos. O livro disseca o método de ensino alternativo desenvolvido por Yvonne e sua equipe para estimular o aprendizado de crianças e adolescentes com problemas de cognição.
Os problemas cognitivos, comuns especialmente em crianças criadas em ambientes violentos, dificultam o aproveitamento escolar, muitas vezes transformando jovens que terminaram o ensino médio em analfabetos funcionais, sem qualquer chance para o mercado de trabalho.
A pedagogia Uerê-Mello foi desenvolvida ao longo de 35 anos de trabalho com crianças e jovens na Africa e no Brasil para atender à demanda de aprendizado em locais de conflito armado e de violência constante. Hoje é adotada como política pública na rede municipal do Rio de Janeiro e aplicada em escolas nas zonas de risco do município. Desde 1980, o método norteia o trabalho de Yvonne Bezerra de Melo com crianças nas ruas do Rio e no Projeto Uerê, uma escola modelo situada no Complexo da Maré.
As crianças e jovens que freqüentam a escola modelo Uerê moram no Complexo da Maré e em comunidades vizinhas e têm entre quatro e dezoito anos. Elas permanecem meio período na escola modelo, onde são apoiadas por uma equipe de educadores capacitados por meio da Pedagogia Uerê-Mello, e frequentam escolas públicas ou particulares (caso de crianças que recebem bolsas de apoiadores do projeto) na outra metade do dia.
No Uerê, as crianças comem, jogam, estudam, constroem sua autoconfiança, aumentam o seu conhecimento e sua chance para a escolaridade e a inserção no mercado de trabalho. “Nossa missão é quebrar o círculo vicioso da miséria pela educação e provar às crianças e jovens que frequentam a nossa escola de que a pobreza é um estado temporário”, explica Yvonne.
Desde 1980, mais de 3.000 crianças e jovens já passaram pelas mãos de Yvonne Bezerra de Mello. A escola modelo do Complexo da Maré atende atualmente 120 crianças e jovens. “A maioria das crianças que chegam ao Projeto Uerê têm uma grande deficiência linguística e muito pouco conhecimento. Como esse pré-conhecimento é indispensável para o aprendizado, essas crianças não conseguem acompanhar um currículo escolar.
No projeto Uerê, depois de seis meses de trabalho, essa criança ou jovem já consegue armazenar e reter uma parte do conhecimento perdido”, explica Yvonne, contando o exemplo do menino A., de 6 anos, que chegou ao projeto sem conseguir falar, articular sons e associar fonemas. “Depois de 4 meses, a professora na escola nos mandou chamar para dizer que um milagre tinha acontecido com esse menino. A fala melhorou e já começava a ter interesse pelo aprendizado”, lembra a educadora.
O trabalho do Uerê é direcionado para Inclusão social; aumentar o nível de escolaridade com ênfase na futura vida de trabalho; estimular a confiança e a auto-estima; ajudá-las a compreender a injustiça social de que são vítimas; orientá-las a se tornarem cidadãos responsáveis; prepará-las para competir num mercado de trabalho cada vez mais difícil.
Após os 15 anos, os jovens são encaminhados para entidades que apóiam o projeto, entre elas o Sindicato dos Hotéis do Rio de Janeiro, Senac-Rio e Hotéis Othon, com objetivo de estágio e capacitação para o primeiro emprego. Há vários casos de crianças que conseguiram terminar o ensino universitário, com excelente aproveitamento, e hoje ocupam funções de destaque e empresas privadas.
O projeto Uerê é apoiado por empresas, entidades nacionais e internacionais e pessoas físicas, que contribuem financeiramente para o custeio da escola e de seus professores. No entanto, como esse tipo de contribuição, atualmente, não dá direito a benefício fiscal, o projeto tem dificuldade de aumentar sua rede de patrocinadores para captar mais recursos e, assim, atender a um maior número de crianças e adolescentes. (Veja como ajudar aqui)
Serviço:
LANÇAMENTO DO LIVRO “Aprender para viver”
Quando: 29 de setembro de 2010 (quarta-feira), a partir das 18h
Onde: Rio Othon Palace (Avenida Atlântica, 3264, Copacabana) – Salão Azul 1º andar

sábado, 23 de outubro de 2010

Novo arrastão no Rio tem dois carros roubados na Linha Vermelha

Oito homens assaltaram automóveis em uma das principais vias de acesso da cidade

 Um novo arrastão aconteceu na manhã deste sábado no Rio, desta vez na Linha Vermelha.
Cerca de oito homens armados assaltaram dois carros, um Honda Fit e um Astra, de acordo com o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), por volta das 9h, na altura da Infraero, no Rio.
Ao perceber a ação, um motorista trancou o carro e fugiu do local a pé, correndo em direção contrária ao fluxo, em sentido Centro da cidade.
Os assaltos no estilo arrastão têm se tornado freqüentes no último mês no Rio e já provocaram a troca de comandos de batalhões de Polícia Militar e de modelos de policiamento. Helicópteros passaram a ser usados em uma tentativa de evitar incidentes do gênero.

Tiroteio fecha Linha Vermelha por quinze minutos

Troca de tiros foi dentro de favela entre supostos traficantes, afirma polícia. Situação é normal no momento

 

Um tiroteio no interior da favela Parque Alegria, localizada ao lado da pista sentido centro da Linha Vermelha, na zona norte do Rio, fez com que policiais militares interditassem a via expressa por quinze minutos, na noite desta quinta-feira.
A troca de tiros ocorreu, segundo a polícia, entre supostos traficantes locais, entre 18h30 e 18h45. PMs chegaram a interditar o fluxo de veículos na via para evitar que alguém fosse ferido ao passar pelo local.
Alguns motoristas, no entanto, abandonaram os veículos e tentaram se abrigar na mureta central. Outros, voltaram na contramão.
Não há informações sobre feridos dentro da favela, mas na Linha Vermelha ninguém se feriu. O policiamento foi reforçado na região. No momento, o trânsito segue sem problemas na via.

PM do Rio prende responsáveis por festa em homenagem a criminosos


Policiais do 22º BPM (Maré) prenderam, na noite deste sábado, quatro homens apontados como os responsáveis por uma festa, na Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, onde traficantes de uma facção criminosa, mortos em confronto com policiais no último dia 2, seriam reverenciados.
A festa, que aconteceria na Rua Sargento Silva Nunes, não tinha sido autorizada pelo batalhão. Segundo o chefe do serviço reservado do 22º BPM (Maré), capitão Gualberto, os policiais foram recebidos com tiros pelos traficantes, ao chegarem nas proximidades da quadra do Galo, onde aconteceria o baile. Os bandidos colocaram, atravessado num dos acessos da comunidade, um ônibus, para dificultar a passagem do blindado da polícia.
Ao chegaram à quadra, para onde já se dirigiam alguns moradores da localidade, os policiais encontraram, dentro de uma sala, banners de dez metros de altura com as imagens de traficantes mortos no último dia 2, no Complexo da Maré, após confrontos com policiais que tinham ido à comunidade para desarticular quadrilhas de roubo de carros. Seis pessoas morreram na ocasião. Entre elas, o traficante Alessandro Francelino dos Santos, o Pitoco. Ele era acusado de ter assassinado o repórter fotográfico do jornal “O Dia” André Alexandre Azevedo, de 34 anos, em tentativa de assalto em fevereiro de 2009.
-Nos banners, havia também as fotos de traficantes vivos da facção criminosa. O pior é que a festa, cujo nome era “Tapa na Peteca”, foi amplamente divulgada na mídia. Seriam distribuídas de graça 20 mil latinhas de cerveja e até whisky. Prendemos as quatro pessoas que se apresentaram como responsáveis pelo evento – contou o capitão Gualberto.
Segundo o capirão Gualberto, denúncias anônimas recebidas pelo Disque Denúncia informavam que os chefões de uma facção criminosa iriam se reunir no evento para organizar a invasão à Baixa do Sapateiro, comunidade chefiada por outra facção.
Mais cedo, os policiais do 22º BPM já tinham prendido sete pessoas que estavam instalando equipamentos como um aparelho de som, que foi apreendido. Os sete foram levados para a 37ª DP (Ilha do Governador) mas foram liberados em seguida. Já os cinco responsáveis pelo baile estão sendo conduzidos, neste momento, para a 37ª DP.

domingo, 10 de outubro de 2010

Tiroteio na madrugada assusta moradores de comunidade do Rio

COMPLÊXO DA MARÉ

A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro informou que, em razão de confrontos no complexo de favelas do Caju, na zona portuária, cinco escolas e creches localizadas na comunidade ficaram fechadas na tarde desta terça-feira (5).
De acordo com a pasta, por causa do fechamento, 1.485 estudantes e crianças ficaram sem aulas e atendimento. As outras unidades escolares da região tiveram baixa frequência.
O clima de tensão na comunidade começou na noite da última segunda-feira (4) quando surgiu um boato de que traficantes rivais do complexo da Maré, na zona norte, invadiriam a favela Parque Alegria, que integra o Caju. Houve disparos e uma moradora foi atingida de raspão por uma bala perdida.
A PM ocupou os principais acessos ao complexo do Caju. O comandante do batalhão de São Cristóvão (4º BPM), tenente-coronel Weber Collyer, afirmou ter três suspeitas sobre o fato.
Um delas seria de que traficantes do Caju teriam simulado um tiroteio para chamar a atenção da polícia e evitar um possível ataque de rivais. O oficial também recebeu informações de uma invasão e de uma guerra interna entre os criminosos da mesma quadrilha.

Seminário discute trabalho social em favelas Evento é organizado pela instituição Redes de Desenvolvimento da Maré

COMPLÊXO DA MARÉ 
No dia 19 de outubro, a Redes (Redes de Desenvolvimento da Maré), instituição que procura promover o desenvolvimento das favelas do Complexo da Maré, promove o “1º Seminário da Maré de Trabalho Social em Espaços Populares e Favelas”, que vai discutir o trabalho social realizado em favelas e espaços populares da cidade do Rio de Janeiro.

O evento vai reunir profissionais das áreas de saúde, assistência social e educação para repensar as políticas públicas e a intervenção do poder público nesses territórios.

O seminário acontece no dia 19 de outubro, das 9h até as 17h30, na lona Cultural Herbert Viana, na favela da Maré. As inscrições podem ser realizadas através do e-mail seminariosocialfavela@gmail.com.

PMs e traficantes trocam tiros na favela Parque Alegria

COMPLÊXO DA MARÉ  
Traficantes e policiais militares trocam tiros na tarde desta quinta-feira (7) na favela Parque Alegria, no complexo do Caju, na zona portuária do Rio de Janeiro. Ainda não há informações sobre feridos.
Segundo a Polícia Militar, policiais do batalhão da Maré (22º BPM) realizam uma operação no local com auxílio de um veículo blindado conhecido como caveirão.

Traficante morre em confronto na favela Parque Alegria, diz PM

COMPLÊXO DA MARÉ A assessoria de imprensa da Polícia Militar e o comando do batalhão da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, informaram que um suposto traficante foi morto durante troca de tiros entre PMs e criminosos na favela Parque Alegria, no complexo do Caju, na zona portuária, na tarde desta quinta-feira (7). Com ele, foram apreendidos um revólver calibre 38 e um rádio de comunicação..
PMs do batalhão da Maré e de São Cristóvão fazem uma operação conjunta no local com auxílio de um veículo blindado.
Apesar do intenso tiroteio, a Secretaria Municipal de Educação informou que escolas e creches localizadas na região estão funcionando normalmente.
O Parque Alegria vem sendo alvo de sucessivas ações policiais desde a última segunda-feira (4) quando a favela foi invadida por traficantes rivais da comunidade Vila do João, no complexo da Maré.
Rotina de violência
O confronto no Caju foi mais um episódio de violência na região metropolitana do Rio de Janeiro nesta quinta-feira. Pela manhã, uma idosa morreu após ser atingida por bala perdida durante tiroteio entre traficantes e policiais na Vila da Penha, na zona norte. Outras duas pessoas também ficaram feridas no confronto e foram levadas para o hospital estadual Getúlio Vargas.

Ainda durante a manhã, em Realengo, na zona oeste, bandidos jogaram uma granada contra um carro da PM do batalhão de Bangu (14º BPM). Os estilhaços não atingiram a patrulha, mas acertaram duas pessoas que passavam pelo local, entre elas uma idosa de 63 anos, que já recebeu alta do hospital Albert Schweitzer.
Nesta quinta-feira, a Polícia Militar anunciou a troca de comando em 14 batalhões e cinco unidades.. As mudanças acontecem depois da onda de arrastões na cidade.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Tiroteio no parque Alegria assusta motoristas

Rio - Uma tentativa de invasão de traficantes do Complexo da Maré à favela Parque Alegria e ao Conjunto Boa Esperança assustou motoristas que trafegavam pela Linha Vermelha e pela Avenida Brasil, na noite desta segunda-feira. Segundo a PM, o tiroteio entre os traficantes não chegou a interferir no tráfego, mas motoristas relataram que algumas pessoas se assustaram e chegaram a tentar dar ré, na Linha Vermelha.
Na Avenida Brasil, o tráfego na pista lateral sentido Zona Oeste teria sido interrompido por alguns minutos por motoristas que largaram os carros na pista para se refugiar atrás de um muro. A PM não confirmou a informação, mas policiais do 4º BPM (São Cristóvão) e do Batalhão de Choque estão reforçando o policiamento no entorno do Parque Alegria e do Conjunto Boa Esperança. Não há informações sobre feridos e o trânsito, segundo a PM, é tranquilo nas duas vias.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Maracanã inaugura estátua de Zico (VÍDEO + FOTOS)

O calor era de tarde de clássico no Maracanã. A emoção podia ser comparada a de um grande duelo no gramado. E, para completar, o maior artilheiro da história do estádio também estava em campo como protagonista. Foi assim a inauguração oficial, na noite deste sábado, da estátua de Zico no hall da fama do Maracanã. O Galinho, que balançou as redes 333 vezes no templo do futebol, foi imortalizado em obra idealizada pelo cenógrafo Abel Gomes num belo voleio, jogada que Zico sempre gostou muito de executar.

- Vi a estátua um pouco antes, aprovei totalmente e estava junto com o Abel tentando lembrar qual tinha sido o lance que o inspirou. Parece com um gol que marquei contra a Nova Zelândia na Copa de 82, mas ele me garantiu que foi com a camisa do Flamengo. Está linda e pegou perfeitamente o movimento- comentou o Galinho.

Antes de levantar o pano branco que cobria a obra, Zico emocionou-se. Destacou a presença da família, mas lamentou que seu irmão mais velho, Zeca, e seus pais Antunes e Matilde - já falecidos- não estivessem ali.

Zico lamenta a morte de Linda, a prima que sugeriu seu apelido

Em meio aos festejos pela virada do ano, a família de Zico teve que conviver com uma notícia triste. Morreu no último dia de 2009 a prima do Galinho, Ermelinda Rolim, vítima de câncer, na antivéspera de seu aniversário de 79 anos. Linda, como era conhecida, foi a responsável pelo apelido que virou a marca de Arthur Antunes Coimbra. Zico, que recebeu a notícia em Atenas, relembrou a história e fez questão de registrar uma mensagem.

- É uma pena no meio de tanta festa aqui nessa virada de ano na Grécia com Sandra, meus filhos e o Felipe, receber uma notícia triste como essa para a nossa família. Estou distante junto com o Edu, mas meus irmãos Nando, Tunico e Zezé nos passaram as informações e estão nos representando no Rio de Janeiro.


Sempre tivemos muito carinho por ela, que era muito ligada a gente na nossa infância em Quintino. Como meu pai era arrimo de família, acabou ajudando a cuidar de seus irmãos e dos filhos deles, assim como a Linda. E ela passou a fazer parte especificamente da minha história porque foi a responsável pelo apelido que virou a minha marca. Linda sempre ouvia todos me chamando de vários apelidos: Arthurzinho, Arthurzico, Tuzico e outras variações, até que sugeriu ao meu pai que adotasse Zico definitivamente.


Quero deixar aqui a lembrança dessa história importante para mim, o carinho pela Linda e mandar força aos nossos parentes. Que ela descanse em paz, olhe pela gente lá em cima com a mesma atenção que olhou por mim ao sugerir o meu apelido. Obrigado, Linda, que você fique com Deus!- declarou Zico.

Haiti ‘vai precisar de US$ 2 bi anuais até 2015’

O presidente da República Dominicana, Leonel Fernandez, afirmou, nesta segunda que serão necessários US$ 10 bilhões nos próximos cinco anos para reconstruir o Haiti após o terremoto que devastou o país na última terça-feira.
“Vimos que o Haiti talvez precise de US$ 2 bilhões por ano. E estamos falando de um plano de cinco anos de cerca de US$10 bi”, disse Fernandez no primeiro encontro internacional para avaliar a reconstrução do país realizado em Santo Domingo.
Segundo Fernandez, um comitê deve ser criado para identificar os fundos para a reconstrução do país

Além de Fernandez, a reunião contou ainda com a presença do presidente do Haiti, René Préval, e de representantes do Brasil, Estados Unidos, Canadá, Espanha e de outros países da América Latina e do Caribe.

Préval agradeceu a ajuda internacional e afirmou que o país deve cuidar de sua própria recuperação.
“A reconstrução do Haiti não começará de fora para dentro”, disse. “O que precisamos no Haiti é de estabilidade política, de reforçar nossas instituições democráticas, que é a principal condição para estabilidade”.
Préval também fez um apelo para que os líderes de outros países não esqueçam dos projetos de desenvolvimento que já estavam em vigor antes do terremoto.
“O Haiti já estava em uma situação difícil antes do terremoto”, afirmou o presidente.
OEA e Europa
No mesmo encontro, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, afirmou que a costa sul da República Dominicana deve servir como uma base para operações de emergência.
“A ajuda deve chegar mais rápido do que está chegando ao povo haitiano, apesar da ajuda estar chegando e de que todo mundo está fazendo o que pode”,disse.
A vice-presidente da Espanha, Maria Teresa Fernandez de la Veja, anunciou, durante o encontro, “apoio logístico, apoio aéreo, a maioria dos helicópteros, grupos de engenheiros e gurpos de apoio terrestres para ajudar na segurança”.
Ainda nesta segunda-feira, a União Europeia anunciou que enviará um total de 429 milhões de euros (o equivalente a mais de R$ 1 bilhão) em ajuda de curto e longo prazo ao Haiti, onde milhares de pessoas perderam a vida em consequência do terremoto que destruiu a capital, Porto Príncipe, na semana passada.
A decisão foi anunciada pela Alta Representante para a Política Exterior da UE, Catherine Ashton, ao final de uma reunião extraordinária sobre o tema com os ministros europeus de Desenvolvimento.
Do total, 122 milhões de euros serão gastos em ajuda humanitária urgente, 107 milhões de euros serão destinados à reparação imediata das infraestruturas básicas do país e outros 200 milhões de euros serão colocados "à disposição" do governo haitiano para a reconstrução do país a longo prazo.
Com essa iniciativa, a UE supera o montante de ajuda oferecido ao país caribenho pelos Estados Unidos, pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que anunciaram na semana passada o envio de cerca de 70 milhões de euros cada.

Risco à saúde de corpos em decomposição é exagerado, dizem especialistas

A crença de que cadáveres de vítimas de desastres naturais podem espalhar doenças é exagerada, segundo especialistas em saúde pública entrevistados pela BBC.
Uma pesquisa recente, realizada pelo sanitarista Oliver Morgan, da Escola de Higiene e Medicina Tropical da Universidade de Londres, mostra que cadáveres encontrados após desastres naturais não são uma ameaça à saúde pública.
"No momento de sua morte, essas pessoas deveriam estar, em sua maioria, sadias", explicou o professor de saúde pública e ajuda humanitária Egbert Sondorp, da mesma escola. "O que é preciso é um cuidado ao manusear estes corpos, tomar precauções. Mas eles não representam um risco."
Nicholas Young, diretor-executivo da Cruz Vermelha Britânica e membro do Disasters Emergency Committee, concorda: "Há um mito de que os corpos têm que ser enterrados rapidamente, o que frequentemente leva a eles serem colocados em valas comuns sem nenhum tipo de identificação".
"Isso torna impossível o luto pelos familiares. E impossível saber quantas pessoas morreram. É uma pena, porque o risco é absolutamente mínimo, a menos que já existam doenças na população", afirmou. "Ou seja, isso é um erro e um desperdício de recursos."
Manual
No ano passado, o braço panamericano da Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu um manual destinado a pessoas que atuam nos serviços de resgate de corpos após catástrofes naturais, e que destaca que "são os sobreviventes que tendem a ser fontes de infecções".
O documento foi elaborado depois que grandes desastres como o tsunami na Ásia, em 2004, e o furacão Katrina nos Estados Unidos, em 2005, fizeram a entidade ver que faltavam informações sobre como os profissionais e os voluntários deveriam agir.
Segundo o documento, doenças como tuberculose, hepatite B e C e diarreia provocada por bactérias podem se manter ativas em um corpo durante pelo menos dois dias, enquanto o vírus HIV, causador da Aids, sobrevive por pelo menos seis dias.
Por isso, o guia ensina como realizar o resgate de um corpo, como identificá-lo, mantê-lo e finalmente enterrá-lo, ao mesmo tempo em que alerta como se deve ajudar os familiares a lidarem com aquela morte.
Uma das recomendações é realizar um enterro temporário, caso necessário.
O manual diz também que não se deve utilizar substâncias químicas para tentar "desinfetar" os corpos, pois elas não têm efeito e dificultam ainda mais a identificação.
Razões
Segundo o professor Sondorp, há várias razões para que as autoridades prefiram enterrar os cadáveres rapidamente.
Uma delas é o cheiro. "Um corpo em decomposição cheira mal, e é psicologicamente desagradável ter cadáveres nessas condições à sua volta. Além disso, você não quer que esses corpos sejam comidos por cães ou por vermes", explicou o especialista.
Outra razão é a tradição. Em religiões como o islamismo e o judaísmo, os mortos são enterrados em 24 horas.
Por fim, a ausência de organizações governamentais ou não governamentais da área de saúde pública no momento da catástrofe, como foi o caso do Haiti, na semana passada, colabora para que se mantenha a recomendação antiga de se enterrar os corpos rapidamente.
Até agora, até 70 mil corpos foram enterrados em valas comuns no Haiti, após o terremoto que atingiu o país na última terça-feira.

Mãe que ajudou filha a cometer suicídio é julgada na Inglaterra

Uma britânica que ajudou sua filha a cometer suicídio em dezembro de 2008 está sendo julgada na Inglaterra.
Bridget Kathleen Gilderdale, mãe de Lynn Gilderdale, confessou ter aplicado morfina e outros medicamentos para ajudar sua filha de 31 anos a se matar. Porém, ela negou a acusação de tentativa de assassinato pela qual é processada.
Lynn sofria desde os 14 anos de esclerose múltipla e não conseguia mais sair da cama, nem alimentar-se sozinha. Por isso, desejava o suicídio desde 2005.
Suicídio assistido
No tribunal foi revelado que, no mesmo de dezembro, em 2008, Lynn tinha tentado o suicídio injetando em si mesma uma dose extra de morfina, mas não morreu.
Ela pediu, então, ajuda à sua mãe, que tentou, por cerca de uma hora, dissuadir a filha de tirar sua própria vida. Ao perceber que ela estava determinada, Bridget decidiu ajudá-la.
Primeiramente, a mãe entregou mais duas seringas de morfina para que a filha aplicasse em si mesma. Também não foi suficiente.
Bridget então administrou em Lynn pelo tubo de alimentação uma série de comprimidos antidepressivos e soníferos esmagados.
Bridget Gilderdale (PA)
Bridget Gilderdale passou 30 horas assistindo a filha no suicídio
A mãe passou aquela madrugada toda e o dia seguinte inteiro ao lado da filha tentando auxiliá-lo no suicídio.
Na madrugada do dia seguinte, quando Lynn ainda respirava, Bridget aplicou mais algumas doses de morfina e três seringas de ar em suas veias.
Desesperada por ver que a filha continuava viva, ela ligou para uma organização de defesa e de apoio ao suicídio assistido. Seguindo orientação da entidade, a mãe deu mais oito comprimidos para a filha.
Às 7h10 da manhã do dia 4 de dezembro, Lynn Gilderdale finalmente morreu.
O julgamento
Bridget Gilderdale não foi acusada de homicídio porque os exames toxicológicos não conseguiram definir se Lynn morreu por causa da autoaplicação de morfina ou por causa dos remédios administrados posteriormente por sua mãe.
A promotoria declarou não haver dúvidas de que Gilderdale era “uma mãe amorosa, zelosa e extremamente devotada”.
No entanto, a promotora Sally Howes disse ao júri: “Não é sua tarefa julgar os motivos ou a moral, ou escolher com quem se simpatizam. Sua obrigação é decidir se as ações de Gilderdale fugiram do que a lei permite”.
O julgamento prossegue.
A doença
Lynn foi diagnosticada com esclerose múltipla, uma doença neurológica crônica e degenerativa, quando tinha 14 anos de idade.
Os sintomas apareceram depois que ela recebeu uma dose da vacina BCG, aplicada para prevenir tuberculose. Quatro meses depois, ela perdeu o movimento abaixo da linha da cintura.
Com o tempo, a menina perdeu a capacidade de alimentar-se sozinha e de sair da cama. Lynn passou a se comunicar por sinais e a receber doses diárias de 100mg de morfina.
O médico da família, Jane Woodgate, disse que sua paciente desejava o suicídio desde 2005, quando um procedimento cirúrgico quase a matou.

Em um testamento, em que pedia para não mais ser ressuscitada, ela declarou: “Eu quero que entendam que eu temo muito mais a degeneração e a indignidade do que a morte”.

EUA começam a entregar ajuda ao Haiti pelo ar

O Exército dos Estados Unidos começou nesta semana a jogar suprimentos de ajuda ao Haiti pelo ar, dias após ter descartado a solução na semana passada por considerá-la muito arriscada.
Cerca de 14 mil refeições prontas e 15 mil litros de água potável foram jogados de um avião militar americano C-17 sobre uma área segura ao noroeste de Porto Príncipe, segundo afirmou uma porta-voz militar.
As autoridades militares americanas estão agora avaliando a possibilidade de ampliar a entrega de ajuda por via aérea para outras regiões do Haiti.
Na semana passada, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, havia descartado a possibilidade de jogar alimentos a partir de aeronaves, alegando que, sem um esquema de distribuição da ajuda em solo, isso poderia criar ainda mais problemas, como brigas e tumultos.
Reabertura do porto
Espera-se que a reabertura futura do porto da capital haitiana, danificado pelo terremoto, possa facilitar a distribuição da ajuda humanitária ao país.
Nesta segunda-feira, 2.200 marines americanos desembarcaram no Haiti, juntamente com equipamentos para remoção de escombros, suprimentos médicos e helicópteros.
Segundo a Casa Branca, mais de 11 mil militares americanos estão já em solo no Haiti, em navios na costa do país ou a caminho.
Militares americanos e da Minustah, as forças de paz da ONU lideradas pelo Brasil, estão auxiliando a distribuição de ajuda e protegendo locais visados por saqueadores.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, recomendou ao Conselho de Segurança a incorporação de 1.500 novos policiais e 2.000 soldados à força de paz da organização, que já contava com 9.000 homens.
Calma
Apesar dos relatos de episódios de violência e de crescentes casos de saques em meio ao desespero dos haitianos pela demora na chegada de ajuda, o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, John Holmes, afirmou que a situação geral é de calma.
O comandante das forças americanas no Haiti, general Ken Keen, disse que há agora menos violência em Porto Príncipe do que antes do terremoto.
"As pessoas que moram e trabalham aqui no Haiti, que estão aqui há anos - tanto na nossa própria embaixada quanto na comunidade internacional, assim como nas forças da Minustah - me dizem que o nível da violência que vemos agora está abaixo dos níveis pré-terremoto", disse Keen.
"Ainda assim, qualquer incidente de violência atrapalha nossa capacidade de dar assistência humanitária", afirmou.
Keen disse no domingo que até 200 mil pessoas podem ter morrido no desastre.
A entrega de ajuda no centro de Porto Príncipe está se tornando mais difícil, segundo o correspondente da BBC na cidade David Loyn, por causa da crescente irritação dos haitianos com a demora.
Segundo Loyn, os caminhões para o transporte de suprimentos de ajuda têm necessitado de acompanhamento militar para trafegar pela cidade.
Frustração
O comandante Walter Matthews, da Marinha americana, disse à BBC que entendia a frustração entre os haitianos, mas disse que os esforços de ajuda estão melhorando.
A distribuição de suprimentos está se expandindo para outras áreas afetadas pelo terremoto além da capital, como as cidades de Leogane, Gressier, Petit-Goave e Jacmel.
O ex-presidente americano Bill Clinton, enviado especial da ONU para o Haiti, disse que a cooperação entre as tropas americanas e das Nações Unidas estavam melhorando os esforços humanitários.
“A ONU dá segurança e os americanos garantem a logística e a distribuição. Eles sabem como fazer isso. Então estamos chegando lá”, disse Clinton à BBC durante uma visita a Porto Príncipe na segunda-feira.
Bloqueios
A distribuição de ajuda ainda está dificultada por obstáculos como o fechamento do porto e pelo bloqueio de ruas por corpos e escombros.
Muitas agências e organizações internacionais reclamaram no fim de semana de que não estavam conseguindo entregar suprimentos de ajuda por causa do congestionamento no aeroporto da capital, que está sendo administrado pelo Exército americano.
Mas John Holmes, da ONU, disse que os problemas iniciais estão sendo resolvidos com a introdução de um sistema para priorizar voos humanitários.
Segundo ele, ainda há 43 equipes de resgate, com cerca de 1.700 homens, trabalhando na procura por possíveis sobreviventes, apesar de a chance de se encontrar mais pessoas com vida sob os escombros diminuir a cada dia.
Até agora, pelo menos 70 mil corpos de vítimas do terremoto já foram enterradas em valas comuns.

RIO DE JANEIRO

Polícia apreende na Cidade de Deus 56 pedras de crack, a droga da morte



Um homem foi preso e um menor apreendido por PMs da Unidade Pacificadora da Cidade de Deus, na rua Ezequiel. Johnson Moura dos Santos, de 21 anos, e um adolescente, de 17, estavam com 56 pedras de crack, a droga da morte e 52sacolés de cocaína.

RIO DE JANEIRO

Acidente grave congestiona tráfego na Linha Vermelha



Um Fiat Palio prata e uma moto se envolveram num acidente na Linha Vermelha, altura do aeroporto Internacional Tom Jobim, pista sentido Centro. Após a batida, o carro de passeio capotou. O condutor do veículo ficou preso às ferragens e foi resgatado pelos bombeiros. O motociclista também sofreu ferimentos e recebeu atendimento no local. Uma faixa continua interditada e o trânsito congestionado. Policiais militares e agentes da CET-Rio estão no local.

Rio de Janeiro

Polícia tenta localizar assassinos de PM na Cidade Nova



Policiais militares do batalhão do Estácio e da Praça Tiradentes permanecem com o patrulhamento reforçado na região central da cidade. Além de coibir o roubo a pedestres, o objetivo dos PMs é localizar os responsáveis pelo ataque a uma viatura na Cidade Nova, no último domingo, que deixou um policial morto e outro ferido. Durante a madrugada, a ação mobilizou, inclusive, policiais do Batalhão de Choque. Agentes da 6ª DP analisam câmeras de um centro de convenções, que fica próximo ao local onde ocorreu o incidente. Os principais suspeitos são traficantes do morro da Fallet, em Santa Teresa, que teriam sido motivados por vingança.

Esportes

Zico é demitido pelo Olympiacos



Zico não é mais o técnico do Olympiacos, da Grécia. O anúncio da demissão do treinador brasileiro foi feito através do site do clube. Zico comandou o Olympiacos, desde o dia 17 de setembro de 2009, e em 21 jogos, obteve 12 vitórias, quatro empates e cinco derrotas.

RIO DE JANEIRO

Polícia prende na Vila da Penha homem acusado de aliciar menores pela internet



Policiais Civis da Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente prenderam, na manhã de hoje, em casa, na Vila da Penha, Ulisses Leide Novais Basílio, de 26 anos, acusado de pedofilia. A mãe de um adolescente de 14 anos, procurou a delegacia e denunciou a atitude suspeita de Ulisses com o filho. Segundo a Polícia, o preso conhecia jovens pela internet e depois marcava encontros em shoppings. Após exame de corpo de delito ficou comprovado que o rapaz de 14 anos estava tendo relações sexuais com o acusado. Ulisses Basílio pode pegar até 12 anos de reclusão. Ao ser preso ele estava acompanhado da esposa grávida de três meses

Mais de 90 pessoas foram retiradas vivas dos escombros no Haiti

Uma porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários informou hoje que mais de 90 pessoas foram retiradas com vida dos escombros no Haiti. O país foi atingido por um terremoto no último dia 12.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010


Um grupo de atiradores e homens-bomba ligados ao Talebã realizaram nesta segunda-feira uma série coordenada de ataques a prédios no coração da capital do Afeganistão, Cabul, detonando explosivos e tiroteios.

Testemunhas afirmam que havia combates entre atiradores talibãs e forças de segurança afegãs até o começo da noite (horário local) perto do Hotel Serena e do palácio presidencial, apesar de o presidente afegão, Hamid Karzai, ter dito que a segurança já havia sido restabelecida.
Em comunicado, o Talebã afirmou que 20 de seus homens participaram do ataque a Cabul. Dois civis e três homens de forças de segurança afegãs morreram e 71 outros ficaram feridos, segundo as autoridades. Sete militantes talebãs também morreram, segundo o ministro do Interior, Mohammad Hanif Atmar.
A onda de atentados foi a mais recente de uma série de ataques cada vez mais ousados à capital afegã. Um comunicado no site do Talibã afirmou que os alvos eram prédios do governo e o Hotel Serena.
O chefe das forças dos EUA no Afeganistão, general Stanley McChrystal, elogiou o trabalho das forças de segurança nos ataques desta segunda-feira e condenou a ação do Talebã.
"Os atentados do Talebã hoje em Cabul são mais um exemplo da brutalidade do grupo e de seu desprezo pelo povo afegão", afirmou ele, em declaração emitida pela força da Otan no país.
Segundo autoridades, os militantes estavam armados com lançadores de granada e armas leves. Quatro atacaram um shopping center perto do Hotel Serena e do palácio presidencial. Os militantes responsáveis pelos ataques morreram, e os combates na região cessaram, segundo o Ministério do Interior.
A 400 metros de distância, dois talebãs atacaram um cinema, e morreram no local. Logo depois, duas explosões foram ouvidas perto dali.
Uma declaração do gabinete presidencial afirmou: "O presidente do Afeganistão quer assegurar os moradores de Cabul que a situação de segurança está sob controle e que a ordem foi restaurada".
Os EUA condenaram o ataque. O representante especial do governo americano para o Afeganistão e o Paquistão, Richard Holbrooke, afirmou que "não era surpresa que o Talebã fizesse esse tipo de coisa. Eles estão desesperados, não têm limites". A embaixada dos EUA em Cabul afirmou que o desprezo do Talebã por vidas afegãs era "deplorável".

Cão labrador leva cobra venenosa para donos na Austrália


Um cão labrador deu um susto nos seus donos após retornar para casa no Estado de Victoria, no sul da Austrália, com uma das cobras mais venenosas do mundo na boca.


Brandon, como é chamado pelos donos Deborah e Peter Allen, havia caçado uma cobra do gênero Austrelaps, que habita pântanos e se alimenta de sapos, ratos, pássaros e outros répteis.


Essas cobras, conhecidas na Austrália como copperheads, são tímidas, podem crescer até um metro e, segundo especialistas, são da 11ª espécie mais venenosa do mundo.


Segundo os donos de Brandon, o cão costuma trazer tudo que acha a eles. O casal disse à imprensa local que teve sorte de estar em casa quando Brandon trouxe a surpresa enrolada na boca e focinho.


Segundo eles, a cobra ainda se movia, mas Brandon, de 11 anos, continuou parado, firme, até seus donos pedirem para ele soltá-la dentro de um saco.


O casal então correu para o veterinário com o animal de estimação, que havia sido picado pela cobra, mas foi tratado a tempo.


O presidente da Associação Veterinária Australiana, Peter Gibbs, disse a jornais australianos que há um número alarmante de animais sendo levados a clínicas no país devido a picadas de cobra, que aumentaram nesta temporada.


De acordo com Gibbs, cobras tendem a ser mais ativas no fim da tarde em diante.


Os sintomas de picada incluem vômito, convulsões, sangramento no local ferido e paralisia. Neste casos, é necessário tratamento de urgência.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Chefe da ONU viaja ao Haiti e diz que tremor virou grave crise humanitária

Scraps

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, viajou neste domingo ao Haiti para discutir como coordenar os esforços humanitários internacionais no país após o terremoto de magnitude 7 de terça-feira (12) que devastou ao menos quatro cidades e deixou milhares de mortos. Antes de embarcar, Ban afirmou que a tragédia se transformou em uma das "crises humanitárias mais graves em décadas".
"Vou ao Haiti com o coração entristecido para expressar a solidariedade e o total apoio da ONU ao povo haitiano", declarou aos jornalistas, ainda em Nova York, antes de embarcar rumo ao aeroporto de Porto Príncipe. 
Segundo Ban, as prioridades da ONU são salvar a maior quantidade possível de pessoas, levar urgentemente ajuda humanitária --água, alimentos e os medicamentos necessários-- e coordenar a ajuda estrangeira que chega em toneladas ao país, e acaba presa no aeroporto pela falta de infraestrutura para distribuição.

"Não devemos desperdiçar nenhum dólar de ajuda", disse Ban, acrescentando que, atualmente, a ONU alimenta 40 mil pessoas e que deseja aumentar este número para 2 milhões em apenas um mês.
O secretário-geral disse ainda que se prepara "para o pior" diante de mais de 330 funcionários da organização que continuam desaparecidos, cinco dias após o tremor.
"Esta é a mais grave e maior perda em um único dia na história de nossa organização", disse Ban, que anunciou anteriormente a morte de 37 funcionários.
Vítimas
A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou em comunicado divulgado citado pela agência de notícias France Presse mais cedo que o terremoto deixou entre 40 mil e 50 mil mortos. O número está abaixo das previsões das autoridades haitianas, que falam em até 200 mil mortos na tragédia.
Ainda não há um dado preciso sobre o número de mortos, enquanto as imagens de televisão mostram corpos visíveis sob os escombros e outros mal cobertos nas calçadas. Muitos haitianos empilham os corpos em grandes cruzamentos, na esperança de atrair a atenção das equipes para que sejam recolhidos. Outros queimam em fogueiras, na tentativa de evitar epidemias. O cheiro, afirmam jornalistas enviados à cidade, beira o insuportável.
A Cruz Vermelha estima um número muito semelhante ao da OMS --entre 45 mil e 50 mil mortos. O governo do Haiti afirmou, contudo, estimar em até 200 mil o total de vítimas.
Em um número mais palpável, o primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, declarou neste sábado que mais de 25 mil corpos de vítimas já foram enterrados. "Vinte mil corpos foram oficialmente retirados pelo Estado, sem contar aqueles retirados pela Minustah [missão de paz da ONU no Haiti], pelas ONGs e pelos voluntários, que somam por volta de 5.000 a 6.000", declarou.
Caos
Marco Dormino/AP
Soldados bolivianos da missão da ONU entregam comida a haitianos 
afetados pelo terremoto que matou milhares
Soldados bolivianos da missão da ONU entregam comida a haitianos afetados pelo terremoto que matou milhares em Porto Príncipe
A falta de um número preciso indica a situação de caos e devastação deixada no Haiti pelo terremoto. Uma situação que afeta também os esforços das equipes de ajuda humanitária enviadas por diversos países para tentar levar aos desabrigados suprimentos e mantimentos que chegam em toneladas ao aeroporto de Porto Príncipe.
O mundo respondeu com um esforço em massa para ajudar os haitianos e aviões carregados de suprimentos e equipes de resgate chegam em intervalos de minutos no aeroporto danificado de Porto Príncipe. Mas, na cidade em que o presidente governa de uma delegacia, sem casa ou sede de governo, os haitianos simplesmente não têm infraestrutura para usar da melhor maneira esta ajuda.
O aeroporto não tem torre de controle, o porto está tão destruído que não pode receber barcos, as estradas estão bloqueadas por destroços e haitianos que temem ficar sob um telhado que pode vir abaixo e, mesmo para quem consegue passar, não há combustível.
Muitos haitianos, principalmente aqueles em áreas de colinas, de mais difícil acesso, ainda não viram a ajuda humanitária chegar. O desespero por água potável e comida é notável e os relatos de saques e de violência aumentam, principalmente à noite.
Brasileiros
O terremoto aconteceu às 16h53 desta terça-feira (19h53 no horário de Brasília) e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país.
Segundo o ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, 17 brasileiros morreram no país --14 militares e mais três civis, entre eles a médica Zilda Arns e o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa. O corpo de Costa foi encontrado neste sábado.
Mais 16 militares brasileiros ficaram feridos no terremoto. Eles chegaram ao Brasil nesta sexta-feira, e desde então estão internados no Hospital Geral do Exército, em São Paulo, para um período de quarentena.

Brasileiro era uma lenda para as forças de paz da ONU, afirma Ban

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou hoje, em comunicado, que o brasileiro Luiz Carlos da Costa, chefe-adjunto civil da missão de paz da organização no Haiti, era "uma lenda para as forças de paz da ONU". O corpo de Costa foi encontrado em meio aos escombros da sede da ONU em Porto Príncipe, conhecida como Hotel Christopher, um dos muitos prédios arrasados pelo terremoto de magnitude 7 de terça-feira (12).
Costa era o funcionário brasileiro de mais alto cargo na ONU. Ele tinha 60 anos, era casado e deixa duas filhas. 
"Seu extraordinário profissionalismo e sua dedicação igualavam seu carisma e sua ternura, sua devoção a todos seus amigos", afirmou Ban. Segundo o secretário-geral, o brasileiro foi "mentor de muitas gerações de pessoal". "Conhecia a eles e às suas famílias, sempre estava disposto a escutá-los e a ajudá-los", disse.
Ban telefonou para a representante permanente do Brasil junto à ONU, embaixadora Maria Luiza Viotti, para informar o encontro do corpo e transmitir pêsames, afirmou o Itamaraty.
Também neste sábado foram confirmadas a morte do chefe da Minustah, o tunisiano Hedi Annabi, e do chefe de polícia da mesma missão de paz, Doug Coates. Em seu comunicado, Ban afirmou que os três "entregaram totalmente as vidas pela paz". "As Nações Unidas têm seu coração com eles e com as famílias e amigos de Hedi, Luiz, Douge e muitos outros que deram suas vidas pelo Haiti e pelos ideais da ONU", disse Ban.
Conforme as últimas estimativas da própria ONU, cerca de 40 funcionários morreram no desabamento da sede de Porto Príncipe e cerca de 300 --entre estrangeiros e haitianos-- permanecem desaparecidos.
Ban afirmou hoje que Annabi, o chefe da Minustah, de 64 anos, era um "verdadeiro cidadão do mundo". "Para ele a ONU era sua vida e ele estava entre seus filhos mais comprometidos. Era um apaixonado de sua missão e de sua gente." Para Ban, durante a sua carreira, Annabi demonstrou "energia, disciplina e coragem".
"[Annabi era] um ícone das forças de paz. Não havia melhor representante desse corpo. Era um homem delicado, com o coração de leão, a quem lembraremos por seu senso de humor, sua integridade e sua ética sem igual", completou Ban.
O tunisiano assumiu a Minustah em 2007, sucedendo o diplomata guatemalteco Edmond Mulet --que voltou à chefia interina da missão no dia seguinte ao terremoto, já sob a suspeita de que Annabi estivesse morto. O tunisiano entrou pra ONU em 1981 e participou de todas as missões de paz realizadas, durante mais de uma década.
Ban viaja neste domingo ao Haiti para avaliar no terreno as necessidades de assistência humanitária no país caribenho.

Seis razões para tentar o parto normal










Como a natureza quer: se o parto normal é o desfecho natural de uma gravidez, por que fugir dele antes mesmo de saber se uma cesárea é de fato indicada para o seu caso? “O ideal é que o bebê escolha o dia em que quer nascer”, diz o obstetra Luiz Fernando Leite, das maternidades Santa Joana e Pro Matre, em São Paulo. É claro que, na hora do parto, às vezes surgem complicações. Aí, sejamos justos, a cesariana pode até salvar a vida da mãe e do filho. “Mas, quando a cirurgia é agendada com muita antecedência, corre-se o risco de a criança nascer prematura, mais magra e com os músculos ainda não completamente desenvolvidos”, adverte o obstetra.


A criança respira melhor: quando passa pelo canal da vagina, o tórax do bebê é comprimido, assim como o resto do seu corpo. “Isso garante que o líquido amniótico de dentro dos seus pulmões seja expelido pela boca, facilitando o primeiro suspiro da criança na hora em que nasce”, explica Rosangela Garbers, neonatalogista do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Sem falar que as contrações uterinas estressam o bebê – e isso está longe de ser ruim. O hormônio cortisol produzido pelo organismo infantil deixa os pulmões preparados para trabalhar a todo vapor. A cesárea, por sua vez, aumenta o risco de ocorrer o que os especialistas chamam de desconforto respiratório. Esse problema pode levar a quadros de insuficiência respiratória e até favorecer a pneumonia.


Acelera a descida do leite: “Durante o trabalho de parto, o organismo da mulher libera os hormônios ocitocina e prolactina, que facilitam a apojadura”, afirma Mariano Sales Junior, da maternidade Hilda Brandão, da Santa Casa de Belo Horizonte. No caso da cesárea eletiva, a mulher pode ser submetida à cirurgia sem o menor indício de que o bebê está pronto para nascer. Daí, o organismo talvez secrete as substâncias que deflagram a produção do leite com certo atraso – de dois a cinco dias depois do nascimento do bebê. Resumo da ópera: a criança terá de esperar para ser amamentada pela mãe.


Cai o mito da dor: por mais ultrapassada que seja, a imagem de uma mãe urrando na hora do parto não sai da cabeça de muitas mulheres. Segundo Washington Rios, coordenador da maternidade de alto risco do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, não há o que temer. “A analgesia é perfeitamente capaz de controlar a dor”, afirma. Isso porque há mais de dez anos os médicos recorrem a uma estratégia que combina a anestesia raquidiana, a mesma usada na cesárea, e a peridural. “A paciente não sofre, mas também não perde totalmente a sensibilidade na região pélvica”, explica a anestesista Wanda Carneiro, diretora clínica do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. Dessa forma, ela consegue sentir as contrações e até ajudar a impulsionar a criança para fora.


Recuperação a jato: 48 horas após o parto normal, a nova mamãe pode ir para casa com o seu bebê. Em alguns casos, para facilitar a saída da criança, os médicos realizam a episiotomia, um pequeno corte lateral na região do períneo, área situada entre a vagina e o ânus. Quando isso acontece, a cicatrização geralmente leva uma semana. Já quem vai de cesariana recebe alta normalmente entre 60 e 72 horas após o parto e pode levar de 30 a 40 dias para se livrar das dores.


Mais segurança: como em qualquer cirurgia, a cesárea envolve riscos de infecção e até de morte da criança. “Cerca de 12% dos bebês que nascem de cesariana vão para a UTI”, revela Renato Kalil, obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. No parto normal, esse número cai para 3%. “A sensação da cesariana é semelhante à de qualquer outra cirurgia no abdômen. É, enfim, como extrair uma porção do intestino ou operar o estômago”, compara Kalil. E, convenhamos, o clima de uma sala cirúrgica não é dos mais agradáveis: as máscaras dos médicos, a sedação, a dificuldade para se mexer...

ONG diz que 37 mil grávidas aguardam ajuda nas ruas do Haiti

Aproximadamente 37 mil mulheres grávidas que perderam sua casas no terremoto de magnitude 7 que devastou o Haiti na terça-feira (12) aguardam ajuda nas ruas do país, expostas à falta de comida, água potável e atendimento médico, alertou a ONG Care. 
Em um país onde metade da população tem menos de 18 anos, a situação também é crítica para muitas mães que acabaram de dar à luz e para os próprios recém-nascidos.
Na capital Porto Príncipe, cidade que foi devastada pelo tremor, os hospitais que não foram destruídos pelo estão atuando muito além de seu limite e são incapazes de atender aos milhares de feridos que se amontoam em frente às suas portas.
A Care alerta que as mulheres grávidas que não estão conseguindo receber assistência médica correm um grave risco de sofrer complicações e de morrer durante o parto.
Mesmo antes da tragédia, o Haiti tinha a mais alta taxa de mortalidade materna da região --670 óbitos por cada 100 mil nascimentos.
Segundo comunicado da ONG, aproximadamente 15% das mulheres enfrentam algum tipo de complicação no parto que exige assistência médica. A maioria das mortes no parto ocorre por hemorragia, infecção, trabalho de parto muito prolongado e hipertensão.
"Há muitas mulheres grávidas nas ruas, assim como mães dando o peito a seus bebês", disse Sophie Perez, diretora da Care no Haiti. "Também há mulheres dando à luz na rua, diretamente na rua. A situação é muito crítica. As mulheres tentam chegar ao hospital mais próximo, mas a maioria deles está cheio e é muito difícil elas conseguirem os cuidados que requerem".
'As mães e seus filhos podem morrer por causa de complicações por falta de atendimento médico, acrescentou Perez.
Care é uma organização não-governamental internacional que diz ter como missão combater a pobreza. Segundo site da organização, ela existe há mais de 60 anos e está entre as três maiores ONGs globais. Atualmente, atua em 72 países --incluindo o Haiti.

Haitiana dá à luz em barco da guarda costeira americana


Uma haitiana deu à luz neste sábado a um menino no barco da guarda costeira americana que faz parte do esforço enviado pelos Estados Unidos para ajudar às vítimas do terremoto de magnitude 7 que devastou o Haiti na terça-feira (12). 
A mulher, que não teve o nome revelado, integrava um grupo de seis haitianos gravemente feridos no terremoto de terça-feira e que estavam sob proteção da Marinha dos Estados Unidos.
Ela entrou em trabalho de parto pouco antes de subir em um helicóptero da Marinha americana que a levaria a um hospital dos arredores de Cabo Haitiano.
O helicóptero transportou os seis feridos e o bebê ao porta-aviões alguns minutos depois, onde receberam cuidados médicos.
A ONG Care alertou neste domingo que aproximadamente 37 mil mulheres grávidas que perderam suas casas no terremoto aguardam ajuda nas ruas do país, expostas à falta de comida, água potável e atendimento médico.
Em um país onde metade da população tem menos de 18 anos, a situação também é crítica para muitas mães que acabaram de dar à luz e para os próprios recém-nascidos.
Na capital Porto Príncipe, cidade que foi devastada pelo tremor, os hospitais que não foram destruídos pelo estão atuando muito além de seu limite e são incapazes de atender aos milhares de feridos que se amontoam em frente às suas portas.
A Care alerta que as mulheres grávidas que não estão conseguindo receber assistência médica correm um grave risco de sofrer complicações e de morrer durante o parto.
Mesmo antes da tragédia, o Haiti tinha a mais alta taxa de mortalidade materna da região --670 óbitos por cada 100 mil nascimentos.
Segundo comunicado da ONG, aproximadamente 15% das mulheres enfrentam algum tipo de complicação no parto que exige assistência médica. A maioria das mortes no parto ocorre por hemorragia, infecção, trabalho de parto muito prolongado e hipertensão.

Gari encontra granada em rua de Copacabana, na zona sul do Rio

Um gari localizou uma granada na noite de sábado (16) em uma rua do bairro de Copacabana, na zona sul do Rio. A origem do explosivo --que não chegou a ser detonado-- permanecia desconhecida na manhã deste domingo.
Segundo informações da Polícia Militar, a granada estava na rua Cinco de Julho, quando foi localizada pelo gari. Moradores da região acionaram a polícia, que encaminhou ao local o Esquadrão Antibombas. O local foi isolado e o explosivo recolhido.
Ainda de acordo com a assessoria da corporação, a granada não precisou ser detonada. Até as 10h deste domingo, a origem do explosivo permanecia desconhecida e ninguém tinha sido preso.

Brasileiro condenado na Indonésia teme ser esquecido em corredor da morte

Do corredor da morte em uma prisão da Indonésia, o instrutor de voo livre Marco Archer Cardoso Moreira faz um apelo: não quer ser esquecido.
Marco, 48, foi condenado à morte em 2004 por tentar entrar no país asiático com 13,4 kg de cocaína em sua asa delta. "Estou praticamente abandonado", disse, em entrevista exclusiva à Folha. "Preciso voltar para a mídia de novo. Vou cair no esquecimento aqui."
O brasileiro quer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva interceda novamente junto ao colega indonésio Susilo Bambang Yudhoyono para evitar a execução da pena capital. Lula fez dois pedidos de clemência a Yudhoyono: o primeiro foi negado em 2006; o segundo ainda não teve resposta --é a sua última possibilidade de recurso.
"Sempre peço à minha mãe: 'Fala para a d. Marisa que o Lula tem como dar um jeito nessa história'. O Lula é poderoso, né? É da classe trabalhadora."
A esperança de Marco é ao menos converter sua pena em prisão perpétua. "Cometi meu erro, estou pagando, acho que mereço uma nova chance", diz ele, que afirma ter feito a "besteira" para pagar uma dívida com um hospital.
Archer está preso em Nusakambangan, no sudoeste do país, a 400 km da capital Jacarta. Lá, divide uma cela com outras cinco pessoas.
Carolina Archer, 70, mãe de Marco, afirma estar aflita. "Já se passaram seis anos e vejo que o governo brasileiro não fez nada por ele. Quero que ele pague, mas não com a vida." A embaixada brasileira em Jacarta diz estar tentando sanar o caso pela via diplomática.
Carolina teme que a gestão Lula termine e não haja solução. "O Marco não tem mulher, família, ninguém. Somos só eu e meu filho. E estou doente." Por conta de um câncer no pulmão, Carolina não visita o filho desde o final de 2008. Agora, planeja fazê-lo em maio.
Com ele também está o surfista Rodrigo Gularte, 37, condenado à morte em 2004 por tentar entrar no país com 6 kg de cocaína. O processo dele está em fase de apelação --se o recurso for negado, é possível fazer dois pedidos de clemência. A família do surfista não o autorizou a falar com a Folha. A Indonésia tem uma das mais severas leis antidrogas do mundo. Desde 2000, o narcotráfico no país é punido com a pena de morte.
Segundo a Imparsial, ONG local de direitos humanos, 21 condenados foram executados na Indonésia de 1998 a 2009, cinco por tráfico de drogas. Só em 2008, dez foram mortos --dois por tráfico. A ONG pede o fim da pena capital. O presidente Yudhoyono foi reeleito em 2009, porém, com posição favorável à punição.
A execução é feita por 12 soldados com rifles; só duas armas são carregadas. Cada soldado atira uma vez, no peito do condenado. Se ele sobreviver, leva um tiro na cabeça, à queima-roupa.

Três pessoas morrem em tiroteio com policiais na zona norte do Rio

Três homens morreram na madrugada deste domingo após uma troca de tiros com policiais militares na favela Para-Pedro, no bairro do Colégio, zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com a sala de escuta da PM, o tiroteio ocorreu por volta de 1h30.

Casais espanhóis sofrem com falta de notícias sobre filhos adotivos no Haiti


Pelo menos 230 casais espanhóis que adotaram crianças haitianas e estavam apenas esperando a emissão dos passaportes dos filhos para irem ao Haiti buscá-los estão vivendo o desespero de não conseguir obter informações sobre paradeiro das crianças.
Centenas de internos de orfanatos da capital haitiana, Porto Príncipe, permanecem desaparecidos após o terremoto que devastou boa parte do país caribenho na terça-feira.
“É uma angústia que não acaba. Não dá para acreditar. Quanto mais imagens vemos pela televisão, mais arrasados ficamos”, disse à BBC Brasil a espanhola Maria José Atienza, mãe de “Rafita”, o filho adotivo de três anos atingido pelo terremoto.
Maria José disse que nem ela, nem o marido, Rafael, dormem desde o dia do terremoto.
Os pais dos menores desaparecidos estão pedindo ajuda ao Ministério de Relações Exteriores espanhol porque em muitos casos nem sabem se seus filhos adotivos estão vivos.
Em todos os casos de adoção, encaminhados por três organizações internacionais, os expedientes estavam terminados, após anos de espera.
‘Impotência’
O desespero dos pais adotivos está recebendo destaque nos telejornais espanhóis. Famílias que aparecem chorando, mostrando quartos infantis montados, roupas e brinquedos preparados e fotos dos encontros nos orfanatos de Porto Príncipe.
“É um momento de impotência, aflição e muita dor”, disse à BBC Brasil Encarnación Esteban Córdoba, presidente da Associação de Ajuda à Adoção Internacional.
A organização, que tramita processos de adoção em países como Haiti, Honduras, Bolívia e Guatemala, disse que os pais estão desesperados e, mesmo entre os que conseguiram algum tipo de informação que confirme a sobrevivência das crianças, “ninguém pode estar em paz até ter seus filhos em seus braços nessas circunstâncias”.
“A primeira preocupação é saber se as crianças estão vivas. A segunda é como estão depois dessa tragédia, se têm água, comida, remédios... e depois achar o paradeiro dos documentos para trazê-los à Espanha, porque é bem possível que os expedientes tenham sido destruídos ou perdidos”, disse à BBC Brasil a diretora geral do Instituto Catalão de Acolhida e Adoção, Silvia Casellas.
“Isso cria outro agravante. Teremos que demonstrar que as adoções estavam concluídas”, afirmou.
Os casos menos graves são os de famílias que adotaram menores no orfanato Maison Des Anges, em Porto Príncipe.
Segundo informações das instituições espanholas, todas as crianças sobreviveram ao terremoto e foram levadas para duas casas vizinhas que sofreram menos danos.
Mas as associações de adoções afirmam que apesar desta boa notícia, não podem garantir às famílias o estado de saúde das crianças nas próximas semanas, porque dependem da chegada de ajuda humanitária.

Trabalhadores das pirâmides 'não eram escravos', dizem arqueólogos


Cientistas apresentaram no Egito tumbas cuja localização, próxima das principais pirâmides, reforça a teoria de que esses grandes monumentos foram construídos por trabalhadores livres, e não por escravos.
Os túmulos, construídos cerca de 4,5 mil anos atrás, contêm os restos mortais dos trabalhadores que morreram enquanto levantavam as pirâmides de Quéops e Quéfren.
"Essas tumbas foram construídas ao lado da pirâmide do faraó, o que indica que essas pessoas não eram, de forma alguma, escravos", disse o arqueólogo que chefiou os trabalhos de escavação, Zahi Hawass.
"Se fossem escravos, eles não poderiam ter construído suas tumbas ao lado da do faraó."
Ele disse que a descoberta "pode ser a mais importante do século 21" em relação à civilização egípcia.
Os túmulos são feitos de argila seca, semelhante a outras covas descobertas em 1990, e datam das 4ª e 5ª dinastia (2649-2374 AC).
Tumab descoberta no Egito
Egito diz que teoria dos escravos não faz jus à civilização egípcia
Tradicionalmente, as autoridades do Egito refutam a teoria de que as pirâmides foram construídas por escravos, alegando que essa hipótese – um "mito", em suas palavras – ignora as habilidades necessárias na construção e a sofisticação da civilização egípcia.
Evidências colhidas no sítio arqueológico indicam que 21 vacas e 23 cordeiros eram enviados diariamente para alimentar cerca de 10 mil pessoas que trabalharam na construção das pirâmides.
Segundo Hawass, é possível que os fornecedores da carne, fazendeiros no Delta do Rio Nilo e no sul do Egito, não estivessem pagando impostos ao governo, e sim fazendo parceiras com o governo nesses grandes projetos nacionais da época.

Ajuda começa a ser entregue à população do Haiti

A ajuda humanitária às vítimas do terremoto no Haiti começou a chegar à população da capital, Porto Príncipe, neste domingo.
No entanto, grande parte dos flagelados haitianos continua à espera de mantimentos básicos e medicamentos.
A organização não-governamental Oxfam afirmou ter conseguido distribuir água para refugiados de um campo improvisado.
No entanto, o repórter da BBC na capital haitiana Nick Davis afirma que – embora pela primeira vez esteja sendo possível perceber um movimento – os beneficiados pela ajuda humanitária ainda são poucos, em comparação com o grande número de necessitados.
Nas próximas horas, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, deve desembarcar no Haiti para supervisionar pessoalmente os trabalhos de socorro e resgate no país destruído.
Poucos episódios violentos
De acordo com Davis, mesmo sem possibilidades de satisfazer as necessidades mais básicas, a população parece continuar paciente. Os episódios de violência são esparsos.
O terremoto haitiano é um dos episódios que causaram maior número de mortes entre funcionários da ONU.
Um ataque às instalações da entidade na Argélia, em 2007, matou 41 pessoas, 18 delas trabalhadores da Nações Unidas.
Em 2003, um ataque suicida à ONU na capital iraquiana matou 22 pessoas, incluindo o brasileiro Sérgio Vieira de Mello.
Neste domingo, uma porta-voz da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou em Genebra que o terremoto no Haiti é o pior desastre que a ONU já enfrentou em sua história.
“Esse é um desastre histórico. Nós nunca fomos confrontados com esse tipo de desastre na história da ONU. É como nenhum outro”, disse Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da Organização.
'País decapitado'
De acordo com ela, a dificuldade se deve aos problemas de logística, por conta do colapso do governo local e da completa destruição da infraestrutura – o aeroporto está saturado, as ruas bloqueadas, os hospitais têm poucos ou nenhum médico e poucas construções suportaram os tremores.
Byrs comparou o desastre ao tsunami que atingiu a Indonésia em 2004 e afirmou que a situação em Porto Príncipe é “tão ruim ou pior”.
“O desastre é enorme e tão enorme quanto foi o tsunami, talvez pior porque todo o país foi decapitado, os prédios do governo desmoronaram e nós não temos o apoio da infraestrutura local. Na Indonésia nós tínhamos pelo menos o apoio de algumas autoridades locais”, disse.
Na sexta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, lançou um apelo à comunidade internacional para arrecadar US$ 550 milhões para ajudar ao Haiti.
Clique Leia na BBC Brasil : Terremoto no Haiti é 'pior desastre' da história da ONU
A porta-voz do Programa Mundial de Alimentos da ONU no Haiti, Myrta Kaulard, disse que a agência espera atender cerca de 40 mil pessoas.
Apesar disso, Kaulard disse reconhecer que cerca de 1 milhão precisam de ajuda em Porto Príncipe.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Boliviano mata filha recém-nascida porque queria menino, diz jornal


Um boliviano de 25 anos confessou à polícia ter matado a filha recém-nascida porque queria um filho homem, informou hoje o jornal "La Prensa".
A mulher, Cristina B., denunciou à polícia da cidade de El Alto, vizinha a La Paz, na noite de sexta-feira. Na delegacia, ela denunciou o marido, depois de achar o corpo da filha em uma bolsa sob a cama do quarto do hotel em que viviam. Segundo as primeiras investigações, o assassino queria um filho homem e desde o nascimento da menina, há duas semanas, não conseguia dormir de tão frustrado.
A mulher surpreendeu o marido deixando o quarto logo depois do crime. Chorando, ele disse à mulher que, sem o bebê, eles viveriam felizes.
O suspeito fugiu, mas depois foi preso. À polícia, ele confessou o crime.

Brasil vai ficar ao menos mais cinco anos no Haiti, diz Jobim




O ministro Nelson Jobim (Defesa) informou neste sábado que o Brasil deverá ficar por ao menos mais cinco anos no Haiti, já que os brasileiros deverão colaborar com a reconstrução do país caribenho após o terremoto que o devastou na terça-feira.

Segundo Jobim, é certo que o Brasil permanecerá mesmo após terminar o período pelo qual o país se comprometeu a compor a Minustah (Missão de Paz da ONU no Haiti), que se encerra em 2011.
Bebês haitianos nascidos ganham nome de militares brasileiros
Cinco aviões da FAB com suprimentos e equipes chegam ao Haiti

Presidente do Haiti governa de delegacia

Governo diz que 6.000 presos fugiram após terremoto no Haiti

Veja fotos da tragédia no Haiti; por Caio Guatelli

"Não vejo menos de cinco anos [de extensão da permanência das tropas], tem que se reconstruir o país", disse o ministro durante visita ao Ciop (Centro de Instrução de Operações de Paz) da Vila Militar, na zona Oeste do Rio, onde se encontrou com militares que estão em treinamento para poderem embarcar para o Haiti.
Jobim afirmou ainda que vai propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentar as atribuições das tropas brasileiras no Haiti. Jobim citou como exemplo aumentar as atribuições de engenharia das tropas, para que possam ajudar no processo de reconstrução do país após o terremoto de magnitude 7 que devastou a capital Porto Príncipe e matou milhares de pessoas, incluindo 17 brasileiros.
O ministro disse que as tropas brasileiras no país, cerca de 1.300, precisam de maior poder de ação para execução de obras no país caribenho. Ele não citou quais seriam outras atribuições que as tropas brasileiras ganhariam, mas disse que não há previsão para o envio de mais soldados ao Haiti --mesmo diante do anúncio de Washington de que enviará entre 9.000 e 10 mil militares para trabalhar na distribuição de medicamentos e na manutenção da ordem pública no país --uma tarefa que estava, até então, a cargo das tropas da ONU e sob o comando dos militares brasileiros.
"Se houver a mudança no mandato, a parte de engenharia terá muito mais atribuições", explicou Jobim. "O orçamento da Minustah é voltado para a segurança, e uma das alterações que vamos pedir na ONU é pela destinação de verbas para obras de engenharia. Queremos participar do processo de reconstrução."
Segundo previsões feitas pela CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) e pelo governo haitiano, entre 70% e 75% das edificações de Porto Príncipe foram destruídas pelo terremoto.
Comando
Jobim (Defesa) disse disse que, a despeito do envio de 10 mil militares americanos, o Brasil permanecerá no comando da missão de paz no Haiti.
Ele admitiu que as tropas americanas têm como princípio não aceitar ordens de outro país, mas ressaltou que um memorando firmado com os Estados Unidos reitera o Brasil no controle da missão de pacificação no Haiti.
"Nossas tropas seguem coordenando, embora os americanos não aceitem ser comandados por outro país. Isso foi definido no memorando. O Brasil mantém o controle", disse.
O ponto que mais irritou os brasileiros em relação à ação americana foi o controle do aeroporto de Porto Príncipe. Os EUA controlam o local desde quinta-feira --ontem o governo haitiano repassou oficialmente o controle aos americanos-- e desde então os pousos no local foram restringidos.
Devido ao problema, cinco aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) que chegariam ontem ao Haiti com mantimentos não receberam autorização para pousar --três deles ficaram em Santo Domingo (República Dominicana), enquanto outros dois ficaram em Boa Vista (RR). Apenas hoje eles conseguiram chegar a Porto Príncipe.