terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Maré



Toda a região à margem da Baía de Guanabara caracterizada originalmente por vegetação de manguezal e ocupada por pântanos é conhecida como o conjunto de comunidades da Maré. Ocupados desde a década de 1940 por barracos e por palafitas, os manguezais foram sendo progressivamente aterrados, tanto pela população quanto pelo poder público e o termo “Maré” tem origem no fenômeno natural que afligia os moradores das palafitas, trazendo sujeira e lama.
O bairro Maré foi fundado em 19 de janeiro de 1994 pelo Projeto de Lei nº 2119. Situado entre a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, é hoje um dos principais espaços da Zona da Leopoldina. A Maré possui cerca de 132 mil habitantes e a população se distribui por cerca de 38 mil domicílios, em 16 comunidades.
Trata-se de um conjunto de favelas que se destaca tanto simbolicamente quanto estrategicamente. Primeiro, por conta de sua localização geográfica, da proximidade com grandes vias e com o aeroporto internacional É também uma comunidade que chama a atenção nas questões relacionadas à segurança pública. Na Maré, está localizado o único batalhão de polícia militar dentro de uma favela. Além disso, nela é possível encontrar grande diversidade de conformações no que diz respeito a favelas: morros, aterros, conjuntos habitacionais, construções de alvenaria e outras mais precárias, dentre outras.

Comunidade Nova Holanda
Planejada e construída pelo poder público na década de 1960, sob o governo de Carlos Lacerda, sobre um aterro realizado ao lado do Parque Maré. O grande porte desse aterro influenciou a escolha do nome do empreendimento – Nova Holanda – uma vez que aquele país europeu localiza-se, em grande parte, abaixo do nível do mar.
Não se constituía, entretanto, em um Conjunto Habitacional, uma vez que foi concebido como um Centro de Habitação Provisório (CHP). O seu projeto era regular, disposto sobre uma malha ortogonal, com casas em série, idênticas, erguidas em madeira, em duas tipologias:
* Unidades individuais, simples; e
* Unidades duplas, em dois pavimentos (denominadas como modelo “vagão” ou “duplex”).
Essa característica não permitia, originalmente, que fossem realizadas benfeitorias pelos moradores, registrando-se, em pouco tempo, a rápida degradação das unidades. Os seus primeiros moradores chegaram em 1962, oriundos da remoção da Favela do Esqueleto (atual campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ), da da praia do Pinto, da do morro da Formiga, da do morro do Querosene e das margens do rio Faria Timbó, sob a coordenação da Fundação Leão XII, que controlava tanto o processo de remoção quanto o gerenciamento dos CHPs.
Os alojamentos deveriam servir como uma etapa intermediária no assentamento definitivo dessas populações em Conjuntos Habitacionais na periferia da cidade. Entretanto, por falta de continuidade política do projeto, em casas provisórias de madeira, acabaram por se tornar definitivas, registrando-se a favelização do conjunto na medida em que cada morador introduziu modicações arquitetônicas conforme as próprias necessidades e a seu próprio critério. A falta de serviços básicos, os conflitos que foram surgindo e o rígido controle da Fundação Leão XII, levou ao estabelecimento da Associação de Moradores na década de 1980.
Nesse momento, com a atuação do Projeto Rio, do Governo Federal, o conjunto se consolida como uma das maiores aglomerações de baixa renda da cidade.
Baixa do Sapateiro
Ao contrário da comunidade do morro do Timbau, cuja ocupação ocorreu em uma área elevada, com alguma organização, a da Baixa do Sapateiro, que lhe é adjacente, desenvolveu-se em uma área de baixada, alagadiça, sem maiores cuidados na organização.
Formada por volta de 1947 a partir de um pequeno grupo de palafitas de madeira, e originalmente conhecida como Favelinha do Mangue de Bonsucesso, existem três versões para a origem do atual nome da comunidade:
* haveria realmente um sapateiro na ocupação inicial da área;
* seria uma alusão à Baixa dos Sapateiros em Salvador, na Bahia, uma vez que, na origem, a comunidade era integrada por vários migrantes nordestinos;
* seria uma referência à vegetação de manguezal, onde predominava a espécie Rhizophora mangle (mangue vermelho), denominada popularmente como sapateiro. Essa espécie era extraída para a produção de tamancos, um calçado popular entre a comunidade de origem portuguesa no Rio de Janeiro.
Iniciada a partir das obras para a abertura da Av. Brasil, a comunidade tomou impulso com a construção do primeiro grande aterro, promovido dentro do projeto de construção da Cidade Universitária, em torno da Ilha do Fundão. Com a construção da ponte Osvaldo Cruz, a região tornou-se trânsito obrigatório para quem ia e vinha do Fundão. Por essa razão, moradores expulsos das ilhas aterradas e operários da construção, iam erguendo os barracos à noite, com sobras de materiais de construção (madeira e latas), sobre palafitas de cerca de dois metros de altura.
A repressão à nascente comunidade era promovida pela Guarda Municipal que, utilizando-se de cabos de aço, puxados por tratores, cortava os esteios das palafitas, demolindo-as. Procurando organizar a luta e conquistar o direito de moradia, fundou-se a Associação de Moradores da Baixa do Sapateiro (1957).
As palafitas desapareceram gradualmente graças a aterros promovidos pelos próprios moradores ao longo dos anos. As últimas foram demolidas na década de 1980, por iniciativa do Projeto Rio, do Governo Federal, sendo esses moradores transferidos para os novos conjuntos então construídos: a Vila do João e, mais tarde, a Vila do Pinheiro.
Atualmente, a comunidade conta com cerca de 4.000 domicílios, com uma população estimada de 15.000 pessoas.
PROJETOS E AÇÕES da REDES DA MARÉ
No intuito de promover uma rede de desenvolvimento sustentável na Maré, a Redes busca articular ações e atores sociais comprometidos com a transformação estrutural da comunidade. Para isso, além de fomentar a mobilização comunitária, a Redes produz e difunde conhecimento sobre a favela e desenvolve projetos que visem ao enfrentamento da violência, à promoção da autonomia de atores sociais e à superação de estereótipos acerca dos espaços populares. Esses projetos se dividem em cinco eixos:
Arte e Cultura
A superação das desigualdades passa também pela superação dos estereótipos e pela promoção da diversidade. A Redes da Maré articula condições para estimular a formação de novos atores nas favelas no campo da cultura e para difundir as iniciativas já existentes, com o intuito de colaborar com a construção de uma cidadania plena, plural e participativa.
Comunicação
Uma sociedade mais justa e democrática passa necessariamente por políticas públicas de comunicação voltadas para a promoção dos direitos de todos. Os projetos de Comunicação da Redes da Maré, buscam contribuir com o fortalecimento de modos plurais e cidadãos de comunicação, por meio da criação e difusão de novas representações dos espaços populares e dos indivíduos
Desenvolvimento local
São muitas e profundas as desigualdades territoriais existentes na cidade, por isso os projetos da Redes da Maré buscam contribuir com o desenvolvimento integrado da Maré, que crie condições para a redução da vulnerabilidade social, econômica e ambiental.
Educação
A Redes acredita que é fundamental o fortalecimento do potencial profissional e intelectual existente na Maré, para a elaboração de um projeto duradouro para a comunidade. É nesse sentido que projetos com foco em educação são pensados:
Segurança Pública
A violência que atinge a cidade se manifesta de diferentes maneiras e nos espaços populares, o grau de vitimização, principalmente a letal, se mostra acima da média dos demais territórios. Por isso, a Redes apóia ações e promove iniciativas que sejam pautadas na valorização da vida e que contribuam para políticas de segurança cidadã:

Programa Legítima Defesa: Diálogos sobre Segurança Pública na Maré Colocado como um espaço permanente de reflexão e proposição de políticas e ações de segurança pública com participação ativa dos moradores e instituições da Maré, o Programa Legítima Defesa: Diálogos sobre Segurança Pública na Maré atua em três linhas: formação, mobilização e intervenção.
O objetivo do Programa é, através do diálogo permanente sobre o tema, interferir nas ações de segurança pública e propor ações alternativas nesse campo. Ao longo de 2009 foram realizados diversos encontros com diferentes atores – moradores, associações, ONGs – das 16 comunidades que integram a Maré, que culminaram na realização da I Conferência Livre sobre Segurança Pública da Maré. Foi o primeiro bairro do Rio de Janeiro a realizar uma conferência livre sobre o tema.
Redes da Maré

Quem Somos


A Redes de Desenvolvimento da Maré (Redes) é uma organização da sociedade civil que se dedica a promover a construção de uma rede de desenvolvimento sustentável, voltada para a transformação estrutural do conjunto de favelas da Maré. A Redes busca produzir conhecimento referente aos espaços populares e realizar ações com o intuito de interferir na lógica de organização da cidade e contribuir para a superação das desigualdades.
A Redes tem sua origem em um longo processo de lutas, ações e pesquisas desenvolvidas nas comunidades da Maré por um grupo de pessoas que, historicamente, atuam em organizações comunitárias e em outros espaços de mobilização. A trajetória desse coletivo é caracterizada por sua inserção nos diferentes campos das políticas sociais e isso foi determinante na constituição da instituição. A Redes foi fundada e é composta até os dias atuais por  profissionais engajados nas lutas sociais e oriundos de espaços populares.
O surgimento da Redes está ligado à constatação da necessidade de se criar uma alternativa que alie mobilização à elaboração de propostas para modificar a condição de vida nas comunidades da Maré. É em torno desta premissa que a Redes se organiza, fortalecendo o potencial profissional e intelectual existente na comunidade, a fim de elaborar um projeto integrado e duradouro de desenvolvimento.
No entanto, um processo de mudança global não pode se concretizar por meio de ações isoladas. É por isso que a Redes busca agregar experiências, mobilizar outras organizações, movimentos e instâncias do poder público. Pensar em rede é pensar os diversos atores que atuam na Maré, moradores, outras instituições e poder público, integrados em prol de um projeto para a comunidade.
Foi a partir da realidade da Maré e tendo como horizonte a transformação deste cenário que a Redes identificou cinco eixos de atuação:
  • Desenvolvimento local
  • Educação
  • Comunicação
  • Segurança Pública
  • Arte e Cultura
Estes são os cinco temas em torno dos quais se articulam os projetos da Redes. Eles foram pensados a partir das demandas da Maré, território de atuação da instituição. Esta escolha por uma atuação local não foi feita ao acaso. A opção pelo território da Maré deve-se não só a sua visibilidade, mas também a sua relevância estratégica e simbólica no contexto da cidade. Trata-se de uma das maiores comunidades do Rio de Janeiro, que agrega variadas possibilidades de experiências de mudança. Uma transformação na Maré pode ser, portanto, uma experiência exemplar para se pensar as favelas cariocas e de outras cidades brasileiras.
É nessa perspectiva, que por meio de projetos e programas, a Redes de Desenvolvimento da Maré persegue os seguintes objetivos:
  • Fomentar a mobilização comunitária a partir da construção de uma rede de articulação social;
  • Desenvolver projetos na área de educação, arte e cultura que promovam a autonomia dos atores sociais;
  • Enfrentar as diferentes formas de violência que atingem a população, em particular a dos espaços populares;
  • Produzir e difundir conhecimentos sobre os espaços populares que contribuam para a superação dos discursos e práticas que reforçam visões preconceituosas e estereótipos sobre esses espaços.
Oficinas experimentais na Lona Cultural da Maré
Data: 
12/08/2010 - 14:00 - 14/08/2010 - 19:00
No próximo sábado, dia 14, os moradores da Maré poderão assistir às apresentações das oficianas que serão oferecidas na Lona Cultural Municipal Herbert Vianna - Lona Cultural da Maré. O evento acontece das 14h às 17h.
O evento começará com um cortejo de maracatu pelas ruas da Nova Holanda chamando os moradores para o evento na Lona. Após o cortejo acontecem as oficinas de circo, gastronomia, prática de orquestra com Isadora Medella, musicista da banda Chicas, teatro, construção de instrumentos musiciais e sonorização/DJ.
Após a apresentação das oficinas, os moradores poderão se inscrever nas oficinas e participar das aulas a partir da próxima semana. Essa é a segunda atividade que a Lona Cultural Municipal Herbert Vianna promove na comunidade após sua reabertura, no final do mês de julho.
Serviço:
Oficinas experimentais
Dia 14/08/2010
Às 14h
A lona fica na Rua Ivanildo Alves, s/n, Nova Maré, Maré
Grátis
Lona Cultural da Maré será reaberta
Data: 
21/07/2010 - 14:55
A Lona Cultural Herbert Vianna, na Maré, será reaberta na próxima sexta-feira, 23, com show e feijoada. O evento está marcado para começar às 20h, a entrada é gratuita e a feijoada vai custar R$6,00. A música vai ficar por conta do músico Renato Milagres e sua banda. A lona fica na Rua Ivanildo Alves, s/n, Nova Maré, Maré.

Lona Cultural da Maré terá Cultura Funk e 1º Favela Rock Show

  vai promover no próximo fim de semana shows de funk e rock.

Na sexta-feira, terá a apresentação da equipe Espião e dos MCs Junior e Leonardo, que são da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APA Funk), às 22h. Leonardo diz que o objetivo é unir as pessoas através do funk.

"Queremos ocupar o espaço e aproximar o funk de um local apropriado, com uma acústica, que é a lona cultural. Seja favela ou não, o importante é que as pessoas de locais diferentes se comuniquem", explica.

Os ingressos antecipados estão sendo vendidos no local. Homens pagam R$5 e mulher R$2. Na hora, os ingressos custarão R$ 7 para homens e R$ 5 para mulheres.

No sábado, três grupos de rock irão fazer o som na Maré, no 1º Favela Rock Show, com a presença das bandas Passarela 10, Café Frio e Partido Leve, a partir das 19h. Ingressos a R$ 2.

Livro sobre Pedagogia Uerê Mello conta história vencedora de projeto de educação no Complexo da Maré

“Aprender para viver” ensina método que ajuda crianças e adolescentes que vivem em áreas carentes e violentas a superar problemas cognitivos e aumentar aproveitamento escolar

A filóloga e educadora Yvonne Bezerra de Mello lança, no próximo dia 29 de setembro, no Rio de Janeiro, o livro Aprender para viver: a pedagogia Uerê-Mello e o ensino diferenciado para problemas cognitivos. O livro disseca o método de ensino alternativo desenvolvido por Yvonne e sua equipe para estimular o aprendizado de crianças e adolescentes com problemas de cognição.
Os problemas cognitivos, comuns especialmente em crianças criadas em ambientes violentos, dificultam o aproveitamento escolar, muitas vezes transformando jovens que terminaram o ensino médio em analfabetos funcionais, sem qualquer chance para o mercado de trabalho.
A pedagogia Uerê-Mello foi desenvolvida ao longo de 35 anos de trabalho com crianças e jovens na Africa e no Brasil para atender à demanda de aprendizado em locais de conflito armado e de violência constante. Hoje é adotada como política pública na rede municipal do Rio de Janeiro e aplicada em escolas nas zonas de risco do município. Desde 1980, o método norteia o trabalho de Yvonne Bezerra de Melo com crianças nas ruas do Rio e no Projeto Uerê, uma escola modelo situada no Complexo da Maré.
As crianças e jovens que freqüentam a escola modelo Uerê moram no Complexo da Maré e em comunidades vizinhas e têm entre quatro e dezoito anos. Elas permanecem meio período na escola modelo, onde são apoiadas por uma equipe de educadores capacitados por meio da Pedagogia Uerê-Mello, e frequentam escolas públicas ou particulares (caso de crianças que recebem bolsas de apoiadores do projeto) na outra metade do dia.
No Uerê, as crianças comem, jogam, estudam, constroem sua autoconfiança, aumentam o seu conhecimento e sua chance para a escolaridade e a inserção no mercado de trabalho. “Nossa missão é quebrar o círculo vicioso da miséria pela educação e provar às crianças e jovens que frequentam a nossa escola de que a pobreza é um estado temporário”, explica Yvonne.
Desde 1980, mais de 3.000 crianças e jovens já passaram pelas mãos de Yvonne Bezerra de Mello. A escola modelo do Complexo da Maré atende atualmente 120 crianças e jovens. “A maioria das crianças que chegam ao Projeto Uerê têm uma grande deficiência linguística e muito pouco conhecimento. Como esse pré-conhecimento é indispensável para o aprendizado, essas crianças não conseguem acompanhar um currículo escolar.
No projeto Uerê, depois de seis meses de trabalho, essa criança ou jovem já consegue armazenar e reter uma parte do conhecimento perdido”, explica Yvonne, contando o exemplo do menino A., de 6 anos, que chegou ao projeto sem conseguir falar, articular sons e associar fonemas. “Depois de 4 meses, a professora na escola nos mandou chamar para dizer que um milagre tinha acontecido com esse menino. A fala melhorou e já começava a ter interesse pelo aprendizado”, lembra a educadora.
O trabalho do Uerê é direcionado para Inclusão social; aumentar o nível de escolaridade com ênfase na futura vida de trabalho; estimular a confiança e a auto-estima; ajudá-las a compreender a injustiça social de que são vítimas; orientá-las a se tornarem cidadãos responsáveis; prepará-las para competir num mercado de trabalho cada vez mais difícil.
Após os 15 anos, os jovens são encaminhados para entidades que apóiam o projeto, entre elas o Sindicato dos Hotéis do Rio de Janeiro, Senac-Rio e Hotéis Othon, com objetivo de estágio e capacitação para o primeiro emprego. Há vários casos de crianças que conseguiram terminar o ensino universitário, com excelente aproveitamento, e hoje ocupam funções de destaque e empresas privadas.
O projeto Uerê é apoiado por empresas, entidades nacionais e internacionais e pessoas físicas, que contribuem financeiramente para o custeio da escola e de seus professores. No entanto, como esse tipo de contribuição, atualmente, não dá direito a benefício fiscal, o projeto tem dificuldade de aumentar sua rede de patrocinadores para captar mais recursos e, assim, atender a um maior número de crianças e adolescentes. (Veja como ajudar aqui)
Serviço:
LANÇAMENTO DO LIVRO “Aprender para viver”
Quando: 29 de setembro de 2010 (quarta-feira), a partir das 18h
Onde: Rio Othon Palace (Avenida Atlântica, 3264, Copacabana) – Salão Azul 1º andar

sábado, 23 de outubro de 2010

Novo arrastão no Rio tem dois carros roubados na Linha Vermelha

Oito homens assaltaram automóveis em uma das principais vias de acesso da cidade

 Um novo arrastão aconteceu na manhã deste sábado no Rio, desta vez na Linha Vermelha.
Cerca de oito homens armados assaltaram dois carros, um Honda Fit e um Astra, de acordo com o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), por volta das 9h, na altura da Infraero, no Rio.
Ao perceber a ação, um motorista trancou o carro e fugiu do local a pé, correndo em direção contrária ao fluxo, em sentido Centro da cidade.
Os assaltos no estilo arrastão têm se tornado freqüentes no último mês no Rio e já provocaram a troca de comandos de batalhões de Polícia Militar e de modelos de policiamento. Helicópteros passaram a ser usados em uma tentativa de evitar incidentes do gênero.

Tiroteio fecha Linha Vermelha por quinze minutos

Troca de tiros foi dentro de favela entre supostos traficantes, afirma polícia. Situação é normal no momento

 

Um tiroteio no interior da favela Parque Alegria, localizada ao lado da pista sentido centro da Linha Vermelha, na zona norte do Rio, fez com que policiais militares interditassem a via expressa por quinze minutos, na noite desta quinta-feira.
A troca de tiros ocorreu, segundo a polícia, entre supostos traficantes locais, entre 18h30 e 18h45. PMs chegaram a interditar o fluxo de veículos na via para evitar que alguém fosse ferido ao passar pelo local.
Alguns motoristas, no entanto, abandonaram os veículos e tentaram se abrigar na mureta central. Outros, voltaram na contramão.
Não há informações sobre feridos dentro da favela, mas na Linha Vermelha ninguém se feriu. O policiamento foi reforçado na região. No momento, o trânsito segue sem problemas na via.

PM do Rio prende responsáveis por festa em homenagem a criminosos


Policiais do 22º BPM (Maré) prenderam, na noite deste sábado, quatro homens apontados como os responsáveis por uma festa, na Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, onde traficantes de uma facção criminosa, mortos em confronto com policiais no último dia 2, seriam reverenciados.
A festa, que aconteceria na Rua Sargento Silva Nunes, não tinha sido autorizada pelo batalhão. Segundo o chefe do serviço reservado do 22º BPM (Maré), capitão Gualberto, os policiais foram recebidos com tiros pelos traficantes, ao chegarem nas proximidades da quadra do Galo, onde aconteceria o baile. Os bandidos colocaram, atravessado num dos acessos da comunidade, um ônibus, para dificultar a passagem do blindado da polícia.
Ao chegaram à quadra, para onde já se dirigiam alguns moradores da localidade, os policiais encontraram, dentro de uma sala, banners de dez metros de altura com as imagens de traficantes mortos no último dia 2, no Complexo da Maré, após confrontos com policiais que tinham ido à comunidade para desarticular quadrilhas de roubo de carros. Seis pessoas morreram na ocasião. Entre elas, o traficante Alessandro Francelino dos Santos, o Pitoco. Ele era acusado de ter assassinado o repórter fotográfico do jornal “O Dia” André Alexandre Azevedo, de 34 anos, em tentativa de assalto em fevereiro de 2009.
-Nos banners, havia também as fotos de traficantes vivos da facção criminosa. O pior é que a festa, cujo nome era “Tapa na Peteca”, foi amplamente divulgada na mídia. Seriam distribuídas de graça 20 mil latinhas de cerveja e até whisky. Prendemos as quatro pessoas que se apresentaram como responsáveis pelo evento – contou o capitão Gualberto.
Segundo o capirão Gualberto, denúncias anônimas recebidas pelo Disque Denúncia informavam que os chefões de uma facção criminosa iriam se reunir no evento para organizar a invasão à Baixa do Sapateiro, comunidade chefiada por outra facção.
Mais cedo, os policiais do 22º BPM já tinham prendido sete pessoas que estavam instalando equipamentos como um aparelho de som, que foi apreendido. Os sete foram levados para a 37ª DP (Ilha do Governador) mas foram liberados em seguida. Já os cinco responsáveis pelo baile estão sendo conduzidos, neste momento, para a 37ª DP.

domingo, 10 de outubro de 2010

Tiroteio na madrugada assusta moradores de comunidade do Rio

COMPLÊXO DA MARÉ

A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro informou que, em razão de confrontos no complexo de favelas do Caju, na zona portuária, cinco escolas e creches localizadas na comunidade ficaram fechadas na tarde desta terça-feira (5).
De acordo com a pasta, por causa do fechamento, 1.485 estudantes e crianças ficaram sem aulas e atendimento. As outras unidades escolares da região tiveram baixa frequência.
O clima de tensão na comunidade começou na noite da última segunda-feira (4) quando surgiu um boato de que traficantes rivais do complexo da Maré, na zona norte, invadiriam a favela Parque Alegria, que integra o Caju. Houve disparos e uma moradora foi atingida de raspão por uma bala perdida.
A PM ocupou os principais acessos ao complexo do Caju. O comandante do batalhão de São Cristóvão (4º BPM), tenente-coronel Weber Collyer, afirmou ter três suspeitas sobre o fato.
Um delas seria de que traficantes do Caju teriam simulado um tiroteio para chamar a atenção da polícia e evitar um possível ataque de rivais. O oficial também recebeu informações de uma invasão e de uma guerra interna entre os criminosos da mesma quadrilha.

Seminário discute trabalho social em favelas Evento é organizado pela instituição Redes de Desenvolvimento da Maré

COMPLÊXO DA MARÉ 
No dia 19 de outubro, a Redes (Redes de Desenvolvimento da Maré), instituição que procura promover o desenvolvimento das favelas do Complexo da Maré, promove o “1º Seminário da Maré de Trabalho Social em Espaços Populares e Favelas”, que vai discutir o trabalho social realizado em favelas e espaços populares da cidade do Rio de Janeiro.

O evento vai reunir profissionais das áreas de saúde, assistência social e educação para repensar as políticas públicas e a intervenção do poder público nesses territórios.

O seminário acontece no dia 19 de outubro, das 9h até as 17h30, na lona Cultural Herbert Viana, na favela da Maré. As inscrições podem ser realizadas através do e-mail seminariosocialfavela@gmail.com.

PMs e traficantes trocam tiros na favela Parque Alegria

COMPLÊXO DA MARÉ  
Traficantes e policiais militares trocam tiros na tarde desta quinta-feira (7) na favela Parque Alegria, no complexo do Caju, na zona portuária do Rio de Janeiro. Ainda não há informações sobre feridos.
Segundo a Polícia Militar, policiais do batalhão da Maré (22º BPM) realizam uma operação no local com auxílio de um veículo blindado conhecido como caveirão.

Traficante morre em confronto na favela Parque Alegria, diz PM

COMPLÊXO DA MARÉ A assessoria de imprensa da Polícia Militar e o comando do batalhão da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, informaram que um suposto traficante foi morto durante troca de tiros entre PMs e criminosos na favela Parque Alegria, no complexo do Caju, na zona portuária, na tarde desta quinta-feira (7). Com ele, foram apreendidos um revólver calibre 38 e um rádio de comunicação..
PMs do batalhão da Maré e de São Cristóvão fazem uma operação conjunta no local com auxílio de um veículo blindado.
Apesar do intenso tiroteio, a Secretaria Municipal de Educação informou que escolas e creches localizadas na região estão funcionando normalmente.
O Parque Alegria vem sendo alvo de sucessivas ações policiais desde a última segunda-feira (4) quando a favela foi invadida por traficantes rivais da comunidade Vila do João, no complexo da Maré.
Rotina de violência
O confronto no Caju foi mais um episódio de violência na região metropolitana do Rio de Janeiro nesta quinta-feira. Pela manhã, uma idosa morreu após ser atingida por bala perdida durante tiroteio entre traficantes e policiais na Vila da Penha, na zona norte. Outras duas pessoas também ficaram feridas no confronto e foram levadas para o hospital estadual Getúlio Vargas.

Ainda durante a manhã, em Realengo, na zona oeste, bandidos jogaram uma granada contra um carro da PM do batalhão de Bangu (14º BPM). Os estilhaços não atingiram a patrulha, mas acertaram duas pessoas que passavam pelo local, entre elas uma idosa de 63 anos, que já recebeu alta do hospital Albert Schweitzer.
Nesta quinta-feira, a Polícia Militar anunciou a troca de comando em 14 batalhões e cinco unidades.. As mudanças acontecem depois da onda de arrastões na cidade.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Tiroteio no parque Alegria assusta motoristas

Rio - Uma tentativa de invasão de traficantes do Complexo da Maré à favela Parque Alegria e ao Conjunto Boa Esperança assustou motoristas que trafegavam pela Linha Vermelha e pela Avenida Brasil, na noite desta segunda-feira. Segundo a PM, o tiroteio entre os traficantes não chegou a interferir no tráfego, mas motoristas relataram que algumas pessoas se assustaram e chegaram a tentar dar ré, na Linha Vermelha.
Na Avenida Brasil, o tráfego na pista lateral sentido Zona Oeste teria sido interrompido por alguns minutos por motoristas que largaram os carros na pista para se refugiar atrás de um muro. A PM não confirmou a informação, mas policiais do 4º BPM (São Cristóvão) e do Batalhão de Choque estão reforçando o policiamento no entorno do Parque Alegria e do Conjunto Boa Esperança. Não há informações sobre feridos e o trânsito, segundo a PM, é tranquilo nas duas vias.