domingo, 21 de agosto de 2011

História dos moradores da Maré no palco


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A Cia Marginal reestréia o espetáculo “Qual é a nossa cara?” no Centro de Artes da Maré

Entre os dias 04 e 13 de junho a Cia Marginal realizará, no Centro de Artes da Maré, uma curta temporada do seu último espetáculo “Qual é a nossa cara?”, que trata da memória de alguns moradores da comunidade Nova Holanda (Maré, Rio de Janeiro), entre eles os próprios atores do grupo.
O Centro de Artes da Maré é um espaço cultural voltado para a formação, criação, difusão e produção das artes na Maré. Hoje também ponto de cultura, o Centro foi criado pela Redes de Desenvolvimento da Maré em parceria com a Lia Rodrigues Companhia de Danças.
A temporada do espetáculo “Qual é a nossa cara?”, que terá duração de duas semanas, conta com o patrocínio do Ministério da Cultura através do Prêmio de Apoio à Pequenos Eventos Culturais e será inteiramente gratuita.

Qual é a nossa cara?
O espetáculo foi criado em 2007 com o Prêmio Myriam Muniz de Teatro da FUNARTE, e estreou no mesmo ano na Casa de Cultura da Maré. Em 2008, a Cia fez uma apresentação isolada do espetáculo na sede do Teatro de Anônimo, como uma das atividades previstas pelo projeto Território Cultural 2008.
“Qual é a nossa cara?” foi criado a partir de um estudo feito através de entrevista e conversas longas com os moradores da comunidade Nova Holanda, entre eles os próprios atores que atuam no espetáculo. A pesquisa de campo que motivou a sua criação, deu origem a células dramatúrgicas que vão desde a composição de personagens, passando pela recriação das histórias contadas pelos moradores, à depoimentos pessoais dos atores, o que faz do espetáculo um jogo onde a ficção estabelece um diálogo contínuo com a realidade.
A interpretação, diferenciada em cada nível ficcional, não permite que a recepção se acomode nem na identificação emotiva nem na convenção teatral. Em alguns momentos, quem está em cena é o ator, acompanhado de gestos que compõem a sua naturalidade; em outros momentos, trata-se de um personagem detalhadamente construído.
Através desses diferentes planos de ação, alguns “personagens” aparecem como emblemáticos: Jorge Negão, o lendário chefe do tráfico na Nova Holanda dos anos 80 e Maria das Dores, mãe do falecido Derley, conhecido pai de santo da favela, cuja morte foi anunciada à mãe através de visão fantástica.

À margem
A Cia Marginal é um grupo de teatro formado por atores-moradores da Maré, onde, há cinco anos, desenvolve suas atividades em parceria com a Redes de Desenvolvimento da Maré. A Cia realiza, permanentemente, ações voltadas para a democratização do seu método de trabalho (oficinas teatrais oferecidas para jovens da comunidade) e para a difusão do seu repertório. Em 2009 recebeu patrocínio da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro para a manutenção de suas atividades.
A missão da Cia Marginal é: construir soluções de sustentabilidade para a realização de projetos de pesquisa, criação, produção e democratização teatral, através de uma gestão coletiva e participativa; e atuar em diferentes espaços e para um público diversificado, contribuindo para a descentralização da difusão artística da cidade do Rio de Janeiro, através de um teatro autoral e de qualidade, comprometido com a formação de um pensamento crítico e reflexivo.
 
Serviço
“QUAL É A NOSSA CARA?” – temporada Nova Holanda
Data: dias 04, 05, 06, 11, 12 e 13 de junho
Horário: sextas às 20h, sábados e domingos às 19h
Local: Centro de Artes da Maré (Rua Bittencourt Sampaio, 181, Nova Holanda – Maré)

Contato:
Rosilene Miliotti
Tel: 8234-5871 / 3104-3276
e-mail: rosilenemiliotti@gmail.com
www.redesdamare.org.br

História

Complexo da Maré, Rio de Janeiro.
Complexo da Maré, Rio de Janeiro: detalhe a partir da Linha Vermelha.
Foi desmembrado de Bonsucesso pela Lei Municipal nr. 2.119 de 19 de janeiro de 1994,[1][2]. Constitui-se num agrupamento de várias favelas, sub bairros com casas e conjuntos habitacionais. Com cerca de 130 mil moradores (2006), possui um dos maiores complexos de favelas do Rio de Janeiro, consequência dos baixos indicadores de desenvolvimento social que caracterizam a região.
O complexo ocupa uma região à margem da baía de Guanabara, caracterizada primitivamente por vegetação de manguezal. Ocupada desde o meado do século XX por barracos e por palafitas, os manguezais foram sendo progressivamente aterrados quer pela população, quer pelo poder público.
O bairro Maré foi instituído em 1994 e congrega aproximadamente dezesseis microbairros, usualmente chamados de comunidades, que se espalham por 800 mil metros quadrados próximos à Av. Brasil e à margem da baía, cortado pela Linha Vermelha e pela Linha Amarela.

Realidade do Complexo da Maré (RJ) é retratada em webdocumentário

Lançado pelo jornalista Marcelo Bauer, o webdocumentário Rio de Janeiro - Autorretrato reúne por meio de vídeos, fotos, textos, gráficos e mapas a realidade dos moradores do Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, registrada por um grupo de jovens fotógrafos.

Com a intenção de servir também como ferramenta de conscientização social, a obra mostra o cotidiano da metrópole carioca e suas diferenças. Cidade que está diariamente em pauta na imprensa internacional, não só por seu apelo turístico e os conflitos entre policiais e traficantes, mas principalmente em função da realização das Olimpíadas de 2016. 

Bauer comenta que "o projeto envolveu cerca de um ano e meio de trabalho, mas o resultado valeu, a intenção era mostrar como a autorrepresentação nas comunidades populares ajuda as pessoas a formarem uma consciência social sobre seus problemas e a capacidade de influenciar nas soluções".
Crédito:Reprodução
AF Rodrigues, Jaqueline Felix e RatÒo Diniz
Os fotógrafos AF Rodrigues, Jaqueline Felix e Ratão Diniz por meio da autorrepresentação trazem um olhar próprio da comunidade e discutem a imagem que os próprios habitantes do Rio possuem de sua cidade. "Os três personagens retratados provam que isso é verdade. Além de ótimos fotógrafos, são também cidadãos conscientes dos seus direitos, que amam o território onde vivem, mas que, por meio das imagens, lutam por condições de vida melhores para todos", destaca Bauer.

Apesar do webdocumentário valorizar a sinergia entre várias linguagens, ele não é linear, já que os conteúdos podem ser visualizados em qualquer ordem sem comprometimento da mensagem. A obra foi contemplada com a Bolsa Funarte de Reflexão Crítica e Produção Cultural para Internet 2010 e também escolhida como um dos projetos do European Days Co-Production Forum 2010, em Turim (Itália). 

Bauer já havia produzido Filhos do Tremor - Crianças e seus Direitos em um Haiti Devastado, lançado em junho de 2010 e contemplado com menção honrosa do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. "Para o último lançamento, usamos basicamente a força da própria internet: redes sociais e sites especializados. Também contamos com a possibilidade de interação do internauta com o próprio webdocumentário, por meio de comentários e compartilhamentos com Facebook e Twitter", conclui.
A obra é dividida em quatro capítulos:

"Vida Cotidiana" "Cidade" "Pessoas" e "Sonhos"


Definição de webdocumentário:

O webdocumentário é uma nova forma de contar histórias pela internet que tem como ponto de partida a mistura de diferentes formatos: textos, áudios, vídeos, fotos, ilustrações e animações. Aproveita-se da linguagem documental criada para o cinema e para a televisão e a adapta para a rede. Acrescenta a capacidade de interação e participação típicas da web e rompe com a linearidade da narrativa, já que o internauta pode escolher o que ver e em que ordem ver.

Por meio das escolhas que faz ao navegar, o internauta passa a definir seu percurso pela obra, escolhendo o que ver, quando ver e em que ordem ver. O webdocumentário é um fenômeno recente que vem ganhando força em diversos países do mundo, sobretudo na Europa e no Canadá.

Policial civil entra no Complexo da Maré por engano e acaba morto por bandidos

Depois de entrarem, por engano, na Favela Boa Esperança, localizada no Complexo da Maré, um policial civil morreu e outro ficou ferido. Walter Cardoso chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Os policiais Evandro e Walter seguiam para o Centro pela Linha Vermelha, mas acabaram errando o caminho e entraram dentro da comunidade. Eles foram abordados por homens armados e houve intensa troca de tiros. Os dois policiais foram atingidos.
Evandro, que estava dirigindo o carro, foi baleado duas vezes em uma das pernas. mesmo ferido, ele conseguiu dirigir até o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Operado para a retirada das balas, ele está fora de risco.
Segundo informações da polícia, Evandro e Walter seguiam pela Linha Amarela e decidiram passar pela Linha Vermelha para evitar um engarrafamento na Avenida Brasil. Os bandidos teriam tentado roubar o carro em que estavam os policiais, quando os mesmos reagiram.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

VIOLÊNCIA

Sob as leis do tráfico
À margem do Estado, criminosos estabelecem códigos de conduta para os moradores das favelas cariocas






MATEMÁTICA
No Morro da Providência, o número 3 é evitado
A assistente social Cátia Regina tem uma maneira peculiar para entrar com seu carro na favela em que trabalha, na zona norte do Rio de Janeiro. Antes de subir pela entrada principal do morro, pisca a luz do carro três vezes. A favela é dominada pela facção criminosa Terceiro Comando e quem não repetir a reverência com os faróis é parado e revistado pelos traficantes locais. Se o visitante acionar as luzes apenas duas vezes, as conseqüências podem ser piores. O ato seria considerado uma provocação por fazer referência ao número 'dois', adotado pela facção rival, o Comando Vermelho. Essas são regras não-escritas, parte de um código de conduta incorporado ao cotidiano de 1,4 milhão de pessoas que vivem em favelas no Estado do Rio e dos milhares que freqüentam diariamente essas áreas. ÉPOCA ouviu moradores, visitantes das favelas, policiais e traficantes para revelar um quadro das leis impostas pela criminalidade em que as normas do Estado praticamente não valem.
NAS FAVELAS DO COMANDO VERMELHO
Principais: Complexo do Alemão, Morro da Providência
e Vigário Geral
Leis
Não se fala a palavra 'três' ou 'terceiro'. Fala-se 'dois mais um'
Não é recomendável usar roupas da grife TCK, assumida pelo grupo rival Terceiro Comando
De tanto passar pela boca-de-fumo em Acari, favela dominada pelo Terceiro Comando Puro (TCP), a socióloga Berenice já se acostumou com a estranha contagem dos meninos do 'movimento': 'Um, um mais um, três, quatro' é como contam tanto o dinheiro quanto os papelotes de cocaína. A mesma coisa acontece quando ela vai a locais sob o domínio do Comando Vermelho, como as Favelas do Complexo do Alemão. A diferença é que lá os numerais 'três' e 'terceiro' é que foram extintos do vocabulário. 'Ninguém pede três cervejas no bar, só duas mais uma', relata.
Apesar disso, a maior marca do Comando Vermelho não é o número dois, associado aos vértices da letra V no nome da facção, mas a cor. Por influência dos mais velhos, desde criança o traficante João, que pertence ao Terceiro Comando, evita usar roupas vermelhas. Hoje é líder do tráfico de drogas do morro em que nasceu e só se esquece do dogma quando veste a camisa rubro-negra do Flamengo. 'O vermelho é misturado com o preto na camisa, poxa! Também aceito nota de um mais um reais, sem problema. Principalmente se forem três juntas', brinca.
Marco Antonio Cavalcanti/Ag. O Globo
COR
No Complexo da Maré, a única camisa vermelha permitida é a do Flamengo
Além de números e cores, as facções cariocas têm grifes favoritas. O logotipo da marca de roupas de surfe Cyclone lembra a sigla CV. Já a sigla da extinta grife TCK tornou-se Terceiro Comando do Kiko - nome de um líder histórico da facção - para os jovens seguidores. 'Ninguém mata ou morre por usar uma marca de roupa', explica Sérgio, morador da Favela de Parada de Lucas, dominada pelo Terceiro Comando. 'Mas sair com a roupa errada é considerado provocação, e a molecada evita.'
Seja qual for a facção, o principal código das favelas do Rio é a segurança das bocas-de-fumo. A primeira pergunta que um desconhecido ouve em algumas favelas é se quer 'pó de dez' ou 'pó de cinco' (o valor das porções de cocaína). Se recusar a oferta, ele será vigiado com cuidado por olheiros do tráfico. Se não tiver destino certo na favela, receberá sinais de que não é bem-vindo. Se tiver sido convidado por um morador, poderá subir à vontade e provavelmente vai receber ajuda de alguém ligado ao 'movimento', ou seja, ao tráfico. Mas qualquer deslize do visitante ficará na conta do morador que o convidou.
NAS FAVELAS DO TERCEIRO COMANDO
Principais: Vila do João e Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré, e Parada de Lucas
Leis
Para entrar de carro em morros do Terceiro Comando, convém piscar faróis três vezes
O número 'dois' (assumido pela facção rival) é substituído por 'um mais um'
Não é recomendável o uso de roupas da cor vermelha, principal símbolo da facção rival, nem da grife Cyclone, a preferida pelo CV
Quando se entra de carro, a regra é agir como se estivesse numa blitz policial: farol baixo e luz interna acesa. Para entrar de moto, o capacete é proibido. Caminhões com carroceria fechada, ou baú, são sempre vistoriados pelos soldados do tráfico. A menos que sejam conhecidos, normalmente por suprir o comércio local. Na hora de se vestir, a regra geral é não usar casacões ou roupas embaixo das quais se podem esconder armas ou drogas com facilidade. E nunca é seguro incluir entre os pertences objetos como câmeras de vídeo ou fotográficas e gravadores. O visitante pode ser confundido com um espião - ou 'X-9' - e sofrer sérias conseqüências.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Com justiça, Uruguai é campeão

Com futebol  convincente, o Uruguai venceu o Paraguai por 3 a 0, ontem, no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, e se tornou o maior campeão da história da Copa América. O país festejou o seu 15º título e ultrapassou a Argentina, justamente o anfitrião desta edição da competição, que tem 14 conquistas e foi eliminado pelos uruguaios nas quartas de final.
Luis Suárez e Forlán (duas vezes) foram os autores dos gols do triunfo da Celeste, que não era campeã continental desde 1995, quando derrotou o Brasil nos pênaltis, em Montevidéu, na decisão. E os uruguaios não chegavam à final desde 1999. Na época, perderam para os brasileiros no jogo que valeu o título.
O troféu conquistado ontem também consolida a grande fase vivida pelo futebol uruguaio, que conquistou a surpreendente quarta colocação na Copa do Mundo de 2010, avançou à final da última Copa Libertadores com o Peñarol e agora festeja o título da mais importante competição do continente. O Brasil, dono de oito títulos da Copa América e que ganhou quatro das últimas cinco edições do torneio, viu sua hegemonia ser encerrada pelos uruguaios.
A conquista também garantiu ao Uruguai uma vaga na Copa das Confederações de 2013, que será realizada no Brasil e já conta também com a presença garantida do país anfitrião, da Espanha (atual campeã do mundo) e do México (vencedor da Copa Ouro).
No duelo de ontem, o Uruguai foi melhor em quase todo o tempo e justificou o favoritismo anunciado antes da final diante de um adversário que chegou para disputar o título sem ter conseguido vencer sequer uma partida no tempo normal. Em sua campanha, empatou duas vezes com o Brasil, a quem eliminou nos pênaltis nas quartas de final.
Suárez abriu o placar logo aos 11 minutos. Foi o quarto gol do atacante na Copa América, que terminou como vice-artilheiro, atrás apenas do peruano Guerrero, autor de cinco. Aos 41, Forlán ampliou a vantagem da Celeste. Curiosamente, ele não marcava um gol desde a Copa do Mundo de 2010, quando foi eleito o melhor jogador da competição na África do Sul. Na etapa final, aos 44, em rápido contra-ataque, Forlán confirmou a vitória e o título.

sábado, 23 de julho de 2011

Amy Winehouse Morta


Funcionários do serviço funerário londrino retiram o corpo de Amy Winehouse de sua casa
LONDRES - A causa da morte da cantora britânica Amy Winehouse é ainda desconhecida. A polêmica cantora, de 27 anos, foi encontrada morta neste sábado em sua residência em Londres. Ela lutava há anos contra problemas com drogas e álcool. A morte da cantora foi confirmada em sua casa, em Camden Square, na zona norte da capital britânica.
Veja também:linkREGISTRO: A última aparição de Amy video VÍDEO: Imagens da carreira de Amy linkRELEMBRE: o último show no Brasil som Ouça playlist de Amy Winehouse som Nelson Motta destaca talento de Amy blog Artistas lamentam morte de cantora
De acordo com o serviço de ambulâncias da capital britânica, Winehouse já estava morta antes de as duas ambulâncias chegarem à sua casa.
'Não saí em busca da fama'
A cantora alcançou a fama com o álbum "Back to Black", cuja mistura de jazz, soul, rock e pop clássico foi um sucesso mundial. O CD ganhou cinco prêmios Grammy e fez da cantora, com seu penteado extravagante e tatuagens, uma das estrelas mais reconhecidas da música. "Eu não saí em busca da fama", disse Winehouse à AP quando o CD "Back to Black" foi lançado. "Eu apenas faço música".
Mas, no fim, a música foi ofuscada pela fama e pelos demônios da cantora. Os tabloides noticiavam as aparições inconstantes em shows, as brigas durante bebedeiras, períodos em hospitais e clínicas de reabilitação.
Nascida em 1983, filha do taxista Mitch Winehouse e da farmacêutica Janis, Amy cresceu nos subúrbios de Londres e começou sua carreira cedo. Quando tinha 10 anos, ela e uma amiga formaram um grupo de rap, o "Sweet'n'Sour". Seu disco de 2003, "Frank", que apresenta influência do jaz, foi bem recebido e vendeu bem na Grã-Bretanha.
Logo depois, Winehouse passou por uma crise, quando terminou com seu namorado, teve problemas para compor e, como ela disse mais tarde, fumou muita maconha. "Eu passei por uma crise de criação muito longa", disse ela em 2007. "E como escritora, sua autoestima é baseada literalmente na última coisa que você escreveu... Eu pensava 'o que aconteceu comigo?'".
No mês passado, Amy Winehouse cancelou uma turnê na Europa após ter sido vaiada durante um show na Sérvia, por aparentemente estar bêbada demais durante a performance. O agente dela disse na época que a cantora iria se recolher para iniciar uma "recuperação".

domingo, 10 de julho de 2011

Por que netbooks são uma farsa


Quando a Asus lançou seu Eee PC (o 1º netbook do mercado), dois anos atrás, eu imagino que ela tinha um objetivo muito claro, do tipo “criar um produto para o consumidor final”. [A ASUS sempre foi uma fabricante de componentes, ou seja B2B.] Muito antes de 2007, a Asus já era uma fabricante de hardware respeitável e sinônimo de qualidade quando se falava em placas-mãe. Basta dizer que se seu computador não tivesse uma placa-mãe ASUS, ele não era tão bom assim. De fato, a Asus acertou em cheio quando lançou o Eee PC — que o mundo todo viria batizar de netbooks.
Quando uma empresa lança um produto de sucesso, não necessariamente significa que esse mercado terá sucesso. A concorrência imita, isso faz parte do jogo, mas geralmente a nº1 é quem rege a orquestra.  No entanto, todos estão abocanhando uma considerável fatia desse mercado e a ASUS está perdendo mercado.  Nos EUA, ela ocupou o melhor lugar na mente dos consumidores, a de Nº1, e como só existe mais um lugar sobrando (segundo os ensinamentos de Al Ries), as demais marcas estão numa guerra selvagem. E o pior: canibalizando as já consolidadas vendas de laptops.
Em 2007, foi vendido somente 1 milhão de unidades. Esse número aumentou 14 vezes no ano passado e tende a dobrar em 2009. No entanto, eu acredito que esse número deva chegar ao limite mais rápido do que se imagina.
Os netbooks estão em algum lugar entre um celular e um laptop. Mas peraí, esse não é o mesmo lugar dos smartphones? Os smartphones cresceram 12,7% no primeiro trimestre deste ano, os netbooks 40% e laptops 22%, mas é difícil acreditar que as pessoas tenham os três. As pessoas compram smartphones porque querem receber e-mails, navegar na internet e abrir planilhas. Compram netbooks porque querem usar mensagens instantâneas, navegar por mais tempo na internet e usar recursos básicos de multimídia — mas também querem uma tela maior. Uma tela maior não é diferencial bastante pra sustentar esse mercado. Tanto smartphones como netbooks são computadores que eu chamo de “monotarefas”, ou sejam você usa uma coisa de cada vez.
Existe laptops de 12 pol. com duas ou três vezes mais potência e capacidade que os netbooks. Mas aí você pode pensar “são muito caros”. Sim, são. Mas quem realmente precisa de tanta mobilidade assim? Executivos, empresários, produtores… esses caras são o público de smartphones e laptops ultra-compactos. Não de netbooks.
O netbook não é um produto que já nasceu morto, ele tem seu espaço, mas exceto pela Asus, eu não acho que alguma marca conseguirá se consolidar nesse mercado de nicho. Talvez focando no público de baixa-renda. Mas o desempenho fraco –similar a um celular de última geração—não substitui um PC Desktop ou laptop. Tão logo os consumidores descubram que a tela minúscula, teclado mínimo e processamento medíocre é o mesmo dos celulares modernos e que não substituem o computador convencional, o segmento morrerá. O netbook é um produto muito pequeno para um mercado tão grande e com tantos monstros tecnológicos.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Curiosidades

ft11 Elefante é o termo genérico e popular pelo qual são denominados os membros da família Elephantidae, um grupo de mamíferos proboscídeos elefantídeos, de grande porte, do qual há três espécies no mundo atual, duas africanas (Loxodonta sp.) e uma asiática (Elephas sp.). Há ainda os mamutes (Mammuthus sp.), hoje extintos.
Os elefantes são animais herbívoros, alimentando-se de ervas, gramíneas, frutas e folhas de árvores. Dado o seu tamanho, um elefante adulto pode ingerir entre 70 a 150 kg de alimentos por dia. As fêmeas vivem em manadas de 10 a 15 animais, lideradas por uma matriarca, compostas por várias reprodutoras e crias de variadas idades. O período de gestação das fêmeas é longo (20 a 22 meses), assim como o desenvolvimento do animal que leva anos a atingir a idade adulta. Os filhotes podem nascer com 90 kg. Os machos adolescentes tendem a viver em pequenos bandos e os machos adultos isolados, encontrando-se com as fêmeas apenas no período reprodutivo.
Devido ao seu porte, os elefantes têm poucos predadores. Os elefantes exercem uma forte influência sobre as savanas, pois mantêm árvores e arbustos sob controle, permitindo que pastagens dominem o ambiente. Eles vivem cerca de 60 anos e morrem quando seus molares caem, impedindo que se alimentem de plantas.
Os elefantes-africanos são maiores que as variedades asiáticas e têm orelhas mais desenvolvidas, uma adaptação que permite libertar calor em condições de altas temperaturas. Outra diferença importante é a ausência de presas de marfim nos elefantes asiáticos.
Durante a época de acasalamento, o aumento da produção de testosterona deixa os elefantes extremamente agressivos, fazendo-os atacar até humanos. Acidentes com elefantes utilizados em rituais geralmente são causados por esse motivo. Cerca de 400 humanos são mortos por elefantes a cada ano.
A probóscide, ou tromba, é uma fusão de nariz e lábio superior, alongado e especializado para se tornar o apêndice mais importante e versátil de um elefante. A ponta da tromba dos elefantes-africanos está equipada de duas protuberâncias parecidas com dedos, enquanto os elefantes asiáticas têm apenas uma destas. Segundo os biologistas, a tromba do elefante pode ter cerca de quarenta mil músculos individuais, o que a faz sensível o suficiente para pegar numa única folha de relva, mas ao mesmo tempo forte o suficiente para arrancar os ramos de uma árvore. Algumas fontes indicam que o número correcto de músculos na tromba de um elefante é mais perto de cem mil.
A maior parte dos herbívoros (comedores de plantas, como o elefante) possuem dentes adaptados a cortar e arrancar plantas. Porém, à excepção dos muito jovens ou doentes, os elefantes usam sempre a tromba para arrancar a comida e levá-la até à boca. Eles pastam relva ou dirigem-se as árvores para pegar em folhas, frutos ou ramos inteiros. Se a comida desejada se encontra alta demais, o elefante enrola a sua tromba no tronco ou ramo e sacode até a comida se soltar ou, às vezes, simplesmente derruba completamente a árvore.
A tromba também é utilizada para beber. Elefantes chupam água pela tromba (até quatorze litros de cada vez) e depois despejam-na para dentro da boca. Elefantes também inalam água para despejar sobre o corpo durante o banho. Sobre esta camada de água, o animal então despeja terra e lama, que servirá de protector solar. Quando nada, a tromba também pode servir de tubo de respiração.
Este apêndice também é parte importante das interacções sociais. Elefantes conhecidos cumprimentam-se enrolando as trombas, como se fosse um apertar de mãos. Eles também a usam enquanto brincam, para acariciar durante a corte ou em interacções entre mãe e filhos, e para demonstrações de força – uma tromba levantada pode ser um sinal de aviso ou ameaça, enquanto uma tromba caída pode ser um sinal de submissão. Elefantes conseguem defender-se eficazmente batendo com a tromba em intrusos ou agarrando-os e atirando-os ao ar.
A tromba serve também para dar ao elefante um sentido muito apurado de cheiro. Levantando a tromba no ar e movimentando-a para um lado e para o outro, como um periscópio, o elefante consegue determinar a localização de amigos, inimigos ou fontes de comida.
As presas de um elefante são os segundos incisivos superiores. As presas crescem continuamente; as presas de um adulto médio crescem aproximadamente 15 cm por ano. As presas são utilizadas para escavar à procura de água, sal ou raízes; para retirar a casca das árvores, para comer a casca; para escavar a árvore adansonia a fim de retirar-lhe a polpa; e para mover árvores ou ramos quando um trilho é criado. Para além disso, são utilizadas para marcar as árvores para demarcar o território e ocasionalmente como armas.
Tal como os humanos, que são tipicamente destros, os elefantes são ou destros ou canhotos. A presa dominante, chamada a presa mestra, é, em geral, mais curta e mais arredondada na ponta por causa do uso. Tanto os machos como as fêmeas dos elefantes-africanos têm grandes presas que podem chegar até acima dos 3 m em comprimento e pesar mais de 90 kg. Na espécie asiática, só os machos têm presas grandes. As fêmeas asiáticas têm presas que são ou muito pequenas ou que são simplesmente inexistentes. Os machos asiáticos podem ter presas tão longas como os machos africanos, mas são normalmente mais finas e leves; a presa registrada mais pesada de sempre pesava 39 kg. A presa de ambas as espécies e constituída principalmente de fosfato de cálcio na forma de apatite. Como um tecido vivo, é relativamente macia (comparado com outros minerais como a pedra), e a presa, também chamada de marfim, é apreciada por artistas pela sua esculturabilidade. A procura de marfim de elefante tem sido uma das razões para o declínio dramático da população mundial de elefantes.
Alguns familiares extintos dos elefantes tinham presas também nos maxilares inferiores, como os Gomphotherium, ou só nos maxilares inferiores, como os Deinotherium.
As patas de um elefante são pilares verticais, pois precisam suportar o grande peso do animal.
Os pés de um elefante são quase redondos. Os elefantes africanos têm três unhas em cada pé traseiro e quatro em cada um dos pés da frente. Os elefantes indianos têm quatro unhas em cada pé traseiro e cinco em cada um dos da frente. Por baixo dos ossos dos pés existe uma camada gelatinosa que funciona como uma almofada de ar ou amortecedor. Por esta razão, um elefante pode ficar de pé por longos períodos de tempo sem se cansar. Aliás, elefantes africanos raramente se deitam, exceto quando estão doentes ou aleijados. Elefantes indianos, em contraste, deitam-se frequentemente. Embaixo do peso do elefante, o pé incha, mas desincha quando o peso é removido. Um elefante pode afundar na lama, mas consegue retirar as patas facilmente porque os seus pés reduzem de tamanho quando levantados.
O elefante é um bom nadador, mas não consegue trotar, saltar ou galopar. Tem dois andares: o caminhar e um passo mais acelerado que partilha características com a corrida. Quando caminha, as patas funcionam como pêndulos, com as ancas e os ombros subindo e descendo quando o pé é assente no chão. O passo mais acelerado não corresponde à definição habitual de corrida, porque os elefantes têm sempre pelo menos uma pata assente no chão. Como ambas as patas traseiras ou as dianteiras estão no ar ao mesmo tempo, este passo é semelhante às patas traseiras e as dianteiras correrem de cada vez.
Andando a passo normal, um elefante anda a cerca de 3 a 6 km/h mas pode chegar a 40 km/h em corrida.
As grandes orelhas do elefante são também importantes para a regulação da temperatura. As orelhas de um elefante são feitas de material muito fino esticado sobre cartilagem e uma vasta rede de vasos sanguíneos. Nos dias quentes, os elefantes agitam constantementen as orelhas, criando uma brisa suave. Esta brisa arrefece a os vasos sanguineos à superficie, e o sangue mais fresco circula então pelo resto do corpo do animal. O sangue que entra as orelhas do animal pode ser arrefecido até cerca de 6 graus Celsius antes de retornar ao resto do corpo. As diferenças entre as orelhas dos elefantes africanos e asiáticos pode ser explicada, em parte, pela sua distribuição geográfica. Os elefantes africanos estão mais próximos do equador, onde o clima é mais quente. Por isso, têm orelhas maiores. Os asiáticos vivem mais para norte, em climas mais frescos, e portanto, têm orelhas menores.
As orelhas também são usadas para intimidação e pelos machos durante a corte. Se um elefante quer intimidar um rival ou predador, estende as orelhas para parecer maior e mais imponente. Durante a época da procriação, os machos emitem um odor de uma glândula situada entre os olhos.
Ceasm
O Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré “CEASM” é uma organização não-governamental localizada no conjunto de favelas da Maré no Rio de Janeiro. Há 12 anos disponibiliza acesso a cultura e educação. E seu público alvo são moradores do Bairro Maré (com aproximadamente 132 mil moradores, distribuídos por 16 comunidades).
Visão: Contribuir para a valorização das favelas e bairros populares como expressão do espaço plural das cidades, revertendo estigmas e reorientando políticas públicas.
Missão: Potencializar o acesso de moradores de favelas e bairros populares aos bens sociais, culturais e econômicos por meio de mecanismos de afirmação de direitos
Estratégias:
  • Mobilizar diferentes atores sociais para a democratização do acesso a bens coletivos, particularmente, os educacionais e culturais;
  • Promover vínculos de pertencimento e identidade com vistas ao fortalecimento de ações coletivas e transformadoras;
  • Desenvolver projetos que potencializem os indivíduos para o exercício da liberdade e auto-determinação, tendo como princípios a solidariedade e prática da cidadania.


Informações para contato
Telefone: (21) 2561-4604
E-mail: secretaria@ceasm.org.br; contato@ceasm.org.br
Web: site, facebook e twitter.

quarta-feira, 6 de julho de 2011


Estudantes do complexo da Maré visitam Parque Estadual da Pedra Branca

  Estudantes do complexo da Maré visitam Parque Estadual da Pedra Branca
29/06/11 10:12 AM
Bernard Viegas
Às vésperas do início das férias de julho, cerca de 50 estudantes da Escola Municipal Professor Josué de Castro e do Ciep Ministro Gustavo Capanema trocaram a sala de aula para se aventurar pelas trilhas e cachoeiras do Parque Estadual da Pedra Branca, durante visita ocorrida nesta terça-feira (21/06). As crianças, que são do complexo da Maré e tem entre 10 e 14 anos, entraram pela primeira vez na maior reserva florestal em área urbana no mundo e ainda puderam ter uma aula completa de educação ambiental em plena natureza.
As equipes de monitores do Parque e da Gerência de Educação Ambiental do Instituto Estadual do Ambiente realizaram diversas atividades com os alunos como uma caminhada na trilha do rio grande, visitação ao Centro de Exposições e até mesmo um banho de cachoeira.
O principal objetivo da visita foi proporcionar aos alunos um maior contato com a Mata Atlântica e a partir das atividades de educação ambiental realizadas, mostrar a importância de se preservar o meio ambiente. De acordo com Maira Borges, monitora Gerência de Educação Ambiental estas atividades fora de sala de aula enriquecem ainda mais o conhecimento dessas crianças, uma vez que elas têm a oportunidade de colocar em prática tudo que aprendem dentro de sala de aula.
- As visitas das escolas às Unidades de Conservação (UCs) do estado são de extrema relevância para a educação ambiental, já que são capazes de aprofundar o contato dos alunos com a natureza através de seus próprios sentidos e vivências. Dessa forma, ter aula em um parque sobre a natureza e a relação da sociedade com a mesma com certeza possui uma qualidade de aprendizado diferente do que dentro de uma sala de aula – explicou Maira
No inicio da visita já foi possível ver nas crianças o efeito da vivência no Parque. Na hora do lanche, por exemplo, os pequenos receberam um kit com suco, biscoito e frutas e todos já se mostraram preocupados em não sujar o local e jogar o lixo nas sacolas plásticas que receberam
Após o lanche, as crianças foram separadas em dois grupos para começarem a se aventurar pelas trilhas do parque. A agitação de inicio se misturou com a curiosidade e surpresa que os alunos tinham a cada passo que davam durante a caminhada. Nem mesmo os obstáculos encontrados na trilha, como pedras e galhos fizeram os pequenos desanimarem.
Um dos mais agitados da turma, Eric de 12 anos, era um dos primeiros na fila e seguia de perto um dos guias do parque. Para ele, a experiência de conhecer o parque é única e vai levar este aprendizado pelo resto da vida.
- Isso aqui é muito maneiro, nunca vim em cachoeira e nem andei no meio da floresta, é muito bom porque aqui estou aprendendo mais sobre o meio ambiente, e sei que temos que cuidar muito bem da natureza e dos bichos que vivem aqui. Já vi dois esquilos correndo pela mata – afirmou com entusiasmo
A visita terminou com uma pequena palestra no Centro de Exposição do Parque, onde os guias abordaram a importância da Floresta no Ciclo das Águas e ainda mostrou armas e armadilhas usadas pelos caçadores de animais silvestres. Os alunos também assistiram a um vídeo educativo sobre o Parque Estadual da Pedra Branca e logo após foram tomar o tão esperado banho de cachoeira.
O Parque Estadual da Pedra Branca é considerado a maior reserva florestal em área urbana do mundo. Compreende um total de 12.500 hectares, onde se destaca o Pico da Pedra Branca, que tem cerca de mil metros de altitude. O parque é administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente e faz parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pelo programa MAB – Man and Biosphere, da Unesco.