Presos da Penitenciária Central do Estado (PCE) do Paraná, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, encerraram na tarde desta sexta-feira (15) a rebelião iniciada ontem por volta das 21h.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná não confirma número de mortos, mas informou que um refém foi liberado pelos presos após negociação com os policiais. Antonio Alves sofreu lesões leves e passa bem. De acordo com informações de policiais que trabalharam nas negociações do lado de fora do presídio, os líderes da rebelião afirmam que sete pessoas morreram.
* Futura Press
Presos da Penitenciária Central do Estado, em Piraquara (PR), são vistos no telhado de prédio
* Veja mais fotos do dia
O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens, negou qualquer relação entre a rebelião e a saída dos agentes que ajudavam na segurança interna do presídio desde 2001. Funcionários da penitenciária alertaram sobre a possibilidade de motim no caso de retirada dos policiais no início desta semana.
"Não tem relação direta. Os agentes precisam entender que era preciso reforçar a atuação dos policiais em outras áreas de Curitiba e região. A causa da rebelião é a briga entre facções rivais", disse o comandante, que investiga se algum funcionário facilitou a entrada de armas brancas no presídio.
A rebelião aconteceu justamente no período em que policiais militares deixaram de ajudar na segurança da PCE, para atuar na Operação Verão e reforçar a segurança no Estado. Os policiais militares ajudavam na segurança interna desde 2001, quando uma rebelião deixou um saldo de quatro mortos (um agente e três detentos). A PCE abriga cerca de 1.500 presos em um espaço projetado inicialmente para 500 pessoas.
Os rebelados exigiram a presença de um juiz, dos jornalistas e radialistas e a participação de representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nas negociações. A secretária da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PR, Isabel Kugler Mendes, disse que oito detentos feridos foram retirados em uma ambulância.
Até o fim da manhã desta sexta-feira (15), os presos reivindicavam transferência para presídios mais próximos de suas casas, modificação no sistema de visitas, verificação de penas e mais tempo para banho de sol.
*Com informações de Eduardo Correa, especial para o UOL Notícias em Curitiba, e Secretaria de Segurança Pública do Paraná
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.