segunda-feira, 23 de novembro de 2009

DIA A DIA DO COMPLÊXO DA MARÉ


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O Complexo da Maré é um bairro na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.

Foi desmembrado de Bonsucesso pela Lei Municipal nr. 2.119 de 19 de janeiro de 1994[1], [2] e constitui-se num agrupamento de várias favelas e conjuntos habitacionais construídos pelo governo. Com cerca de 130 mil moradores (2006), possui o maior complexo de favelas do Rio de Janeiro[carece de fontes?], consequência dos baixos indicadores de desenvolvimento humano que caracterizam a região.


Comunidades

O complexo ocupa uma região à margem da baía de Guanabara, caracterizada primitivamente por vegetação de manguezal. Ocupada desde o meado do século XX por barracos e por palafitas, os manguezais foram sendo progressivamente aterrados quer pela população, quer pelo poder público. O bairro Maré foi instituído em 1994 e congrega aproximadamente dezesseis microbairros, usualmente chamados de comunidades, que se espalham por 800 mil metros quadrados próximos à Av. Brasil e à margem da baía, cortado pela Linha Vermelha e pela Linha Amarela. Por ordem de ocupação são:


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  1. 1940: morro do Timbau
  2. 1947: Baixa do Sapateiro
  3. 1948: Conjunto Marcílio Dias
  4. 1953: Parque Maré
  5. 1955: Parque Roquete Pinto
  6. 1961: Parque Rubens Vaz
  7. 1961: Parque União
  8. 1962: Nova Holanda
  9. 1962: Praia de Ramos
  10. 1982: Conjunto Esperança
  11. 1982: Vila do João
  12. 1989: Vila do Pinheiro
  13. 1989: Conjunto Pinheiro
  14. 1992: Conjunto Bento Ribeiro Dantas
  15. 1996: Nova Maré
  16. 2000: Salsa e Merengue

[editar] Comunidade morro do Timbau (*)

Localiza-se no morro do Timbau (do tupi-guarani "thybau": "entre as águas"), originalmente uma área seca entre os manguezais e alagadiços à margem da baía de Guanabara.

Iniciou-se com a chegada de D. Orosina Vieira, considerada tradicionalmente como sua primeira moradora. De acordo com o seu depoimento, ela se encantou pelo lugar aprazível e desocupado, durante um passeio dominical pela praia de Inhaúma. Com pedaços de madeiramaré, demarcou uma área no morro, para ali construir, com o marido, um pequeno barraco: a primeira habitação do Timbau. trazidos pela

Com a abertura da Av. Brasil, em meados das década de 1940, a ocupação tomou impulso.

Com a instalação, nas proximidades, do 1° Regimento de Carros de Combate (1° RCC) do Exército brasileiro (1947), os militares passaram a controlar sistemáticamente todo o morro do Timbau, de propriedade da União. O acesso dos moradores era vigiado, sendo-lhe cobrada uma espécie de "taxa de ocupação". A arquitetura das habitações também era controlada, sendo vedada a construção de qualquer estrutura permanente na área (paredes de alvenaria, cobertura de telhas), sob pena de demolição. Obras que pudessem trazer melhorias nos serviços básicos, também eram reprimidas.

Esse controle conduziu à organização da população que, em 1954, fundou uma das primeiras Associações de Moradores de Favela do Rio de Janeiro. Aos poucos, a organização comunitária começou a render frutos, tais como a distribuição de água, eletricidade, esgoto, pavimentação e coleta de lixo. Finalmente, com o Projeto Rio, um projeto federal de urbanização de toda a região, responsável pela maioria dos aterros e pela retirada das palafitas em 1982, alcançou-se a propriedade da terra.

Favela típica de encosta, apresenta malha urbana de traçado irregular, labiríntica, com vários becos sem saída, onde grande parte das ruas acompanha as curvas de nível do terreno. Caracteriza-se por baixa densidade habitacional, conseqüência do rigoroso controle exercido pelos militares quando da ocupação inicial da área. Atualmente, conta com cerca de 2.700 domicílios e uma população estimada de 6.000 pessoas.

[editar] Baixa do Sapateiro (*)

Ao contrário da comunidade do morro do Timbau, cuja ocupação ocorreu em uma área elevada, com alguma organização, a da Baixa do Sapateiro, que lhe é adjacente, desenvolveu-se em uma área de baixada, alagadiça, sem maiores cuidados na organização.

Formada por volta de 1947 a partir de um pequeno grupo de palafitas de madeira, e originalmente conhecida como Favelinha do Mangue de Bonsucesso, existem três versões para a origem do atual nome da comunidade:

  • haveria realmente um sapateiro na ocupação inicial da área;
  • seria uma alusão à Baixa dos Sapateiros em Salvador, na Bahia, uma vez que, na origem, a comunidade era integrada por vários migrantes nordestinos;
  • seria uma referência à vegetação de manguezal, onde predominava a espécie Rhizophora mangle (mangue vermelho), denominada popularmente como sapateiro. Essa espécie era extraída para a produção de tamancos, um calçado popular entre a comunidade de origem portuguesa no Rio de Janeiro.

Iniciada a partir das obras para a abertura da Av. Brasil, a comunidade tomou impulso com a construção do primeiro grande aterro, promovido dentro do projeto de construção da Cidade Universitária, em torno da Ilha do Fundão. Com a construção da ponte Osvaldo Cruz, a região tornou-se trânsito obrigatório para quem ia e vinha do Fundão. Por essa razão, moradores expulsos das ilhas aterradas e operários da construção, iam erguendo os barracos à noite, com sobras de materiais de construção (madeira e latas), sobre palafitas de cerca de dois metros de altura.




A repressão à nascente comunidade era promovida pela Guarda Municipal que, utilizando-se de cabos de aço, puxados por tratores, cortava os esteios das palafitas, demolindo-as. Procurando organizar a luta e conquistar o direito de moradia, fundou-se a Associação de Moradores da Baixa do Sapateiro (1957).

As palafitas desapareceram gradualmente graças a aterros promovidos pelos próprios moradores ao longo dos anos. As últimas foram demolidas na década de 1980, por iniciativa do Projeto Rio, do Governo Federal, sendo esses moradores transferidos para os novos conjuntos então construídos: a Vila do João e, mais tarde, a Vila do Pinheiro.

Atualmente, a comunidade conta com cerca de 4.000 domicílios, com uma população estimada de 15.000 pessoas.

[editar] Comunidade Marcílio Dias (*)

Formada na antiga praia das Moreninhas, entre os terrenos da Casa do Marinheiro e da fábrica da Kelson, a partir de 1948, por oito famílias de pescadores que ali ergueram palafitas. O seu nome é uma homenagem a Marcílio Dias.

Atualmente conta com cerca de 2.300 domicílios, uma população estimada de 12.000 pessoas e um comércio de pequeno porte. Dentro desta comunidade insere-se outra menor, denominada Mandacaru, que conta com 554 famílias cadastradas, convivendo atualmente com a ameaça de remoção por parte do poder público.

[editar] Comunidade Parque Maré (bairro Maré) (*)

Originalmente uma extensão da Baixa do Sapateiro, distinguia-se por sua proximidade da Av. Brasil, apresentando, por essa razão, uma densidade demográfica mais elevada. As primeiras palafitas e barracos foram erguidos a partir do início da década de 1950. Os moradores pediam aos caminhões de entulho que transitavam pela Av. Brasil, que despejassem a sua carga na área, promovendo desse modo o aterro coletivo da mesma.

O Parque Maré conheceu uma grande expansão na década de 1960, quando foi criada a sua Associação de Moradores, para lutar pela permanência da comunidade, consolidando-se após a atuação do Projeto Rio, do Governo Federal, nas décadas de 1980 e 1990, que demoliu as últimas palafitas.

A comunidade conta, atualmente, com cerca de 4.000 domicílios, habitados por uma população estimada de 30.000 pessoas, com relativa infra-estrutura como ruas calçadas. Apesar das melhorias, é uma das comunidades mais marcadas pela violência, no Complexo.

[editar] Comunidade Roquette-Pinto (*)

Surgiu através de uma série de aterros realizados pelos próprios moradores, a partir de 1955, às custas do manguezal. O processo de urbanização deu lugar a domicílios de alvenaria. O seu nome é uma homenagem a Edgar Roquette-Pinto.

Atualmente a comunidade conta com duas escolas públicas convencionais e um Centro Integrado de Educação Pública (CIEP).

[editar] Comunidade Parque Rubens Vaz (bairro Rubens Vaz)(caracol)(*)

Formou-se a partir de 1951, quando a areia oriunda da dragagem do canal da Zona Portuária ainda causava problemas aos moradores. O seu nome é uma homenagem ao major Rubens Vaz.

Atualmente, conta com cerca de 1.200 domicílios e uma população estimada de 15.000 pessoas. Possui comércio variado, terminal de ônibus, posto de saúde municipal e um Centro Integrado de Educação Pública (CIEP).

[editar] Comunidade Parque União(*)

Formou-se a partir de um loteamento promovido por um advogado, cujo projeto era o de criar um bairro popular, com boa infra-estrutura urbana. Outras fontes referem que a comunidade é fruto de uma das primeiras invasões urbanas planejadas de que se tem notícia, em fins da década de 1950.

Atualmente, conta com uma população estimada em 30.000 habitantes, comércio de pequeno e médio porte, diversas creches e um Centro Integrado de Educação Pública (CIEP).

[editar] Comunidade Nova Holanda (*)

Planejada e construída pelo poder público na década de 1960, sob o governo de Carlos Lacerda, sobre um aterro realizado ao lado do Parque Maré. O grande porte desse aterro influenciou a escolha do nome do empreendimento - Nova Holanda - uma vez que aquele país europeu localiza-se, em grande parte, abaixo do nível do mar.

Não se constituía, entretanto, em um Conjunto Habitacional, uma vez que foi concebido como um Centro de Habitação Provisório (CHP). O seu projeto era regular, disposto sobre uma malha ortogonal, com casas em série, idênticas, erguidas em madeira, em duas tipologias:

  • Unidades individuais, simples; e
  • Unidades duplas, em dois pavimentos (denominadas como modelo "vagão" ou "duplex").

Essa característica não permitia, originalmente, que fossem realizadas benfeitorias pelos moradores, registrando-se, em pouco tempo, a rápida degradação das unidades. Os seus primeiros moradores chegaram em 1962, oriundos da remoção da Favela do Esqueleto (atual campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ), da da praia do Pinto, da do morro da Formiga, da do morro do Querosene e das margens do rio Faria Timbó, sob a coordenação da Fundação Leão XII, que controlava tanto o processo de remoção quanto o gerenciamento dos CHPs.

Os alojamentos deveriam servir como uma etapa intermediária no assentamento definitivo dessas populações em Conjuntos Habitacionais na periferia da cidade. Entretanto, por falta de continuidade política do projeto, em casas provisórias de madeira, acabaram por se tornar definitivas, registrando-se a favelização do conjunto na medida em que cada morador introduziu modicações arquitetônicas conforme as próprias necessidades e a seu próprio critério. A falta de serviços básicos, os conflitos que foram surgindo e o rígido controle da Fundação Leão XII, levou ao estabelecimento da Associação de Moradores na década de 1980.

Nesse momento, com a atuação do Projeto Rio, do Governo Federal, o conjunto se consolida como uma das maiores aglomerações de baixa renda da cidade.

[editar] Comunidade Praia de Ramos(*)

Originalmente uma comunidade de pescadores estabelecida por volta de 1962 na antiga praia de Maria Angú, vizinha ao terreno do quartel do 24° Batalhão de Infantaria do Exército brasileiro. Atualmente conta com cerca de 1.000 domicílios e uma população estimada de quase 4.000 pessoas. A comunidade dispõe de um comércio de pequeno porte, um posto policial, dois postos de saúde municipais, duas escolas e uma unidade da Fundação Leão XII.

[editar] Conjunto Esperança (bairro Vila Esperança) (*)

Conjunto habitacional erguido em 1982 pelo Projeto Rio, do Governo Federal, com 35 edifícios totalizando 1.400 apartamentos. Recebeu, à época, cerca de 7.000 pessoas, abrigando, atualmente, uma população estimada de mais de 8.000 pessoas.

[editar] Comunidade Vila do João (*)

Conjunto habitacional erguido pelo Projeto Rio, do Governo Federal, no início da década de 1980, com 2.600 domicílios, destinados a abrigar as pessoas que viviam em palafitas na Baixa do Sapateiro. O seu nome é uma homenagem ao então Presidente da República, General João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1985).

Atualmente conta com cerca de 4.000 domicílios e uma população estimada de quase 12.000 pessoas.

[editar] Conjunto Vila do Pinheiro (*)

A área denominada genericamente como "Pinheiro", é fruto de um aterro promovido à época do Projeto Rio, do Governo Federal, na década de 1980, que ligou a antiga ilha do Pinheiro ao Complexo. Esse aterro destinava-se a assentar os antigos moradores das palafitas removidas da Baixa do Sapateiro e do Parque Maré.

Aqui foram erguidos dois grandes conjuntos habitacionais, com tipologias arquitetônicas distintas:

  • a Vila do Pinheiro, constituída por casas de pequenas dimensões, geminadas, unifamiliares; e
  • o Conjunto Pinheiros.

A Vila do Pinheiro conta com 2.300 domicílios e uma população estimada de quase 16.000 pessoas.

[editar] Conjunto Pinheiros

O conjunto habitacional Pinheiros, também erguido em 1989 pelo Projeto Rio, do Governo Federal, é constituído por grandes blocos de prédios multifamiliares.

Posteriormente, a estes dois conjuntos habitacionais, somou-se o vizinho Conjunto Novo Pinheiro (popularmente designado como Salsa e Merengue).

[editar] Conjunto Bento Ribeiro Dantas

Foi erguido, frente ao Conjunto Pinheiro, na década de 1990. No início, foi popularmente apelidado de "Fogo Cruzado", uma vez que se encontrava na linha de tiro entre facções criminosas rivais que disputam o controle do crime no Complexo.

Inaugurado em 1992, o seu projeto é de inspiração pós-modernista, utilizando o tijolo e o concreto aparentes, que lhe dá uma estética própria. Esse modelo seria repetido no Conjunto Nova Maré.

Os seus moradores vieram de outras favelas, consideradas de risco pelos técnicos da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, através do Programa Morar sem Risco, e que não podiam ser urbanizadas pelo Programa Favela-Bairro, implantado a partir de 1994.

Atualmente conta com cerca de 600 domicílios e uma população estimada de 3.000 pessoas.

[editar] Conjunto Nova Maré

Conjunto habitacional inaugurado pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro em 1995 com o fim de assentar moradores removidos de palafitas no Parque Roquete Pinto e na comunidade conhecida como Kinder Ovo. Em área de aterro vizinha à Baixa do Sapateiro, decorrente da construção da Linha Vermelha, o seu projeto segue as linhas do Conjunto Bento Ribeiro Dantas.

Atualmente, conta com mais de 600 domicílios. É aqui que se encontra o Projeto Uerê, que atende a crianças e adolescentes.

[editar] Conjunto Novo Pinheiro (Salsa e Merengue)

Conjunto habitacional inaugurado no ano 2000 pela Prefeitura Municipal do Rio de JaneiroNovo Pinheiro. Embora tenha história e características próprias, não contava ainda com uma Associação de Moradores, sendo incluído tradicionalmente no Conjunto Vila do Pinheiro. O seu nome popular é uma alusão à novela televisiva Salsa e Merengue, devido ao colorido das casas. com o nome oficial de

(*) Já considerada como bairro pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro.

[editar] Serviços

O complexo é atendido pela Agência de Desenvolvimento Local da Maré (ADL-Maré), organismo da Secretaria de Estado de Governo (SEGOV), que promove, entre outros:

  • Programa Trabalho e Educação - voltado para a capacitação de jovens e posterior encaminhamento dos mesmos para exercício profissional em órgãos públicos do Estado ou da União, ou junto à iniciativa privada;
  • Supervisão de serviços de infra-estrutura implementados no Complexo da Maré pelos órgãos do Governo do Estado do Rio de Janeiro

O complexo conta ainda com os seguintes serviços:

[editar] Esporte, Lazer e Cultura

[editar] Saúde

[editar] Segurança

22° Batalhão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

[editar] Religião

[editar] Ação Social


maré

Eu sou da Maré. Nascido na Maré. Sou ponto turístico. Eu não falo o português correto, meus amigos são a corja da sociedade e nenhum deles possui peito de aço. Embora alguns deles tenham armas calibre 88 prontos pra morrer e estejam participando de uma guerra que já dura dois meses.

Eu tenho pés, pernas, braços, peito e coração. E ainda tenho que sorrir quando enfrento a multidão. Também sinto saudades, tais como da Joana que morreu após um tiro matar sua única filha chamada Esperança.

Vento e poeira, modo reflexivo. A favela não dorme, é calada, sufocada. Faroeste dos aflitos, veste a farda e tira a fralda, sem querer fui engajado, sem querer me humilharam. E ninguém sabe, e ninguém viu. É o preço que se paga pra não matarem a puta que me pariu.

Todos de preto, usam gandola, burucutu, faca na boca, revólver 38, coturno, algemas descartáveis, munições especiais e 6 carregadores de pistolas, fuzil 7,62 mm, coldres táticos, um bastão retrátil e estão prontos pra guerrear… Pássaro blindado. Dinossauros do futuro. Mosca morta sem pensar.

Ouço tudo pelo telefone celular e a midiahipocrisia insiste em enfatizar que a favela é violenta, foda-se quem mora lá. Me dá um ódio. Me dê um ópio!

Fundo do poço. Quase morro. Comercial.

Tum-tum-tum! Pá! Pum! Pá! Pum! Bláaaa! Bláaaa!

Modo observacional. Os números me revoltam: 27 mortos, 6 presos, muitos foragidos e eu sem ver minha família há 1 mês.

Enquanto isso, o Santa Marta vira alvo da especulação imobiliária e os moradores começam a sentir o efeito da ocupação militar no bolso.

“Eles (moradores) olhavam assustados para aquelas pessoas, que nunca estiveram ali, mas logo entenderam que estavam ali para conhecer o êxito do projeto que pacificou uma comunidade que era dominada pela violência do tráfico. Foi mais uma demonstração de atenção. Ficaram felizes, já que não são mais tratados como bichos ou pessoas à margem da sociedade”, explica a capitã Pricilla de Oliveira, comandante da Companhia de Policiamento Comunitário do Santa Marta.

Mal sabem eles que os traficantes dessas regiões ocupadas não foram arrebatados por Deus. Estão fortalecendo outras favelas e tocando o terror em outros pontos da cidade.

Denunciar? Nem pensar, isso é cultura popular. Então deixa os hômi entrar, pacificar, esculachar e depois virar heróri?! Melhor se demitir, aqui bandido somos nós.

Gentes do morro, tudo enlatado. Nome vulgo, raça do caralho. Os ditos massa. Guerra covarde, terceiro mundo e ainda dizem que é evolução. Tudo é questão de pá e enxada.

Nem Fome Zero, nem Bolsa Família o que me deram foi meia dúzia de balas perdidas. Meu santo forte é de madeira, nem se mexe pra não dar bandeira. Dinheiro curto, trabalho incerto.

E o povo grita, suplica, tenta se organizar. A repressão bate na porta. Mas prometemos que não vamos recuar. Resistiremos. Tipo Romênia. Tipo Colômbia. E que caiam por terra todos os dominadores deste tempo! Por um complexo da Maré livre!

Tum-tum-tum! Pá! Pum! Pá! Pum! Bláaaa! Bláaaa!

Porque a guerra é armada, a luta conceitual e a batalha não está perdida!



Chega de guerra na Maré quero voltar pro Cabaré!

Mas quem vai me ouvir? Digam aí.

E ó, avisa pra geral: aqui é o cria do Pinheiro!


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Complexo da Maré tem encontro de artistas da comunidade

A Lona Cultural Municipal Herbert Vianna, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, realizará neste domingo (25) mais um Encontro de Artistas da Comunidade.

A reunião começará às 14h, na Rua Ivanildo Alves, s/n, Nova Maré, e é aberta aos moradores das 16 comunidades que formam aquele complexo e a outros interessados por espetáculos musicais e poéticos.

Mais informações sobre essa apresentação e outras atividades gratuitas podem ser obtidas pelos telefones 3105-7134 e 3105-3579.


MARÉ...............MARÉ,,,,,,,,,,,,,MARÉ...........................



Preso 'Chapoca', chefe do tráfico do Complexo da Maré

Rio - Policiais militares do 22º BPM (Maré) prenderam, na manhã deste sábado, Bruno dos Santos, traficante conhecido como "Chapoca", considerado o líder do tráfico de drogas do complexo de favelas da Maré. "Chapoca" virou chefe na comunidade depois que seu amigo "Facão", de quem era o braço direito, foi preso e mandado para um presídio fora do Estado.

Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
'Chapoca' é apresentado na 37ª DP (Ilha do Governador) | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

Com o auxilio de uma denúncia anônima, policiais prenderam o traficante em uma casa na Vila dos Pinheiros. O criminosos foi preso com uma pistola 9 mm e não reagiu a prisão.

Ele foi apresentado na 37ª DP (Ilha do Governador).
























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