quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Três aviões franceses chegam ao Haiti amanhã


Paris, 14 jan (EFE).- Três aviões franceses procedentes dos territórios ultramarinos aterrissaram no aeroporto de Porto Príncipe com ajuda humanitária e de urgência, informou hoje o ministro de Assuntos Exteriores da França, Bernard Kouchner.

Kouchner afirmou também que amanhã chegará um hospital de campanha a bordo de um avião de grande capacidade que partirá esta noite de Istres, no sudeste da França, a fim de aterrissar no Haiti de dia, as únicas condições nas quais pode fazer isso.

O ministro destacou a importância desse hospital de campanha, já que os centros médicos do Haiti foram muito atingidos pelo terremoto da terça-feira passada.

Quanto aos três aviões, procedentes da Martinica, levavam "equipes de salvamento consideráveis", segundo Kouchner, e aterrissaram no aeroporto apesar das difíceis condições do mesmo, já que não conta com energia elétrica nem meios de controle do acesso.

Em um dos aviões viajava uma equipe de segurança civil com meios de busca; no segundo, equipamentos médicos, e, no último, pessoal médico, explicou o ministro.

Acrescentou que 91 cidadãos franceses foram retirados do país, entre eles 16 feridos em estado graves e outros de diversas gravidades, mas também havia famílias com crianças.

Kouchner disse que, nos próximos dias, será organizada a evacuação de mais cidadãos, dando prioridade aos feridos, até que estejam prontas as instalações médicas haitianas.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, convocou uma reunião com o primeiro-ministro, François Fillon, e com os responsáveis de Exteriores, Interior, Economia e Defesa, para "examinar os esforços que, após a fase de urgência, serão necessários para a reconstrução do Haiti", indicou a Presidência.

O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 de Brasília da terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do Haiti. O primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, cifrou o número de mortos em "centenas de milhares".

O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 14 militares do país que participam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) morreram em consequência do terremoto.

A brasileira Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, também morreu no tremor.

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